TRADUTOR

sábado, 31 de agosto de 2013

Com que imagens sonham os cegos?


Como não têm memória visual, os cegos de nascença não sonham com imagens - e sim com os outros sentidos: ouvem coisas, têm sensações táteis e sentem cheiros. Também sonham que estão fazendo algum movimento e, assim como as pessoas que enxergam, é comum sonharem que estão voando ou caindo de grandes alturas. "Essas sensações estão presentes também nos sonhos das pessoas com vista normal. Só que nelas o sentido da visão predomina, chegando a ocupar 70% do sonho, enquanto os outros sentidos muitas vezes passam desapercebidos", afirma o neurologista Rubens Reimão, especialista em distúrbios do sono do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Se há um sentido que costuma predominar nos sonhos dos cegos, é o da audição. Já aqueles que não nasceram cegos, mas perderam a visão por doença ou acidente, possuem memória visual e podem sonhar com imagens. A quantidade e a forma dessas imagens irão depender da época de quando a pessoa perdeu a visão.

Se, por exemplo, ela ficou cega com menos de um ano de idade, serão imagens muito rudimentares, pois os bebês ainda não conseguem enxergar direito.

APROFUNDANDO

Como Sonham os Cegos.

18/02/2006 - Beto Ugarte
Não me atreverei a dar uma resposta mais genérica, pois ainda existem poucas pesquisas a esse respeito. Tratarei de responder a essa pergunta através de minha própria experiência, e a de outros cegos, aos quais agradeço a contribuição.
Normalmente os cegos de nascimento, ou os que perderam a vista com pouca idade, não sonham com imagens, mas em seus sonhos podem falar, escutar, sentir, cheirar, saborear, etc. Os cegos que perderam a visão com mais idade, possuem imagens em seus sonhos, mas estas podem ir diminuindo com o tempo, e mesmo desaparecerem por completo. Geralmente, os cegos que perderam a visão já adultos, podem sonhar alguns dias com imagens, outros sem elas.
Para dar a esse tema um caráter mais prático, citarei o testemunho de alguns cegos adultos, que colaboraram relatando ou explicando seus próprios sonhos, deixando mais claro como sonham os cegos.

Angela Marín, 27 anos. Cega total de nascimento.

Geralmente meus sonhos se repetem e as pessoas com quem sonho também. Sonho que estou com meus pais, em casa ou no carro, ou caminhando com meus amigos. Em meus sonhos não os vejo, mas sei que estão ali, que me falam. Eu os escuto e respondo. Uma vez sonhei que estava viajando para Cuzco em um avião em companhia de minha irmã e uns amigos. E eu lhes dizia:
- Como vamos chegar? É possível que nos afete a altura.
E eles diziam:
- Não importa. Anime-se e vamos. Se tivermos problemas, regressamos.

Em meus sonhos não vejo, porém em ocasiões posso cheirar. Já sonhei que comia e que podia cheirar, saborear a comida.

Luis Alberto Nakamatsu, 34 anos. Cego total de nascimento.

Eu sonho com as coisas que faço sempre. Também sonho com as pessoas com quem convivo regularmente, que podem ser os amigos, pais, namoradas. Não existem imagens, porém, somente sons, tatos, cheiros, prazer e dor, sentimentos.

Fernando Montez, 29 anos. Cego desde os 9 meses de nascido, com cegueira total.

Em meus sonhos nunca vejo, mas posso escutar, falar, inclusive cheirar. Assim mesmo, muito poucas vezes sonho que caminho na rua com a bengala, embora, na vida real, eu o faça muitas vezes. Algumas vezes sonho que converso ou me dirijo a pessoas cujas vozes, em realidade, nunca escutei antes. Por exemplo: sonhei que conversava com uma menina e, como é óbvio, ouvia sua voz. Entretanto, nunca a escutara falar na vida real, embora a tenham descrito para mim. Certa ocasião, lendo um famoso romance, sonhei que falava com uma mulher, uma das personagens da obra e, apesar de ser um personagem totalmente fictício, no sonho pude ouvir sua voz.
Outra vez sonhei que me encontrava na praia com umas amigas que só conhecia no sonho. Eu conversava com elas contente quando veio uma onda gigantesca, mas antes que esta onda chegasse até a mim, fui levantado no ar por uma ventania: pude sentir (tato) claramente como aquele forte vento me levantava. Permaneci no ar durante uns 7 a 10 segundos, quando caí lentamente além de um pequeno muro que estava perto da praia, onde se encontravam minhas amigas, que comentavam, de forma breve, o que eu havia passado. Logo segui falando com elas, feliz e ileso.

Charo Galarza, 33 anos. Cega desde os 2 anos.

Em meus sonhos existem sons e vozes, além de cheiros e sabores. Não sonho com imagens. Dificilmente sonho que estou andando com minha bengala e, geralmente, estou sozinha caminhando por lugares que conheço ou, em outros, com pessoas que me guiam.

Gustavo Adolfo, 40 anos. Cego desde os 7 anos.

Até meus 10 ou 12 anos, eu via em meus sonhos, depois comecei a sonhar sem ver. Quando em meus sonhos eu via, era com lugares que eu tinha conhecido ao enxergar, mas quando eu comecei a sonhar sem imagens visuais, começaram a aparecer lugares que eu não conhecia. Recordo que, quando eu era menino, sonhei que eu estava com um amigo e que caminhávamos pelo pátio de uma casa. Eu via uma mancha ao fundo em uma parede e disse a ele que ela poderia nos fazer dano. Então ele começou a correr, mas quando quiz fazê-lo também, senti como se minhas pernas fossem de chumbo. Corria muito devagar, com passos muito lentos, pesados. Sem dúvida, desde meus 10 ou 12 anos não conseguia mais ver bem em meus sonhos, como poderia correr?
Em meu primeiro sonho, que eu me lembre, em que não podia mais ver, eu estava em um colégio que fica no distrito de Barranco. Eu caminhava em seus ambientes, estranhos para mim.

John Hinojosa, 23 anos. Cego total desde os 9 anos.

Eu perdi a vista aos 9 anos e quanto mais passava o tempo eu ia sonhando como percebo as coisas agora, ou seja, sem visão. Quando tinha 15 ou 16 anos sonhei que estava em um anfiteatro com várias pessoas, que me pediram para eu falar 3 números. O primeiro que dei foi o número 8. Então todos moveram a cabeça para mostrarem seu desacordo com minha escolha, e tudo começou a se destruir. As pessoas caíram esmagadas e logo eu estava numa terra desértica, onde havia montes de entulhos, muita destruição. Nesse pesadelo pude ver com imagens o anfiteatro com as pessoas, e como as coisas eram destruidas.
Todavia, aos 18 anos, a metade dos meus sonhos eram com visão. Agora tenho as imagens visuais menos perceptíveis. Raras vezes sonho com branco, todo os sonhos são meio obscuros, nublados. Desde que sou cego só me recordo de sonhar umas duas ou três vezes com imagens de cores claras como o branco. Quando sonho com pessoas, só as escuto, mas quando sonho com objetos, os percebo com mais detalhes. Sonho mais com o mar, os montes, que com meus sonhos posso recordar, mas o rosto de pessoas não.

Lucio Suárez Sánchez, 30 anos. Cego total desde os 17 anos.

As vezes sonho vendo, as vezes como agora, ou seja, sem ver, mas posso escutar. geralmente quando sonho e vejo é em qualquer ambiente, porém nesses sonhos não estou à noite. Muitas poucas vezes sonho vendo e no sonho estou de dia. Também em meus sonhos, posso ver a gente que conheci depois de perder a visão. Eu as conheço pela descrição que as pessoas me fazem delas. Construo em minha mente uma espécie de progressão visual dos rostos.

Víctor Hugo Vargas. 37 anos, cego desde os 20 anos.

"Eu vi durante muito tempo, então tenho uma lembrança clara e precisa de algumas coisas, mas existem outras imágens que se vão perdendo em minha mente como uma bruma. Em muitos de meus sonhos eu posso ver, mas nem sempre sonho que vejo. Às vezes em meus sonhos existem simplesmente recordações sonoras. Tenho sonhos onde não lembro se vi ou não. Mas existem outros sonhos onde vejo claramente, por exemplo, há pouco sonhei que estava lendo um jornal. Geralmente meus sonhos são relacionados à paisagens ou acontecimentos de todo tipo."

Obs: Esse texto foi retirado do site peruano: www.infociegos.com Site Externo., pertencente al Sr. Beto Ugarte, cego desde os 9 meses de nascido.
Traduzido por mim, Marco Antonio de Queiroz, MAQ.

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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

ARANHAS BRASILEIRAS, VIÚVAS-NEGRAS, MARRONS, TARÂNTULAS, ARMADEIRAS E CARANGUEJEIRAS

Aranhas
As Aranhas são animais artrópodes pertencentes à ordem Araneae da classe dosaracnídeos. A ordem Araneae está dividida em três subordens: a Mygalomorphae (aranhas primitivas), a Araneomorphae (aranhas modernas) e a Mesothelae, a qual contém apenas a Família Liphistiidae, constituída de aranhas asiáticas raramente avistadas.
Existem cerca de 40 000 espécies de aranhas, o que a torna a segunda maior ordem dos Aracnídeos (atrás somente da ordem acari). As aranhas são um grupo particularmente populoso. Em um acre de gramado em uma colina não remexida na Inglaterra estimaram-se 2 265 000 indivíduos (BARNES e RUPPERT, 1994).
As aranhas distinguem-se dos insetos pelas seguintes características:
§  têm quatro pares de pernas;
§  não possuem asas ou antenas;
§  seu corpo divide-se em duas partes (cefalotorax e abdómen);
§  produzem uma seda ou teia.
O estudo das aranhas chama-se aracnologia.
Descrição: viuva negraDescrição: loxoceles machoDescrição: loxoceles femeaDescrição: phoneutriaDescrição: caranguejeira
Morfologia e desenvolvimento
Aranhas possuem apenas dois segmentos corporais (ao contrário dos insetos, que possuem três): o cefalotórax, ou prosoma, (resultado do tórax fundido com a cabeça) e o abdômen chamado de opistosoma. Ambos são ligados por uma estreita haste chamada de pedúlio. O corpo das aranhas é revestido por um exoesqueleto, uma estrutura rígida formada principalmente por quinticona.
As aranhas possuem oito pernas (enquanto insetos possuem seis) e seus olhos são lentes únicas, em vez de lentes compostas. Elas podem ter 8, 6, 4, 2 ou mesmo nenhum olho, como no caso de algumas aranhas cavernícolas. Na cabeça têm dois pares de apêndices: as quelíceras, em forma de ferrão, formadas por quitina negra com uma ponta muito fina, e os pedipalpo (também chamados de palpos), que são utilizados para manipular alimentos. A boca fica entre os palpos. Há vários tipos de aranhas, as venenosas e aquelas que "saltam" querendo se proteger.
Ao contrário do que muitos pensam, as aranhas não são insetos.
Juntamente com os escorpiões, os carrapatos e os ácaros, as aranhas pertencem à classeArachnida (aracnídeos), ao filo Arthropoda (artrópodes) (que inclui além dos aracnídeos, a classe dos insetos, dos crustáceos e outras) e subfilo Chelicerata (quelicerados).
Origem da palavra aranha: Surgiu de uma lenda grega, a tecelã Aracne desafiou a deusa Atena e como castigo foi transformada em aranha.
Dados interessantes;
§  As teias de uma aranha são 5 vezes mais fortes do que o aço no mesmo diâmetro.
§  Além disso a teia pode ainda se esticar 4 vezes mais que seu comprimento inicial.
§  As teias resistem a água e a temperaturas até -45°C sem se romperem.
§  A aranha poderia morrer presa em sua própria teia, mas sua pata é equipada com pêlos que não permitem que isso aconteça.
§  Embora existam 40 000 espécies de aranhas, alguns estudiosos calculam até 100 000 espécies de aranhas.
§  Essas 35 000 espécies são divididas em mais de 100 famílias, sendo que apenas 20 a 30 espécies são consideráveis perigosas para o homem.
§  A maior aranha do mundo é a Theraphosa blondi e chega a medir até 20 centímetros de uma pata a outra, já a menor é a Patu digua que tem o tamanho da cabeça de um alfinete.
§  Os filhotes aprendem a fabricar teia sozinhos.
§  Algumas aranhas sobem em pontos altos, liberam um fio de teia e se deixam levar pelo vento. Assim elas povoam ilhas e continentes.
Taxonomia
Sub-Ordem Araneomorphae
Araneomorphae é uma sub-ordem da classe Arachnida, onde são classificadas a maioria das aranhas comuns e as mais venenosas (aranhas peçonhentas). O grupo distingue-se da sub-ordem Mygalomorphae, que inclui as tarântulas, pelas quelíceras que apontam diagonalmente para fora.
Família Theridiidae.
Descrição: latrodectus

Latrodectus (Viuva-negra)
Latrodectus (ver tratamento), conhecidas popularmente por viúva-negra, aranha ampulheta ou flamenguinha.
A viúva-negra (Latrodectus mactans) é uma espécie de aranha teridiídea, distribuída por toda a América, a fêmea possui coloração negra, com larga mancha vermelha no abdome, e cerca de 1 cm de comprimento. O nome provém do fato de a fêmea geralmente se alimentar do macho após a cópula.
Sua picada é muitas vezes fatal. No Brasil, é encontrada atualmente, próximo ao mar, sobretudo em praias pouco freqüentadas. É amplamente encontrada em torno da baía de Guanabara.
Por ser uma aranha muito conhecida no Brasil e por saber-se que seu veneno é muito forte, há a alusão de que esta é a aranha mais venenosa que existe. Porém, mesmo no Brasil, existem dois gêneros considerados de maior perigo: a aranha-marrom (Loxosceles sp.), e a armadeira (Phoneutria sp.), sendo esta última considerada por muitos a aranha mais peçonhenta do mundo, ambas encontradas em praticamente todo o país.
A viúva-negra também é conhecida pelo nome de aranha-do-linho. Os sintomas da picada costumam aparecer entre 40 e 60 minutos após o ataque e se caracterizam por sudorese (eliminação excessiva de suor nas glândulas e perda de calor), dor local intensa, dor no abdômen e em casos graves, choques.
A viúva-negra tem esse nome pois ela mata seu parceiro sexual depois deles realizarem o ato sexual. As viúvas-negras podem tecer teias. Costumam a ficar em ambientes escuros e frescos.
Família Ctenidae

Phoneutria (armadeira)
Descrição: Phoneutria
Phoneutria (ver tratamento), A armadeira, também conhecida comoaranha macaco ou aranha de bananeira, é a designação comum às aranhas do gênero Phoneutria (do grego phoneútria: assassina), da família dos ctenídeos. O nome comum armadeira vem da sua atitude invariável de ataque, com as patas dianteiras erguidas.
Características
Originárias da região sul-americana, com um corpo de 3,5 cm a 5 cm e pernas de até 17 cm de envergadura (fêmea). São altamente agressivas e peçonhentas, pois produzem um veneno cujo componente neurotóxico é tão potente que apenas 0,006 mg é suficiente para matar um rato. Freqüentemente entram em habitações humanas à procura de alimento, parceiros sexuais ou mesmo abrigo, escondendo-se em roupas e sapatos. Quando incomodadas, picam furiosamente diversas vezes, e centenas de acidentes envolvendo essas espécie são registrados anualmente: são responsáveis por aproximadamente 42% dos casos de picadas por aracnídeos notificados no Brasil.
É considerada a aranha mais venenosa do mundo, segundo o Guiness Book, devido a potência do seu veneno de ação neurotóxico. No Brasil, é a segunda aranha que mais causa acidentes, perdendo apenas para a Aranha-marrom, porém, ao contrário da loxosceles, é extremamente agressiva, razão pela qual não se aconselha nem se permite sua criação em cativeiro.
Veneno
A peçonha da Phoneutria é composta por polipeptídeos básicos, além de histamina e serotonina. Sua ação é neurotóxica e cardiotóxica. A ação neurotóxica ocorre no SNC, mais precisamente nos canais de sódio, provocando despolarizações nas terminações nervosas, (sinapses) sensitivas e motoras, fibras musculares e no sistema nervoso autônomo, induzindo a liberação de neurotransmissores (principalmente a acetilcolina e catecolaminas. A ação cardiotóxica interfere na atividade contrátil do músculo liso, ativação do sistema de calicreína tissular, ativação de fibras sensoriais e esvaziamento gástrico.
Sintomatologia
Os pontos de inoculação sobre a pele são vistos acompanhados de inchaço, vermelhidão e sudorese local. A dor é queixa comum, pode ser local ou irradiada, tem intensidade variada e é acompanhada de parestesias.
Dependendo do estado da pessoa, além da dor, os sintomas mais comuns são taquicardia com alterações no eletrocardiograma, hipertensão arterial, sudorese com visão turva e vômitos ocasionais. O hemograma pode apresentar leucocitose com neutrofilia e hiperglicemia.
O quadro em crianças com menos de seis anos e idosos muito debilitados pode evoluir paraedema pulmonar e choque representando um risco não desprezível de morte.
Família Sicariidae

Loxosceles (aranha-marron)
Descrição: Loxoceles femeaAs aranhas-marrom (Loxosceles spp.) (ver tratamento) são aracnídeos venenosos, conhecidas por sua picada necrosante. Elas são membros da família Sicariidae.
Descrição: Loxoceles machoAs aranhas-marrom têm um comprimento total de cerca de 7-12 mm (um terço disso sendo o corpo, de coloração típicamente marrom) e seis olhos - organizados aos pares - na cor branca. Algumas apresentam o desenho de uma estrela no cefalotórax. De teias irregulares, têm como característica a peregrinação noturna e a alta atividade no verão. Durante o dia permanecem escondidas sob cascas de árvores e folhas secas de palmeira - na natureza - ou atrás de móveis, em sótãos porões e garagens - no ambiente doméstico.
São catalogadas 30 espécies para o continente em questão. Algumas delas são:
§  Loxosceles similis (Moenkhaus, 1898) Primeira espécie de Loxosceles encontrada no Brasil. Vive nos estados do Pará (belém), Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Conhecida também por L. surata (Simon, 1907).
§  Loxosceles amazonica (Gertsch, 1967) Encontrada no Norte e no Nordeste do Brasil. Tem o colorido marrom, com o cefalotórax e pernas menos pigmentadas, além do abdome mais próximo ao preto.
§  Loxosceles gaucho (Gertsch, 1967) Encontrada na Tunísia e no Brasil (São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
§  Loxosceles intermedia (Mello-leitão, 1964) Encontrada na Argentina e no Brasil (região Sudeste, Sul e no estado de Goiás). Conhecida também por L. ornatus (Mello-Leitão, 1938) e L. ornata (Mello-Leitão, 1941).
§  Loxosceles laeta (Nicolet, 1849) Encontrada na América do Sul (No Brasil na região Sul, Sudeste e no estado da Paraíba), Finlândia e Austrália. Conhecida também por L. bicolor (Holmberg, 1876), L. longipalpis (Banks, 1902), L. nesophila (Chamberlin, 1920) e L. yura (Chamberlin & Ivie, 1942)
§  Loxosceles adelaida (Gertsch, 1967) Encontrada no Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro), Paraguai e Argentina.
§  Loxosceles hirsuta (Mello-leitão, 1961) Encontrada no Brasil (São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais), Paraguai e Argentina.
Forma e conseqüência dos ataques
São aranhas pouco agressivas, dificilmente atacam pessoas. As picadas ocorrem como forma de defesa, quando macho ou fêmea (ambos peçonhentos) são comprimidos contra o corpo, durante o sono, no momento do uso das vestimentas (calçando um sapato, por exemplo) ou no manuseio de objetos de trabalho (como enxadas e pás guardadas em locais escuros).
No ato da picada há pouca ou nenhuma dor e a marca é praticamente imperceptível. Depois de 12 a 14 horas ocorre um inchaço acompanhado de vermelhidão na região (edema e eritema, respectivamente), que pode ou não coçar. Também pode ocorrer escurecimento da urina e febre. Os dois quadros distintos conhecidos são o loxoscelismo cutâneo (o que normalmente ocorre, onde há a picada na pele) e o cutâneo-visceral (com lesão cutânea associada a uma hemólise intravascular).
Com o avanço (sem tratamento) da picada, o veneno (dependendo da quantidade inoculada) pode causar necrose do tecido atingido, falência renal e, em alguns casos, morte. Somente foram detectados casos de morte - cerca de 1,5% do total - nos incidentes com L. laeta e L. intermedia.
Combate
O predador natural da Aranha-Marrom (Loxosceles sp.) é a lagartixa (Hemidactylus mabouia), encontrada andando por paredes e tetos de casas. Porém a lagartixa vem sendo dizimada com o avanço urbano e por ação humana.
Por conta disso a Aranha-Marrom se reproduz livremente. A região sul do Brasil (Paraná principalmente) tem sofrido com o ataque destas aranhas, cerca de 3000 acidentes somente em 2004. Um relatório de um Instituto de Saúde de Minas Gerais, mostra que foram encontradas aranhas marrons do gênero Loxosceles em algumas casas da Grande Belo Horizonte, onde esta aranha estaria extinta desde 1917, e teoricamente somente existiria em cavernas.
Como evitar ocorrências
§  Limpe com freqüência atrás de móveis como armários, cabeceiras de camas, baús, cômodas, quadros.
§  Bata as roupas antes de vesti-las, principalmente os sapatos.
§  Evite entrar em cavernas, casas abandonadas, depósitos, etc.
No caso de alguma ocorrência
§  Não toque na aranha, não tente pegá-la, nem mesmo com luvas ou papeis grossos.
§  Isole o local com um pano escuro e grosso.
§  Evite matar a aranha. Chame os bombeiros ou o Centro de Controle de Zoonoses mais próximo de sua casa. Tentar matá-la pode ocasionar em um ataque acidental.
Sub-Ordem Mesothelae
Mesothelae é uma subordem da ordem Araneae que inclui três famílias, das quais duas estão extintas: Arthrolycosidae, Arthromygalidae e Liphistiidae, sendo esta última a única que ainda permanece.
Esta subordem forma um grupo que representa as aranhas mais antigas e primitivas historicamente, caracterizadas pela região abdominal segmentada (tergitos segmentares dorsais), uma singularidade determinante. Elas possuem dois pares de pulmões foliáceos (o par anterior se junta ao sulco epigástrico, onde se encontra também o epigínio), que se apresentam externamente por quatro fendas (espiráculos) na parte ventral do abdome. Possuem quelíceras ortognatas (que se movem apenas no plano longitudinal) e quatro pares de fiandeiras.
Sua distribuição é dada nos países asiáticos.
Sub-Ordem Mygalomorphae

Mygalomorphae (Caranguejeiras)
Descrição: https://lh3.googleusercontent.com/proxy/LHgCVXY4onPF_pv9MiNHQ6ETf7FZ1ujTQUKXKFS7Ze8E5zL0BH1IngJxfmuA_7EeOH5PIjejNP_gf3ArGBEZA-TRm23aPxQGSB2FjZWESYc
Mygalomorphae (ou Orthognatha) (ver tratamento) é uma sub-ordem de aranhas, onde se classificam as Caranguejeiras (conhecidas na américa do norte por Tarantula), aranha-pedreiro ou aranhas-de-alçapão. Estas aranhas têm hábitos variados, as caranguejeiras são errantes e nem sempre constroem abrigos, ja as aranhas de alçapão constroem longas galerias no solo, com a abertura fechada por uma tampa com dobradiça de seda.
A tarântula ou caranguejeira é uma aranha da família Theraphosidae que se caracteriza por ter patas longas com duas garras na ponta, e corpo revestido de pelos. As tarântulas habitam as regiões temperadas e tropicais das Américas, Ásia, África e Oriente Médio. Enquanto estão crescendo, têm uma fase de troca de pele chamada ecdise.
Apesar do tamanho e aspecto sinistro, as tarântulas não são perigosas para a espécie humana, uma vez que não produzem toxinas nocivas ao homem, por isso são eventualmente criadas como animais de estimação. Uma de suas defesas são os pêlos urticantes de suas costas e abdômen, que irritam a pele do possível predador.
Em média atingem de 15 cm a 25 cm de comprimento com as pernas estendidas, mas existem espécies que podem chegar até 30 cm, como é o caso da tarântula-gigante-comedora-de-pássaros (Theraphosa blondi) da América do Sul.
Ciclo de vida
As tarântulas têm um ciclo de vida longo e levam de 2 a 5 anos para atingir a maturidade sexual. Os machos morrem normalmente após o acasalamento, alcançando 5 a 7 anos de vida. Antes de se tornarem adultas, as tarântulas têm de comer diariamente, exceto no período de sua troca de pele, quando há um jejum de, em média, dez dias antes e de sete dias depois. Quando já são adultas podem passar por longos períodos sem comer. Foram registrados casos de longevidade de fêmeas em cativeiro com até 25 anos.
Hábitos
As tarântulas são animais solitários e noctívagos. Alimentam-se de pequenos animais, que nas espécies maiores podem incluir pequenos pássaros, roedores ou anfíbios. Todas as espécies de tarântulas apresentam canibalismo.
Toca
A maioria das Tarântulas não se afasta de sua toca, nem mesmo para se alimentar, pois sentem a presença das presas pela vibração do solo. O macho normalmente é quem faz as viagens mais longas para buscar as fêmeas. As tocas são normalmente subterrâneas, cavadas por suas mandíbulas, ou até mesmo aproveitada de outras aranhas ou roedores. São forradas com sua teia formando uma seda, o que arrefece o esconderijo. Geralmente ficam próximas a raízes de árvores e pedras, e podem chegar até 1 metro de profundidade. Existem espécies que também são arbóreas — não necessitam ir ao solo durante toda sua vida, e fazem tocas em buracos nas árvores.

Reprodução
O acasalamento das tarântulas é como o da maioria das aranhas. Uma diferença é que o macho tem ganchos para prender as presas das fêmeas no ato sexual. Os macho têm seus pedipalpos modificados para a cópula. Normalmente o macho foge logo após o ato, antes que a fêmea recubra seu apetite, e morre poucos meses depois, devido a seu curto ciclo de vida. A fêmea armazena o esperma vivo num órgão especial, até chegar a época de botar os ovos. As fêmeas depositam entre 50 a 200 ovos num saco de seda que incubam por cerca de 6 semanas. Os ovos são bem grandes, e o saco pode chegar a ficar do tamanho de um limão. Os filhotes já nascem com um bom tamanho. Após o nascimento as pequenas tarântulas não recebem cuidados parentais, ficam pouco tempo na toca e logo depois se dispersam.


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As 10 aranhas mais estranhas do mundo

Se você tiver fobia de aranhas não leia esse artigo – ou não vai conseguir dormir à noite, esperando que criaturas bizarras como essas apareçam em seu quarto.
A seguir uma lista com as 10 mais bizarras e fascinantes aranhas do mundo:

Aranha caranguejo:
Essa aranha tem a camuflagem mais eficiente de sua espécie. Você precisa olhar bem de perto para ver que esse pedregulho (ou esse caranguejo feioso) é, na verdade, uma aranha. Alguns chegam a confundi-la com fezes de pássaro já que, quando ela senta no meio de sua teia branca, normalmente em folhas, ela parece com a tradicional mancha branca com um pontinho preto no meio. A camuflagem serve dois propósitos: primeiro, ela protege a aranha dos seus predadores, que pensam que ela é uma caca de passarinho. Segundo, ela atrai o alimento da aranha, que são pequenos insetos que adoram ficar circulando a caca de passarinho.
Argyrodes columbrinus:
Também conhecida como aranha chicote. É encontrada, normalmente, na Austrália e seu corpo longo e fino foi a razão pela qual ela foi chamada de columbrinus (em latim, essa palavra significa “parecido com uma cobra”). A aranha chicote é da mesma família da temida viúva negra, mas não se sabe, exatamente, o quão potente seu veneno pode ser. Como suas presas são desprezíveis e como a aranha tem uma natureza dócil ela é considerada inofensiva para nós.
Aranha-escorpião:
Talvez ela pudesse ser batizada, também, de aranha-camarão. No entanto, ela não recebeu o nome do “parente” por nada. Quando ameaçada ela ergue sua cauda da mesma forma que um escorpião faria, esperando que seu predador a confunda com um primo seu. Elas também são encontradas na Austrália e parecem ser inofensivas aos humanos.
Bagheera kiplingi:
Qualquer semelhança com o Darth Vader é mera coincidência. O nome “Bagheera” desse bichinho vem da pantera da história de Mogli, o Menino Lobo – afinal a aranha acaba se movendo como uma pantera, saltando de um lado para outro. No entanto, enquanto a maior parte das aranhas “saltadeiras” é predadora a Bagheera é quase completamente vegetariana, se alimentando de néctar. Ocasionalmente, quando não têm outra opção, elas comem larvas.
Aranha assassina:
Encontradas em Madagascar esses monstrinhos têm enormes mandíbulas e se alimentam exclusivamente de outras aranhas (daí o seu nome). Elas são tão macabras que pesquisadores afirmam que essas aranhas são sobreviventes da era dos dinossauros. Apesar da sua aparência e do seu nome, são completamente inofensivas para os humanos.
Argyroneta aquática:
Conhecidas, também, como aranhas mergulhadoras, elas são as únicas aranhas completamente aquáticas do mundo. São encontradas na Europa e na Ásia e vive em pequenos lagos ou riachos menos agitados. Como ela não pode respirar debaixo da água, ela faz uma teia e a enche de oxigênio que traz da superfície. Ela passa a maior parte do tempo em sua casinha e demora um bom tempo até ela precisar abastecê-la novamente.
Aranha espinhosa:
As aranhas espinhosas não constituem apenas uma espécie, mas um gênero que possui mais de 70 espécies desse tipo de animal. São encontradas no mundo todo e, apesar de sua aparência macabra, são completamente inofensivas. Seus espinhos apenas servem para manter os pássaros longe. Elas também têm um hábito curioso – elas colocam “bandeiras” ao redor de suas teias para evitar que pequenos pássaros fiquem enroscados nelas e prejudiquem sua cria.
Maratus volans:
Não, não é photoshop e nem sacanearam a aranha pichando seu abdômen. Essa é a conhecida aranha-pavão, que vive na Austrália. Assim como o pavão, o macho usa suas cores incríveis para chamar a atenção da fêmea (que é sem-gracinha e não tem nem metade das cores). Ele também vibra suas presas e suas pernas para ter um efeito dramático.
Myrmarachne plataeloids:
Antes que você reclame dizendo que há uma formiga na lista, conte as patas do bichinho acima. Oito, certo? Formigas têm apenas seis. Mas, nesse caso, a formiga seria mais perigosa do que a aranha. Ela imita quase perfeitamente a formiga tecelã, que possui uma mordida dolorida. A aranha, ao contrário, é inofensiva. Ela pode ser encontrada se camuflando na China e no sudeste da Ásia.
Aranha feliz:

De novo, não é photoshop e ninguém sacaneou essa aranha. Como você pode imaginar, ela também é parente da viúva negra. Pode ser encontrada nas florestas tropicais havaianas (onde é conhecida por nananana makaki’i). Ela não é perigosa para humanos e as formas vermelhas em seu abdômen normalmente têm a forma de um rosto sorrindo, causada pela pareidolia. Mesmo não sendo a única aranha com um rosto desenhado, é a mais engraçada.

FONTE: HYPERCIENCE
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RECEITA CASEIRA COM HIPOGLÓS + BEPANTOL + AROVIT CUIDA DA SUA PELE






















RECEITA CASEIRA COM HIPOGLÓS + BEPANTOL + AROVIT 

Recomendada por ninguém mais ninguém menos que o cirurgião mais famoso do Brasil, Ivo Pintanguy. 

Para hidratar, tirar espinhas, diminuir olheiras ou mesmo clarear manchas, existe sempre um método mais barato, acessível, fácil e que pode dar super certo para sua pele! Tem sido testada por muitas brasileiras, não custa tentar. 

COMO FAZER
Misture um pouquinho do creme Bepantol, um pouquinho da pomada Hipoglós e pingue uma gotinha de Arovit. O Bepantol ajuda a tirar manchas, a Hipoglós hidrata e a Arovit ( nada mais é que vitamina A).

Use de 2 a 3x por semana na hora de dormir.
Só misture a quantidade necessária pra usar a cada vez, não deixe a receita pronta, faça e use em seguida.
A ampola de arovit você pode vedar com durex.
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