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sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz 2012 do Prof. Djalminha


Feliz ano novo a todos vocês que curtem nosso blog e espero que nesse ano que passou ocês tenham aproveitado bastante osso material biológico.

Que 2012 seja muito melhor nos estudos e sucesso na sua vida profissional!!!

Professor Djalma Neto
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

OXI ou OXIDADO: A NOVA DROGA DA MORTE

Oxidado, crack oxidado ou oxi é um tipo de droga derivada da cocaína de uso altamente viciante. Trata-se de uma mistura de base livre de cocaína oxidada, cerca de 80% da composição da droga, e combustível, entre eles, os de uso principal, o querosene, gasolina e diesel com cal ou permanganato de potássio. O nome é uma abreviação para crack oxidado.[1] Sua potência é avaliada em cinco vezes maior que a do crack.[2] No entanto, a droga não possui uma composição característica, pois é fabricada de acordo com receitas caseiras.[3]

Surgiu no Brasil quando entrou pelo Acre, vinda da Bolívia e Peru, na década de 1980.[1] Na zona sul de São Paulo foi apreendido o primeiro tijolo da droga.[4]

Índice

Padrões de consumo

A droga é fumada assim como o crack. Utiliza-se cachimbo ou lata de alumínio perfurada que queima as pedras.[1] Em alguns casos é utilizado triturado, incluído com cigarros de tabaco ou maconha, ou ainda, em pó, onde é sugado pelo nariz.[5]

Efeitos fisiológicos

Os efeitos do oxi ainda não são totalmente conhecidos, podendo variar dependendo da concentração e frequência com que a droga é consumida. Logo que consumida, a droga provoca queimaduras nos lábios e fossas nasais e possível perda dos dentes. Quando chega aos pulmões, a droga entra na corrente sanguínea pelos alvélolos pulmonares em até oito segundos. Já na corrente sanguínea, causa taquicardia e contrai os vasos sanguíneos, aumentando os riscos de o usuário predisposto a doenças cardíacas ter hipertensão e infarto. No sistema digestório, acelera os movimentos peristálticos podendo causar vômitos e diarreia e pode inflamar o fígado e os rins. As doenças e os efeitos imediatos que podem ser causadas pelo oxi são, entre outros, enfisema, derrame cerebral, dificuldades no raciocínio e memória, infarto, desidratação, causada por vômitos e diarreias, alucinações, insônia e aumento da agressividade. A droga é conhecida por ter efeito muito mais devastador se comparado a outras substâncias utilizadas no Brasil.

Popularização do consumo

Há um grande aumento no consumo da droga em relação ao crack. Um dos principais motivos para isso é o seu preço, em média, de dois reais. Seus efeitos também produzem uma desejo maior de consumo, promete euforia duas vezes maior que a causada pela cocaína. Ainda não se tem dados exatos sobre o quanto a droga está difundida, não sendo conhecida a sua real circulação.[3]

Reações

As reações são muito fortes, devido aos componentes químicos. Ela causa vômitos, diarréias, aparecimento de lesões precoces no sistema nervoso central e a degeneração das funções hepáticas.[3]


Boca

Causa necrose dos tecidos; os dentes ficam fracos e os lábios se queimam.[1]

Pulmão

Enfisema causado pela cal.[6]

Sistema circulatório

Em 8 s chega ao cérebro.[6]

Cérebro

Eleva os níveis de dopamina. Pode causar derrame, e dificuldades de memorização.[6]

Coração

Aumenta o ritmo cardíaco e causa vasoconstrição.[6]

Sistema digestivo

Causa enjoo e diarreia devido a presença de resíduos do combustível, além de danos ao esôfago.[7]


Comparativo

Característica Crack Oxi
Composição Bicarbonato de sódio + água + pasta base de coca ou cocaína refinada[3] Pasta base de coca ou cocaína refinada + combustível + cal virgem (existem variações)[3]
Concentração de cocaína 40%[3] 80%[3]
Aspecto Branco[3] Branco (droga com mais cal); Amarelo (droga com mais gasolina); Roxo (quantidades iguais de cal e gasolina)[3]
Fumaça Fumaça de cor clara e com cinzas[6] Fumaça de cor escura com resíduo oleoso[6]

Referências

  1. a b c d O Globo. Derivado de cocaína e mais letal que o crack, oxi destroi jovens e crianças no Acre. Acesso em 18 de abril de 2011
  2. Impacto. Oxi a nova droga. Acesso em 18 de abril de 2011
  3. a b c d e f g h i Oxi, uma nova e devastadora droga se espalha pelo país. Veja (06 de maio de 2011). Página visitada em 07 de maio de 2011.
  4. O Globo. Polícia apreende primeiro tijolo de oxi na zona sul de São Paulo. Acesso em 6 de maio de 2011
  5. Narco News. Oxi: a nova droga na fronteira amazônica. Acesso em 18 de abril de 2011
  6. a b c d e f Época. Oxi, uma droga ainda pior. Acesso em 15 de maio de 2011
  7. G1. Veja os efeitos do oxi no corpo humano. Acesso em 21 de maio de 2011

Ligações externas

FONTE: Wikipédia

OXI A NOVA DROGA DA MORTE
Ainda desconhecido pela maioria da população, o óxi ou oxidado, uma droga parecida com o crack, só que mais devastadora, já se espalhou por dez Estados do país e recentemente chegou a São Paulo. Assim como o crack, o princípio ativo do óxi é a pasta base da folha de coca. Enquanto o crack é obtido a partir da mistura e queima da pasta base com bicarbonato de sódio e amoníaco, no óxi são utilizados outras coisas.
Ainda desconhecido pela maioria da população, o óxi ou oxidado, uma droga parecida com o crack, só que mais devastadora, já se espalhou por dez Estados do país e recentemente chegou a São Paulo.

O óxi é inalado ou fumado, assim como o crack, na lata ou no cachimbo. A droga é produzida na Bolívia e no Peru e começou a entrar no Brasil em 2005 pelo interior do Acre. Em pouco tempo, chegou a Rio Branco, onde atualmente há um número elevado de usuários, e se espalhou para outras capitais da região Norte e Nordeste, como Manaus (Amazonas), Belém (Pará), Macapá (Amapá) e Porto Velho (Rondônia). Nos últimos meses, houve apreensões e registros de usuários em Goiás, Distrito Federal, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Piauí --onde foram confirmadas 18 mortes só neste ano por conta do uso do óxi. Há rumores da circulação da droga no Mato Grosso, Maranhão e Paraná, embora não haja registros oficiais.

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), subordinada ao Ministério da Justiça, informou que pesquisadores do órgão registraram a circulação da droga em Santos (SP), mas não forneceu mais detalhes. Na capital, não há registros de usuários de óxi no SUS (Sistema Único de Saúde), segundo a Secretaria de Estado da Saúde. A Secretaria Municipal da Saúde da capital paulista, que faz um trabalho com usuário de drogas na Cracolândia, região central, também afirma não ter encontrado a droga.
COMENTÁRIO DO BLOG: e por isso que os polícias da especializada (DENARC) tem que estar em constante treinamento para acompanhar a evolução do mercado do tráfico nas diferentes regiões do país. No ano passado, na época de eleição, a primeira dama do estado, senhora Aquino, fez um enorme CONTRA O CRACK, mal se apagavam os holofotes dessa campanha oba oba ao anunciar a criação e posta em funcionamento do PLANO ESTADUAL DE LUTA e a primeira dama já pulava fora do barco para se ocupar de outras incumbências dentro da administração do governo de Sergipe. E agora? Com a chegada do ÓXI a senhora vai fazer o que? Vai criar outra campanha? Senhora Aquino: a área de recuperação/prevenção ao uso de drogas não e brincadeira, os profissionais que atuam nessa área PRECISAM SER MUITO BEM TREINADOS para cumprir suas tarefas com eficiência. Até porque o tratamento de um dependente de crack e totalmente diferente ao tratamento de um usuário de maconha.

Fonte: Parada súbita


Deu no papel

Oxi, a nova droga: o futuro previsível.

Publicado em 07/05/2011 pelo(a) Wiki Repórter JBWiki!, Rio de Janeiro - RJ

Pedra de oxi custa R$ 2, a de crack, R$ 10; não é difícil prever o futuro, escreve Drazio Varella. Em São Paulo, a primeira apreensão ocorreu em março deste ano. O Denarc (Departamento Estadual de Narcóticos) encontrou 60 kg de oxi.

NOVA DROGA - Polícia Militar apreende 970 g de oxi na zona sul

A segunda apreensão em São Paulo de oxi, uma droga mais devastadora do que o crack, foi feita por policiais militares na noite da última quinta-feira, em Campo Limpo, na zona sul. O desempregado Cleyton Soares do Nascimento, 20, foi flagrado com 970 gramas da droga.
Segundo a Polícia Civil, a primeira apreensão ocorreu em março deste ano, na zona leste. O Denarc (Departamento Estadual de Narcóticos) encontrou 60 kg de oxi.

Drauzio Varella
Pedra de oxi custa R$ 2, a de crack, R$ 10; não é difícil prever o futuro.

O oxi e o crack
Droga ilícita é como a moda: passa uma, vem outra.
Nos anos 1950, a classe média chamava a maconha de "droga de engraxate", com desprezo. Fumavam maconha apenas os marginais e a malandragem de rua; a burguesia endinheirada, jamais.
Na esteira do movimento hippie e da contracultura, a maconha se tornaria a droga preferida pela juventude, a partir da década de 1960. Os primeiros a aderir foram os universitários e os intelectuais, depois vieram os mais jovens e os iletrados, num processo insidioso e persistente que disseminou o uso em todas as camadas sociais.
Tradicionalmente mais cara do que a maconha, a cocaína foi considerada exclusiva dos mais abastados até o fim dos anos 1970. Na imaginação popular, o pó era consumido em reuniões, nos passeios de iate e nas festas em que os milionários faziam troca de casais.
A epidemia de Aids se encarregou de escancarar uma realidade menos fantasiosa.
Os primeiros casos da doença no Brasil foram diagnosticados a partir de 1982, exclusivamente entre homens homossexuais. Em seguida, começaram a surgir homens e mulheres heterossexuais dos bairros mais pobres, que haviam contraído o vírus ao compartilhar seringas e agulhas para injetar cocaína.
O acúmulo desses casos deixou claro que havia uma epidemia de cocaína injetável que se disseminava em silêncio na periferia das cidades grandes.
Quando cheguei ao Carandiru, em 1989, cansei de atender presos com as veias dos braços em petição de miséria, resultado das sucessivas picadas para injetar a droga nas condições mais precárias de assepsia que alguém possa imaginar.
Nesse ano, colhemos 1.492 amostras de sangue entre os que estavam inscritos no programa de visitas íntimas, com o objetivo de mostrar às autoridades do sistema prisional que era um absurdo a sociedade abrir as portas da cadeia para mais de mil parceiras sexuais daqueles homens, sem lhes oferecer qualquer tipo de informação nem lhes garantir acesso ao preservativo.
Os resultados mostraram que 17,3% dos presos eram HIV-positivos, quase todos infectados por seringas e agulhas. Estudo realizado mais tarde com as mesmas amostras revelou que 60% delas eram positivas para o vírus da hepatite C.
As mortes por Aids, a aparência física dos que chegavam ao estágio final de evolução e as campanhas educativas contra o uso de droga na veia acabaram com as injeções de cocaína no presídio, tendência que se espalharia pelas ruas da cidade.
Não havia motivo para comemoração, no entanto. A cocaína injetável foi imediatamente substituída pelo crack, preparação mais impura, mais barata e de uso compulsivo, que eliminava a necessidade da aplicação intravenosa.
A ausência completa de campanhas de esclarecimento nas escolas e nos meios de comunicação de massa, de estratégias de prevenção ao uso e de programas de saúde destinados a recuperar os usuários, permitiram que o crack se espalhasse feito praga e chegasse às cidades pequenas do país inteiro.
Quando uma das facções de prisioneiros assumiu a supremacia nas cadeias de São Paulo, seus líderes concluíram que o crack colocava o usuário num estado de insolvência financeira que prejudicava os interesses da organização. Como consequência, aconteceu o que eu jamais poderia imaginar, o crack foi banido das cadeias paulistas.
Nessa época, tive a esperança de que desaparecesse também das ruas, em analogia ao que acontecera com a cocaína injetável. Logo percebi a ingenuidade: é a droga que mais lucro dá ao traficante.
Agora, no auge da epidemia de crack, surge o oxi, preparação mais bruta ainda, resultado do tratamento da pasta de cocaína com querosene, cal e líquidos oxidantes, mais baratos do que o bicarbonato e o amoníaco usados na química do crack. Na cracolândia a pedra é vendida a R$ 2; a de crack custa R$ 10.
Caro leitor, é preciso ter curso de pós-graduação em drogas ilícitas para prever o que acontecerá?
Enquanto insistirmos em concentrar os esforços na "guerra contra as drogas", sem nos preocuparmos em reduzir o número de usuários que formam o mercado consumidor, iremos ao sabor da droga da moda, cada vez mais barata, compulsiva e destruidora. (Drauzio Varella)

(Págs. 1 e Ilustrada E12)
Editoriais
Leia "Salto à frente do STF", que aplaude decisão sobre união homossexual, e "O peso da especulação", sobre queda dos preços das commodities. (Págs. 1 e Opinião A2)

Fonte: Brasilwiki.com.br

Cotidiano

"Óxi, a droga da morte: eutanásia em forma de combustível inalante!!!



"OXI" a droga da morte,... CASAL FOI PRESO TRANSPORTANDO CONSIDERÁVEL QUANTIA DE OXI EM SÃO PAULO,.. ((( que horror ))) - Foto: internet
Tendo o querosene como um composto aditivo da droga "oxi", o jovem ao inalar a queima da pedra de "oxi", sente efeito alucinógeno mais ativo e ainda mais barato que a droga denominada "crack", porém, com efeito ainda mais devastador escravizando o dependente químico de uma forma mais letal e em menor período de ação, o que vem decretar o fim da linha dos seus aficcionados!!!

FUMAÇA PRETA entrando nariz a dentro, condenando a vida do ser humano se esvair"aos poucos" !!!

"OXI" a droga da morte,... CASAL FOI PRESO TRANSPORTANDO CONSIDERÁVEL QUANTIA DE OXI EM SÃO PAULO,.. ((( que horror )))

Fonte: Brasilwiki.com.br

OXI, QUE PEDRA É ESSA?

01-624

Se você acha que o crack é a epítome do tenso, prepare-se pra se assombrar. Tá rolando pelo Norte e Nordeste brasileiro um primo da pedra filosofal mais treze ainda: se chama “óx-ci”, de oxidado (não “ô-xi”), e é resultado da substituição do bicarbonato e do amoníaco usados pelos nóias do Centro-Sul na mistura com o cloridrato de cocaína por querosene e cal virgem. O se-cagar-parar-de-comer-roubar-pra-comer-e-se-cagar-e-ter-força-pra-roubar-sem-medo-noção-ou-senso-de-ridículo tá lá também, mas a parada fica mais cruel graças à química mais tosca. Resultado: 30% dos fissurados em oxi morrem em menos de um ano, segundo a pesquisa da REARD (Rede Acreana de Redução de Danos). Com o crack regular, um nóia dura uma média de oito anos.

Foi nesse estudo, aliás, o Vulnerabilidade à Aids por Usuários de Drogas, que se ouviu falar do oxi pela primeira vez, em 2003. Eles foram a campo tentar entender a relação entre o uso de merla/mescla (pasta de cocaína) com o aumento de doenças sexualmente transmissíveis e deram de cara com a droga, até então desconhecida no Brasil (vulgo Região Sudeste), apesar de, por lá, ser comercializada a preços mais baixos que seu primo dos condomínios brasilienses – por volta de R$ 3 a R$ 5.

0211
Casal foi detido pela Polícia Rodoviária Federal do Pará transportando 23 kg de oxi divididos em 42 tabletes (04/06)

Mas a coisa tá rolando com força, e as pedras amareladas de oxi já foram apreendidas no Acre, Maranhão e Pará, e, anteontem, fizeram com que a Polícia Rodoviária do Piauí começasse a se preocupar. E eu também, então resolvi procurar o Denarc pra ver se as ruas da capital continuavam seguras para eu poder fazer um filho por aqui. Com a palavra, o diretor geral do Departamento de Investigações sobre Narcóticos, delegado Marco Antônio Pereira Novaes de Paula Santos:

“[O oxi] não chegou [a São Paulo] e nunca vai chegar! Não vai chegar porque a qualidade é pior. Lá eles têm dificuldade em conseguir alguns insumos básicos que são fáceis de conseguir por aqui. Foi por isso que surgiu o oxi lá, que na verdade nada mais é que um crack de pior qualidade. É mais danoso à saúde? É, porque os insumos são diferentes. Em tese, os dois são ruins, mas os insumos do oxi são mais nocivos. Mas não temos conhecimento dessa droga sendo comercializada aqui. Não há necessidade.”

Legal! Eu sempre acredito nas declarações de autoridades! Ainda mais veementes assim, não tem nem como, né, pessoal? Mas diz aí: alguém aí sabe um lugar barato e limpinho pra fazer uma vasectomia?

BRUNO B. SORAGGI
FOTOS: REPRODUÇÃO E PRF DO PARÁ


Read the rest at Vice Magazine: OXI, QUE PEDRA É ESSA? - Vice BR

Fonte: viceland.com

Oxi: Nova droga ainda mais destrutiva que o crack

Com aparência e efeitos muito próximos ao do crack, a droga conhecida como oxi, ou oxidado, está chegando em diversos estados do Brasil. As primeiras notícias do seu consumo foram no estado do Acre, na Região Norte do país. Na sua composição podem ser encontrados – além da cocaína, como no crack – cal virgem, querosene e gasolina. Em algumas amostras foram encontrados solventes químicos. A preocupação com essa nova droga se deve ao fato de ser mais tóxica e mais barata do que o crack. Isso pode influenciar no aumento do consumo e o número de mortes que esse tipo de droga causa. O oxi pode ser encontrado a partir de R$ 2, valor abaixo que o do crack.
Para debater o assunto, a Radioagência NP entrevistou o diretor do Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Elisaldo Carlini. Ele defende que o uso do crack e do oxi precisa ser tratado como um problema social, e não de saúde pública.
Radioagência NP: Prof. Elisaldo, quais são as semelhanças e diferenças entre o oxi e o crack?
Elisaldo Carlini: Tanto o oxi quanto o crack estão sob a forma da chamada cocaína básica. A única forma de fazer com que a cocaína básica chegue até o organismo humano é através de fumar. E essa cocaína é absorvida muito rapidamente através do pulmão, e em cinco a dez segundos já está fazendo seu efeito. Agora pode haver diferenças de impurezas. Por exemplo, o oxi é mais tóxico porque ele é feito a partir de cal virgem, querosene ou gasolina. Quando o indivíduo vai fumar o oxi, ele pode estar fumando a cocaína básica e mais impurezas. E as impurezas do crack são menores.
RNP: E quais são os efeitos provocados por essas drogas nos usuários?
EC: A pessoa perde totalmente o apetite e apresenta uma insônia muito persistente. Isto acaba com qualquer organismo em três ou quatro dias. Além do mais, produz efeitos psíquicos muito claros: inquietação, nervosismo e pode chegar a produzir sintomas de uma pseudo-psicose, chamada psicose cocaínica. Pode ter delírios e alucinações. O que normalmente as pessoas descrevem é que a primeira “pipada” [tragada da droga] dá uma sensação de extraordinário prazer. E eles procuram constantemente repetir esse “tuim” [efeito de prazer], que cada vez fica mais difícil.
RNP: E quanto aos problemas causados no longo prazo?
EC: O continuar do uso é que é o grande problema. Se o oxi foi feito com gasolina, com querosene, quantas porcarias se têm? Então, se tem reações tóxicas secundárias, que são devidas aos problemas das contaminações. Pode levar a problemas no fígado, pode irritar a mucosa brônquica e pode anestesiar a boca, a mucosa da boca. Não percebendo isso, ele pode ter fissuras nos lábios, e passando essa latinha de boca em boca, ele pode se contaminar e contaminar os outros. E o outro aspecto também é o processo da degeneração social. As pessoas fazem de tudo, como roubo e a prostituição de ambos os sexos.
RNP: Pode ser traçado um perfil do usuário de oxi?
EC: Do oxi eu não conheço, mas pelas fotos e descrições que eu vi, não tem muita separação. Atinge várias classes sociais, antigamente eram os mais pobres, não é mais. Aqui em São Paulo e Rio de Janeiro pelo menos, nem em Pernambuco. Começa a atingir mais as classes médias. São jovens, eu não conheço nenhum caso de adultos. E quase todos, quando começam, eles não param. E eles atingem uma degradação muito grande, o aspecto físico é lamentável. É um perfil comum do usuário fim de linha, como a gente chama.
RNP: Na opinião do senhor, como o debate sobre o problema do crack e agora do oxi deveria ser feito na sociedade?
EC: Temos que pensar aqui que não é um problema de saúde pública, mas um problema de prevenção. Fazer uma prevenção para evitar que a pessoa chegue até o crack. Segundo lugar, o usuário de crack já perdeu seus elos sociais, familiares, de emprego, situação econômica, amizade. Ele está praticamente isolado do mundo. Se ele se trata e consegue se curar, ele volta pra onde? Ele volta pra uma família que já o rejeitou? Ninguém confia nele para um emprego. Os amigos já foram embora. Ele é jogado de volta exatamente na condição em que ele estava. Teria que haver um programa muito sério de reabilitação social, de procurar um reemprego, ensinar uma profissão, fazer com que ela possa ser reaceita em uma escola. Enfim, fazer com que ele passe a ter um novo ambiente social.

De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.

Fonte: Arte, ciência e Política
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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Insetos: Curiosidades parte 1

Estranhos Insetos que Talvez Você Nunca Tenha visto Antes

Videos Curiosos no blog O Gato Ninja




Este vídeo mostra uma coletânea de fotos com estranhos e curiosos insetos, que talvez, você nunca tenha visto antes! São tão diferentes que alguns parecem ser criações de filme de ficção cientifica. Inclusive alguns me lembraram do filme Tropas Estelares onde insetos alienígenas atacavam humanos. Será que foram inspirados nestas criaturas do vídeo?





Insetos Fascinantes - Um Verme que Possui Luz Própria



Depois de Publicar a postagem com Estranhos Insetos que Talvez Você Nunca Tenha visto Antes, encontramos mais um vídeo com um inseto muito curioso, trata-se de um verme que possui uma luminosidade própria , parecendo a luz de um vaga-lume só que sem piscar.



Fonte: O gato ninja
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TOP 10 das Plantas Carnívoras Mais Fascinantes


Listas, Natureza,Curiosidades

Talvez por ter suas imagens propagadas por desenhos animados e filmes as plantas carnívoras sempre foram fascinantes. Diferente da ficção onde elas podiam comer humanos, na vida real elas sãos eficientes armadilhas para insetos e pequenos animais que são dissolvidos pelos sucos digestivos das plantas e tem seus nutrientes absorvidos

O primeiro livro que documentou estas curiosas espécies foi escrito por Charles Darwin em 1875 denominado “Plantas Insetívoras. Após pesquisas acredita-se que essas plantas evoluíram de algumas plantas floríferas, estas apresentadas em mais de 630 espécies diferentes. O Brasil é um dos paises que possuem maior diversidade de plantas carnívoras ficando atrás apenas da Austrália.

As plantas carnívoras possuem alguns mecanismos básicos de armadilhas utilizados para devorarem suas presas, são eles:
01 – Armadilhas Tipo Jaula
02 – Armadilhas de Sucção
03 – Folhas Colantes
04 - Ascidios

Segue abaixo o "TOP 10 das Plantas Carnívoras Mais Fascinantes" e suas Características:


10. SARRACENIA
Possuem 15 espécies classificadas em três gêneros de plantas carnívoras: Darlingtonia e Sarracenia com origem na América do Norte e Heliamphora nativas da América do Sul.

Plantas Carnívoras

As plantas são coloridas e exalam um cheiro provenientes de seu néctar que atrai os insetos. Depois que estes entram em suas folhas com formato tubular são aprisionados e digeridos na água e enzimas digestivas ali acumuladas. Os insetos funcionam como um suplemento nutricional visto que os solos onde geralmente elas crescem são pobres em nutrientes.


09 NEPENTHES
Possui somente um gênero e é encontrada em paises da Ásia e Austrália. Possui cerca de 130 espécies e são apelidadas de copos de macaco pelo fato dos animais terem sido frequentemente bebendo a água da chuva que se acumulam em suas folhas. Possuem forma de trepadeira chegando a alcançar de 10 a 15 metros.

Plantas Carnívoras

Também funcionam como armadilhas para insetos. Suas folhas se assemelham a jarros com uma espécie de tampa, geralmente colorida, servindo de proteção para que a armadilha não fique cheia demais. Nestes líquidos pequenos insetos, aranhas e até mesmo pequenos pássaros ficam presos ao escorregarem para dentro do tubo atraídos pelas cores e odores segregados pela planta. Uma vez que a sua presa esteja no interior do jarro, as paredes internas cobertas de pelos voltadas para baixo impendem que estas sejam escaladas e então ali são digeridas. Já foram documentados capturas de até mesmo pequenos mamíferos como ratos pelas eficientes plantas.

08 - GENLISEA
Geralmente conhecida como planta saca-rolhas é composta por 21 espécies que crescem , geralmente em terreno úmido ou semi aquáticos, sendo encontradas na África, América Central e do Sul.

Plantas Carnívoras

Possuem pequenas flores amarelas que são utilizadas como armadilhas para captura de suas presas. Fazendo as entrar e impedindo as vitimas de saírem devido aos pelos em forma de espiral. Essas plantas possuem dois tipos diferentes de folhas. As acima dos solo e outras no subsolo com o intuito de prender e digerir organismos como protozoários e pequenos insetos. Essas folhas sob a terra são ocos e tem uma forma em espiral para a frente e com a ajuda do fluxo de água constante , micróbios podem entrar mas não conseguem sair sendo digeridos e absorvidos.

07 - DARLINGTONIA CALIFORNICA
Como o próprio nome sugere é nativa da Califórnia, também chamada de planta de jarro, crescem em pântanos e com águas frias, devido a sua raridade no campo, é considerada muito incomum.

Plantas Carnívoras

As folhas são bulbosas e formam uma cavidade oca com uma abertura situada abaixo. Ao contrário das outras não utiliza odores, pois nesta as vitimas são atraídas pelos pontos de luz que atravessam a planta e fazem pequenos pontos de luzes dentro dos jarros. Ao entrarem lá ficam presas por milhares de pêlos que crescem para dentro impedindo sua saída. Então são digeridas e absorvidas

06 - UTRICULARIA
De acordo com a wikipédia possuem 618 espécies e são plantas aquáticas, vivendo em água doce ou solos úmidos presentes em quase todos os continentes.

Plantas Carnívoras

Estas plantas possuem um curioso tipo de armadilhas, muito pequenas podendo variar de 0,2 a 1,2 mililitros. Podem capturar presas como pulgas da água e até pequenos girinos. As armadilhas tem pêlos que funcionam como gatilhos presas a um alçapão, quando os pelos são estimulados o alçapão se abre, suga o inseto e a água ao redor e fecha-se novamente em questão de 10 milionésimo de segundos.


05 - PINGUCULA
Nativas da Europa, Ásia e Américas esta planta possui 77 espécies distintas utilizando armadilhas parecidas com o das droseras: possuem uma glândula para atrair , aprisionar e diferir os insetos através de substancias pegajosas.
Plantas Carnívoras

Suas folhas são suculentas e geralmente brilhantes que atraem a presa que por ali mesmo ficam presas e digeridas. Vivem em solos de conteúdo mineral pobre e retiram seus nutrientes dos insetos.


04 - DROSERACEAE
Possuem um dos maiores gêneros de plantas carnívoras, com pelos menos 194 especies diferents. As droseráceae se alimentam de uma forma única, possuindo gotículas de uma substancia pegajosa em suas folhas e caule fazendo os insetos que pousarem nela ficarem presos. Com suas vitimas fisgadas e planta se dobra na região que sua vitima pousou envolvendo seu corpo e digerindo seus líquidos.

Plantas Carnívoras


03 - BYBLIS
Também conhecidas como plantas arco íris, devido à aparência atraente de suas folhas, pertencem a um pequeno gênero de planta carnívoras oriundas da Austrália. Se assemelham as Droseras e podem ser distinguidas pelas suas flores.

Plantas Carnívoras

A superfície de suas folhas estão completamente coberta de pêlos glandulares que liberam uma substância pegajosa e atraente. Geralmente os insetos são atraídos pelos reflexos brilhantes nestas gotículas e ficam presos por ali onde são absorvidos.


02 - ALDROVANDA VESICULOSA
Também conhecidas como plantas roda de água, é uma fascinante planta sem raízes, vivendo na água. Ela se alimenta de pequenos vertebrados aquáticos.

Plantas Carnivoras

Seu método de captura consiste em dois lóbulos cobertos de pêlos que, quando estimulados, fazem com que a armadilha se feche em apenas 10 milissegundos prendendo sua vitima como um dos mais rápidos movimentos de plantas existentes na natureza


01 - DIONAEA MUSCIPULA
Esta é provavelmente a mais conhecida planta carnívora alimentando se basicamente de insetos e aracnídeos.

Plantas Carnívoras

Possui extremidades que se fecham em rápidos movimentos quando seus pêlos são estimulados. É uma planta tão complexa que consegue diferenciar se os estímulos são oriundos de seres vivos ou do vento, por exemplo. O movimento de captura de suas vitimas é muito rápido enlaçando com espinhos ou cílios que a impedem de escapar. Suas extremidades se fundem selando a armadilha e criando uma espécie de estômago onde ocorre a digestão de sua presa.

Abaixo um vídeo gravado em altíssima resolução mostrando como funciona a captura das presas por uma planta carnívora.



Fonte:
o gato ninja
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Sistema Cárdiovascular (pela Aula de Anatomia)

CORAÇÃO
Sistema Cardiovascular





Apesar de toda a sua potência, o coração, em forma de cone, é relativamente pequeno, aproximadamente do tamanho do punho fechado, cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura em sua parte mais ampla e 6 cm de espessura. Sua massa é, em média, de 250g, nas mulheres adultas, e 300g, nos homens adultos.


O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. A posição do coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo exame de suas extremidades, superfícies e limites.

A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a direita.



Limites do Coração: A superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das costelas. A superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte repousa sobre o diafragma, correspondendo a região entre o ápice e aborda direita. A borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende da superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, fica voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. Como limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a traquéia, o esôfago e a artéria aorta descendente.


Limites do Coração
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Camadas da Parede Cardíaca:


Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para contrações vigorosas e rápidas. O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso.


O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico. Assemelha-se a um saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele.

O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma dupla camada, circundando o coração. A camada parietal, mais externa, do pericárdio seroso está fundida ao pericárdio fibroso. A camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do coração.

Saco Pericárdio
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido seroso. O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericárdio, denominado camada visceral do pericárdio seroso.

Miocárdio: é a camada média e a mais espessa do coração. É composto de músculo estriado cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o coração se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o interior dos vasos sangüíneos.

Endocárdio: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada de tecido composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sangüíneos que entram e saem do coração.


Clique aqui para ver a ilustração das Túnicas Cardíacas


Configuração Externa: o coração apresenta três faces e quatro margens:

FACES
Face Anterior (Esternocostal) - Formada principalmente pelo ventrículo direito.

Face Diafragmática (Inferior) - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e parcialmente pelo ventrículo direito; ela está relacionada principalmente com o tendão central do diafragma.

Face Pulmonar (Esquerda) - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; ela ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo.

MARGENS
Margem Direita - Formada pelo átrio direito e estendendo-se entre as veias cavas superior e inferior.

Margem Inferior - Formada principalmente pelo ventrículo direito e, ligeiramente, pelo ventrículo esquerdo.

Margem Esquerda - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e, ligeiramente, pela aurícula esquerda.

Margem Superior - Formada pelos átrios e pelas aurículas direita e esquerda em uma vista anterior; a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar emergem da margem superior, e a veia cava superior entra no seu lado direito. Posterior à aorta e ao tronco pulmonar e anterior à veia cava superior, a margem superior forma o limite inferior do seio transverso do pericárdio.

Externamente os óstios atrioventriculares correspondem ao sulco coronário, que é ocupado por artérias e veias coronárias, este sulco circunda o coração e é interrompido anteriormente pelas artérias aorta e pelo tronco pulmonar.

O septo interventricular na face anterior corresponde ao sulco interventricular anterior e na face diafragmática ao sulco interventricular posterior.

O sulco interventricular termina inferiormente a alguns centímetros do à direita do ápice do coração, em correspondência a incisura do ápice do coração.
O sulco interventricular anterior é ocupado pelos vasos interventriculares anteriores.

O sulco interventricular posterior parte do sulco coronário e desce em direção à incisura do ápice do coração.

Este sulco é ocupado pelos vasos interventriculares posteriores.

Configuração Interna:


O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; os ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração.

Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada aurícula (semelhante a orelha do cão).

O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória chamada septo interatrial; o ventrículo direito é separado do esquerdo pelo septo interventricular.



Configuração Cardíaca Interna
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


ÁTRIO DIREITO

O átrio direito forma a borda direita do coração e recebe sangue rico em dióxido de carbono (venoso) de três veias: veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário.

A veia cava superior, recolhe sangue da cabeça e parte superior do corpo, já a inferior recebe sangue das partes mais inferiores do corpo (abdômen e membros inferiores) e o seio coronário recebe o sangue que nutriu o miocárdio e leva o sangue ao átrio direito.

Enquanto a parede posterior do átrio direito é lisa, a parede anterior é rugosa, devido a presença de cristas musculares, chamados músculos pectinados.

O sangue passa do átrio direito para ventrículo direito através de uma válvula chamada tricúspide (formada por três folhetos - válvulas ou cúspides).

Na parede medial do átrio direito, que é constituída pelo septo interatrial, encontramos uma depressão que é a fossa oval.

Anteriormente, o átrio direito apresenta uma expansão piramidal denominada aurícula direita, que serve para amortecer o impulso do sangue ao penetrar no átrio.

Os orifícios onde as veias cavas desembocam têm os nomes de óstios das veias cavas.

O orifício de desembocadura do seio coronário é chamado de óstio do seio coronário e encontramos também uma lâmina que impede que o sangue retorne do átrio para o seio coronário que é denominada de válvula do seio coronário.


ÁTRIO ESQUERDO

O átrio esquerdo é uma cavidade de parede fina, com paredes posteriores e anteriores lisas, que recebe o sangue já oxigenado; por meio de quatro veias pulmonares. O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, através da valva bicúspide (mitral), que tem apenas duas cúspides.

O átrio esquerdo também apresenta uma expansão piramidal chamada aurícula esquerda.


VENTRÍCULO DIREITO

O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior do coração. O seu interior apresenta uma série de feixes elevados de fibras musculares cardíacas chamadas trabéculas carnosas.

No óstio atrioventricular direito existe um aparelho denominado valva tricúspide que serve para impedir que o sangue retorne do ventrículo para o átrio direito. Essa valva é constituída por três lâminas membranáceas, esbranquiçadas e irregularmente triangulares, de base implantada nas bordas do óstio e o ápice dirigido para baixo e preso ás paredes do ventrículo por intermédio de filamentos.

Cada lâmina é denominada cúspide. Temos uma cúspide anterior, outra posterior e outra septal.

O ápice das cúspides é preso por filamentos denominados cordas tendíneas, as quais se inserem em pequenas colunas cárneas chamadas de músculos papilares.

A valva do tronco pulmonar também é constituída por pequenas lâminas, porém estas estão dispostas em concha, denominadas válvulas semilunares (anterior, esquerda e direita).


No centro da borda livre de cada uma das válvulas encontramos pequenos nódulos denominados nódulos das válvulas semilunares (pulmonares).


VENTRÍCULO ESQUERDO

O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. No óstio atrioventricular esquerdo, encontramos a valva atrioventricular esquerda, constituída apenas por duas laminas denominadas cúspides (anterior e posterior). Essas valvas são denominadas bicúspides. Como o ventrículo direito, também tem trabéculas carnosas e cordas tendíneas, que fixam as cúspides da valva bicúspide aos músculos papilares.

O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular esquerdo onde localiza-se a valva bicúspide (mitral). Do ventrículo esquerdo o sangue sai para a maior artéria do corpo, a aorta ascendente, passando pela valva aórtica - constituída por três válvulas semilunares: direita, esquerda e posterior. Daí, parte do sangue flui para as artérias coronárias, que se ramificam a partir da aorta ascendente, levando sangue para a parede cardíaca; o restante do sangue passa para o arco da aorta e para a aorta descendente (aorta torácica e aorta abdominal). Ramos do arco da aorta e da aorta descendente levam sangue para todo o corpo.

O ventrículo esquerdo recebe sangue oxigenado do átrio esquerdo. A principal função do ventrículo esquerdo é bombear sangue para a circulação sistêmica (corpo). A parede ventricular esquerda é mais espessa que a do ventrículo direito. Essa diferença se deve à maior força necessária para bombear sangue para a circulação sistêmica.
Grandes Vasos Cardíacos
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Ciclo Cardíaco

Um ciclo cardíaco único inclui todos os eventos associados a um batimento cardíaco. No ciclo cardíaco normal os dois átrios se contraem, enquanto os dois ventrículos relaxam e vice versa. O termo sístole designa a fase de contração; a fase de relaxamento é designada como diástole.



Quando o coração bate, os átrios contraem-se primeiramente (sístole atrial), forçando o sangue para os ventrículos. Um vez preenchidos, os dois ventrículos contraem-se (sístole ventricular) e forçam o sangue para fora do coração.

Valvas na Diástole Ventricular
Dinamismo das Valvas
Valvas na Sístole Ventricular


Para que o coração seja eficiente na sua ação de bombeamento, é necessário mais que a contração rítmica de suas fibras musculares. A direção do fluxo sangüíneo deve ser orientada e controlada, o que é obtido por quatro valvas já citadas anteriormente: duas localizadas entre o átrio e o ventrículo - atrioventriculares (valva tricúspide e bicúspide); e duas localizadas entre os ventrículos e as grandes artérias que transportam sangue para fora do coração - semilunares (valva pulmonar e aórtica).

Complemento: As valvas e válvulas são para impedir este comportamento anormal do sangue, para impedir que ocorra o refluxo elas fecham após a passagem do sangue.


Sístole é a contração do músculo cardíaco, temos a sístole atrial que impulsiona sangue para os ventrículos. Assim as valvas atrioventriculares estão abertas à passagem de sangue e a pulmonar e a aórtica estão fechadas. Na sístole ventricular as valvas atrioventriculares estão fechadas e as semilunares abertas a passagem de sangue.

Sístole Ventrícular - Ação das Valvas Átrio-ventriculares
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Diástole é o relaxamento do músculo cardíaco, é quando os ventrículos se enchem de sangue, neste momento as valvas atrioventriculares estão abertas e as semilunares estão fechadas.

Diástole Ventrícular - Ação das Valvas Átrio-ventriculares
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Em conclusão disso podemos dizer que o ciclo cardíaco compreende:
1- Sístole atrial
2- Sístole ventricular
3- Diástole ventricular




Vascularização: a irrigação do coração é assegurada pelas artérias coronárias e pelo seio coronário.

As artérias coronárias são duas, uma direita e outra esquerda. Elas têm este nome porque ambas percorrem o sulco coronário e são as duas originadas da artéria aortas.

Esta artéria, logo depois da sua origem, dirige-se para o sulco coronário percorrendo-o da direita para a esquerda, até ir se anastomosar com o ramo circunflexo, que é o ramo terminal da artéria coronária esquerda que faz continuação desta circundado o sulco coronário.

A artéria coronária direita: da origem a duas artérias que vão irrigar a margem direita e a parte posterior do coração, são ela artéria marginal direita e artéria interventricular posterior.

A artéria coronária esquerda, de início, passa por um ramo por trás do tronco pulmonar para atingir o sulco coronário, evidenciando-se nas proximidades do ápice da aurícula esquerda.

Logo em seguida, emite um ramo interventricular anterior e um ramo circunflexo que da origem a artéria marginal esquerda.

Na face diafragmática as duas artéria se anastomosam formando um ramo circunflexo.

O sangue venoso é coletado por diversas veias que desembocam na veia magna do coração, que inicia ao nível do ápice do coração, sobe o sulco interventricular anterior e segue o sulco coronário da esquerda para a direita passando pela face diafragmática, para ir desembocar no átrio direito.

A porção terminal deste vaso, representada por seus últimos 3 cm forma uma dilatação que recebe o nome de seio coronário.

O seio coronário recebe ainda a veia média do coração, que percorre de baixo para cima o sulco interventricular posterior e a veia pequena do coração que margeia a borda direita do coração.

Há ainda veias mínimas, muito pequenas, as quais desembocam diretamente nas cavidades cardíacas.

Inervação:

A inervação do músculo cardíaco é de duas formas: extrínseca que provém de nervos situados fora do coração e outra intrínseca que constitui um sistema só encontrado no coração e que se localiza no seu interior.

A inervação extrínseca deriva do sistema nervoso autônomo, isto é, simpático e parassimpático.

Do simpático, o coração recebe os nervos cardíacos simpáticos, sendo três cervicais e quatro ou cinco torácicos.

As fibras parassimpáticas que vão ter ao coração seguem pelo nervo vago (X par craniano), do qual derivam nervos cardíacos parassimpáticos, sendo dois cervicais e um torácico.

Fisiologicamente o simpático acelera e o parassimpático retarda os batimentos cardíacos.

A inervação intrínseca ou sistema de condução do coração é a razão dos batimentos contínuos do coração. É uma atividade elétrica, intrínseca e rítmica, que se origina em uma rede de fibras musculares cardíacas especializadas, chamadas células auto-rítmicas (marca passo cardíaco), por serem auto-excitáveis.

A excitação cardíaca começa no nodo sino-atrial (SA), situado na parede atrial direita, inferior a abertura da veia cava superior. Propagando-se ao longo das fibras musculares atriais, o potencial de ação atinge o nodo atrioventricular (AV), situado no septo interatrial, anterior a abertura do seio coronário. Do nodo AV, o potencial de ação chega ao feixe atrioventricular (feixe de His), que é a única conexão elétrica entre os átrios e os ventrículos. Após ser conduzido ao longo do feixe AV, o potencial de ação entra nos ramos direito e esquerdo, que cruzam o septo interventricular, em direção ao ápice cardíaco. Finalmente, as miofibras condutoras (fibras de Purkinge), conduzem rapidamente o potencial de ação, primeiro para o ápice do ventrículo e após para o restante do miocárdio ventricular.



Sistema Elétrico do Coração
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.



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Ciclo Cardíaco (Pela Wikipédia)

Ciclo cardíaco


Um diagrama de Wiggers mostrando os eventos do ciclo cardíaco que ocorrem no ventrículo esquerdo.
Nota: A pressão ventricular no fechamento da valva aórtica está incorreta neste diagrama. Ela é apresentada entre 40-60 mmHg, quando o correto seria cerca de 80 mmHg. Para uma representação mais fidedigna, confira a página 84 de Physiology (Série Oklahoma Notes), por Roger Thies.

Ciclo cardíaco é o termo referente aos eventos relacionados ao fluxo e pressão sanguíneos que ocorrem desde o início de um batimento cardíaco até o próximo batimento. Em resumo, dividimos o ciclo em dois períodos: o de relaxamento, chamado diástole, quando o coração recebe o sangue proveniente das veias, e o de contração, denominado sístole, quando ejeta o sangue para as artérias.

O ciclo cardíaco é iniciado pela geração espontânea de potencial de ação no nodo sinoatrial (NSA), pelas células marcapasso. O impulso elétrico difunde-se pelo miocárdio atrial e, posteriormente, passa para os ventrículos através do feixe atrioventricular, que apresenta velocidade de condução mais baixa, gerando um atraso na transmissão, garantindo que os átrios contraiam-se antes dos ventrículos, favorecendo a função do coração como bomba.[1]

Índice


Noções anatômicas

  • O coração é composto por quatro câmaras. Pelas câmaras esquerdas circula sangue rico em oxigênio, proveniente dos pulmões e dirigido às demais partes do corpo. Pelas câmaras direitas circula sangue pobre em oxigênio, vindo de todo o corpo e direcionado ao pulmão.
  • No adulto saudável, não existe comunicação entre as câmaras esquerdas e direitas.
  • As câmaras de recepção do sangue, mais complacentes, são chamadas de átrios', enquanto que as câmaras de ejeção, mais musculosas, são chamadas de ventrículos.
  • Entre os átrios e os ventrículos existem valvas. Estas valvas permitem a passagem do sangue apenas no sentido do átrio para o ventrículo. São chamadas de valvas átrio-ventriculares. No lado direito, temos a valva tricúspide , e no lado esquerdo a valva mitral.
  • Entre os ventrículos e as artérias ficam as valvas semilunares. Estas valvas permitem apenas a saída do sangue dos ventrículos em direção das artérias. Entre o ventrículo esquerdo e a aorta fica a valva aórtica. Entre o ventrículo direito e o tronco da artéria pulmonar fica a valva pulmonar.

Sístole e Diástole

  • Grosseiramente, a sístole é o período em que o miocárdio se contrai. Nesta fase, conforme citado acima, o sangue é ejetado dos ventrículos para as artérias.
  • Já a diástole é o período em que o miocardio se relaxa. Nesta fase o sangue entra nas aurículas, proveniente das veias e, em seguida, passa aos ventrículos.

Sístole - sub-fases

  1. Fase de Contracção Isovolumétrica. O ventriculo está cheio de sangue e começa a contrair-se. A pressão ventricular é superior à auricular e as válvulas auriculo-ventriculares fecham-se. No entanto a pressão ventricular é inferior à aórtica (no caso do vetrículo esquerdo) e à pulmonar (ventrículo direito), contraindo-se assim sem alteração de volume no seu interior. Esta fase é caracterizada por um aumento brusco de pressão.
  2. Fase de expulsão rápida. A pressão no interior do ventrículo esquerdo é maior que a aórtica (clássicamente valores acima dos 80 mmHg) abrindo-se a válvula aórtica de modo a que o sangue saia do ventrículo a grande velocidade e pressão.
  3. Fase de expulsão lenta. A aorta é uma artéria muito elástica e tem uma grande capacidade de distensão, esta propriedade permite que o fluxo sanguineo pelo organismo seja continuo. À medida que o sangue entra na aorta esta se distende para acomodar o volume, aumentando, assim, a pressão no seu interior. Deste modo a diferença de pressões entre ventrículo e aorta são cada vez menores, saindo o sangue do ventrículo a cada vez com menor velocidade.
  4. Proto-Diástole. É uma fase virtual que separa a sístole da diástole. Em dado momento a pressão aórtica iguala a ventricular não havendo deste modo qualquer movimento de sangue. Imediatamente após, o ventrículo começa a distender-se dando-se origem à Diástole - sub-fases
  1. Fase de Relaxamento Isovolumétrico. Quando a pressão ventricular é inferior à pressão aortica (no caso do ventriculo esquerdo) mas superior à pressão auricular, estando assim ambas válvulas fechadas, não havendo variação no volume de sangue dentro do ventriculo.
  2. Fase de enchimento rápido. Quando a pressão ventricular por fim se reduz abaixo da pressão atrial, que nesse momento é máxima (ápice da onda v da curva de pressão atrial) as válvulas AV se abrem deixando passar um grande fluxo rapidamente em direção ao ventrículo. 70% do enchimento ventricular ocorre nessa fase.
  3. Fase de enchimento lento. Também chamado de diástase. Com o enchimento do ventrículo e o fim da fase ativa do relaxamento do músculo cardíaco, ocorre uma desaceleração importante do fluxo. A valvas AV tendem a se fechar passivamente. No momento da desaceleração do fluxo rápido para o fluxo lento é que ocorre o 3º ruído cardíaco. O fluxo do átrio para o ventrículo é bastante reduzido, chegando a quase parar.
  4. Sístole atrial. Ocorre a contração atrial. As valvulas AV se abrem, momento em que ocorre a onda A da valvula mitral ao ECO unidimensional e o 4º ruído cardíaco. A sístole atrial pode representar até 20% do volume diastólico final do ventrículo, sendo de grande importância para a manutenção do débito cardíaco nos pacientes que possuam algum tipo de restrição funcional do VE.

Referências

  1. Aires, Margarida de Mello, Vários Fisiologistas - Fisiologia 3a. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008
Referências biliográficas
  1. Lionel H. Opie - Mechanisms of Cardiac Contraction and Relaxation IN Branwauld, Zippes , Libby - Heart Disease, A textbook of cardiovascular medicine - 6th Ed - HIE/SAUNDERS 2001- Cap 14 pag 462~465
  2. Paulo Lavitola - Ciclo Cardíaco IN Manual de Cardiologia SOCESP - Atheneu 2001.
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