O cara além de ser um grande condutor elétrico e isso se deve em parte a sua hipertermia natural e a sua pele com displasia ectodérimica.
DISPLASIAS
O termo displasia é empregado para designar o processo e
as consequências de um distúrbio da histogênese, ou seja, refere-se
fundamentalmente a um defeito da organização tissular. Do ponto de
vista clínico, considera-se a existência de dois tipos básicos de
displasias: as puras ou sensu stricto e as síndromes ou sensu lato. Nas
displasias puras os sinais observados nos afetados são atribuíveis
apenas às alterações tissulares, ou seja, são sinais exclusivamente
displásicos. Nas síndromes, além dos sinais displásicos, ocorrem
malformações, constituindo uma associação entre distúrbios da
histogênese e da organogênese.
DISPLASIAS ECTODÉRMICAS
Displasias Ectodérmicas (DEs) são distúrbios do
desenvolvimento dos tecidos derivados da ectoderme que se caracterizam
por alterações na epiderme e suas estruturas acessórias. Essas
alterações se manifestam principalmente nos cabelos/pelos, dentes,
unhas e glândulas, especialmente as sudoríparas e sebáceas. As DEs
constituem um grande e complexo grupo nosológico, são raras e com
etiologia genética, sendo na sua maioria de herança monogênica (ex.:
síndrome de Christ-Siemens-Touraine, de herança recessiva ligada ao X;
síndrome de Papillon-Lefèvre, de herança autossômica recessiva) e dentre
elas há casos de suposta heterogeneidade de loco (ex.: síndrome de
Coffin-Siris; síndrome de Hallerman-Streiff). Dentro do grupo das DEs
há ainda afecções de causa desconhecida (ex.: síndrome de Carey) e
várias outras cujo mecanismo de herança é duvidoso (ex.: síndrome de
Gorlin-Chaudhry-Moss, possivelmente herdada de modo autossômico
recessivo).
Do ponto de vista fenotípico, há uma variabilidade muito grande
de sinais clínicos. Além de alterações em estruturas de origem
ectodérmica, os pacientes podem apresentar, por exemplo, fissuras
lábio-palatinas (como nas síndromes de Rapp-Hodgkin e da
ectrodactilia-displasia ectodérmica-fissura lábio palatina ou EEC),
alterações em membros (como na síndrome odontotricomélica hipoidrótica) e
retardo mental (por exemplo, síndrome de Schinzel-Giedion). Dentre as
DEs existem síndromes muito estudadas com relação aos aspectos clínicos
e, portanto, com espectro fenotípico bem definido, bem como síndromes
mal delineadas e pouco estudadas.
HISTÓRICO
As primeiras observações referentes a pessoas portadoras
de DEs datam de 1792, quando o pesquisador Danz publicou um relato de
uma displasia de ocorrência familial. Um trabalho mais abrangente foi
feito por Thurnam em 1848. Este autor descreveu minuciosamente uma
família com afetados pela síndrome de Christ-Siemens-Touraine (CST), de
herança recessiva ligada ao X, inclusive com a primeira referência à
manifestação de sinais clínicos em mulher heterozigota. Essa síndrome é
a DE mais comum e investigada amplamente, tanto do ponto de vista
genético-clínico quanto ao nível molecular.
Darwin (1875) em seu livro "The variations of animals and plants
under domestication" fez referência a um estudo realizado por
Wedderburn em 1838, sobre uma família de origem indiana, na qual em 4
gerações havia indivíduos do sexo masculino com hipotricose, anomalias
dentárias e hipoidrose. Essa família foi reestudada por Thadani em
1921, e o quadro clínico presente nos afetados, bem como o modo de
transmissão, permitem afirmar que se trata da síndrome de CST.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMeu filho de 6 anos é portador de Displasia Ectodérmica Anidrótica. Qdo descobri achei algo extremamente terrível por desconhecer essa síndrome, mas aos poucos estou conhecendo melhor. Mas no meu ponto de vista deveriam falar mais sobre essa síndrome que é raramente conhecida. Obrigada pela oportunidade
ResponderExcluiré um prazer trazer essas curiosa anomalia!!!
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