Características
Embora haja inúmeras diferenças
entre os marsupiais e os placentários quanto à sua biologia reprodutiva,
há algumas distinções na sua anatomia.
A caixa craniana é pequena e estreita.
Abrigando um cérebro relativamente pequeno e simples se comparado aos de
mamíferos placentários de tamanho parecido.
O palato tem aberturas em sua superfície
óssea.
A abertura do canal lacrimal é ligeiramente anterior à
órbita.
Usualmente não possuem a bula auditiva, ou podem possuí-la
de forma rudimentar.
O esqueleto pós-craniano dos marsupiais
pode ser distinguido por meio dos ossos epipúbicos, os quais são
projetados para frente a partir do púbis. Acreditava-se, que os ossos epipúbicos,
eram uma característica única para a sustentação da
bolsa (marsúpio); mas sabe-se atualmente que eles são um traço
primitivo dos mamíferos.
Os marsupiais atualmente são encontrados
no continente americano e na região australiana. Entre as Américas,
a América do Sul concentra o maior número de espécies, muitas
podem também ser vistas na América Central, mas apenas uma espécie
ocorre na América do Norte, o gambá-da-Virgínia (Didelphis
virginianus). Na região australiana, a maioria das espécies reside
na Austrália e Nova Guiné, mas algumas são encontradas nas
ilhas Molucas, Sulawesi e ilhas adjacentes.
Os marsupiais estão presentes nos mais
variados tipos de habitats, das florestas tropicais úmidas da América
do Sul aos desertos australianos.
Os marsupiais exibem vasta
formação de comportamentos em conseqüências de sua evolução
para preencher a variedade de nichos ecológicos presentes nos continentes
americano e australiano. Sendo assim, uma generalização de seus
hábitos se torna difícil. Marsupiais podem ser arbóreos,
terrestres, fossoriais e ao menos algumas espécies são semi-aquáticas.
Quanto aos padrões de locomoção, podem incluir: andar, escalar,
cavar, correr ou nadar.
Os marsupiais não
desenvolveram o processo do vôo, entretanto, uma espécie é
planadora. Quanto ao padrão de atividades, também existe variedade,
podendo ser diurnos, noturnos ou crepusculares. Algumas espécies hibernam,
mas muitas permanecem ativas o ano inteiro. Alguns são sociais, enquanto
outros são solitários.
Os hábitos alimentares são também sortidos, podendo ser herbívoros, carnívoros, insetívoros, onívoros e nectarívoros. |
Reprodução
Marsupiais e placentários diferem fortemente
em sua anatomia e padrões reprodutivos. Nas fêmeas, o trato reprodutivo
é completamente duplo. Ele consiste de duas vaginas laterais que se unem
cranialmente, e a partir deste ponto, os dois úteros separados divergem.
As vaginas laterais são apenas para a passagem do esperma. O nascimento
dos filhotes se dá por meio de uma estrutura na linha mediana, a vagina
mediana ou o canal pseudovaginal, o qual se desenvolve no primeiro parto. Nos
machos, o pênis é bifurcado. O escroto, ao contrário dos eutérios,
localiza-se a frente do pênis.
Em muitos marsupiais, as fêmeas desenvolvem
uma bolsa abdominal, o marsúpio, onde os mamilos estão implantados,
tendo também uma função de proteção dos neonatos.
O marsúpio não está presente em alguns dasiurídeos
(camundongo marsupial) e em alguns didelfídeos (gambás do gênero
Didelphis).
Os marsupiais nascem no estágio inicial
de seu desenvolvimento, por isso as mães carregam os filhotes em seu próprio
corpo.
O período de gestação é
muito curto, de 8 a 43 dias dependendo da espécie. Os marsupiais não
mantêm o corpo lúteo, e o período gestacional é sempre
menor ou igual à duração do ciclo estral, sendo então,
os filhotes, ejetados ao final do ciclo éstrico na maioria das espécies.
A duração da gestação, nos marsupiais, é relativamente
independente do tamanho corpóreo.
O desenvolvimento durante a gestação
dos marsupiais é muito diferente do apresentado pelos monotremados e pelos
placentários. Os neonatos marsupiais apresentam membros torácicos
bem desenvolvidos, seus pulmões são relativamente grandes ao nascimento
e diversos aspectos de seu desenvolvimento craniano também são acelerados.
O desenvolvimento das mandíbulas, do palato secundário, dos músculos
faciais e da língua é avançado (enquanto o do sistema nervoso
central é retardado), de forma que um neonato marsupial possa se prender
a um mamilo e iniciar a amamentação.
Quando os filhotes nascem, eles devem deixar
a vagina para se prender a um mamilo, completando assim seu desenvolvimento. O
principal modo observado nos macropodídeos (cangurus) é aquele no
qual o neonato escala o corpo da mãe até a bolsa. A mãe adota
uma postura sentada distinta e lambe o caminho da vagina até a bolsa, mas
não ajuda o filhote de nenhuma outra maneira em sua jornada. Alguns dasiurídeos
e didelfídeos apresentam filhotes mais altriciais que os cangurus. Estes
neonatos são ejetados diretamente para as bolsas (ou então para
as áreas mamárias de espécies sem bolsa) no nascimento. Os
filhotes recém-nascidos destas espécies são passivos, diferentemente
dos cangurus.
A maior parte do desenvolvimento do filhote se
dá no marsúpio, sendo assim, o período de lactação
excede amplamente o período de gestação. A lactação
também continua, por algum tempo, mesmo que o filhote já tenha se
desenvolvido o suficiente para se desprender do mamilo da mãe. E nesse
momento que tipicamente observamos os filhotes entrando e saindo de suas bolsas.
E pode durar até um ano, ou mais em algumas espécies (como no gênero
Macropus).
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Assim, a fêmea marsupial investe pouca
energia e recursos durante a gestação, mas a lactação
requer investimento substancial. A composição do leite tem variações
marcantes nos marsupiais. O primeiro leite é diluído e rico em proteínas,
enquanto o leite posterior é mais concentrado e rico em gorduras. A lactação
concomitante sem sincronia foi observada em alguns cangurus (como o canguru-vermelho,
Macropus rufus); ou seja, um filhote imaturo preso a um dos mamilos enquanto um
filhote mais maduro bebe em outro mamilo, e a mãe produz tipos distintos
de leite em cada um dos mamilos. A composição do leite é,
provavelmente, determinada pelo tempo que cada mamilo o produz.
Os padrões reprodutivos também
variam consideravelmente entre os marsupiais. Muitas espécies são
solitárias, encontrando-se somente na época reprodutiva. A poligamia
também pode ser observada em alguns grupos, onde machos disputam o acesso
a várias fêmeas, como nos coalas, ou então em estruturas hierárquicas
com um macho dominante em animais com vida social, como por exemplo o Macropus
parryi. A monogamia também está presente, como no Petauroides volans,
que vivem em grupos familiares que consistem no casal e suas crias.
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Entre as maiores espécies, o macho atinge
a altura de 1,5 m, e a fêmea é de menor estatura. Todos os membros
desse grupo distinguem-se pela presença na fêmea de uma bolsa marsupial
aberta na frente, com quatro tetas no interior, das quais duas dão leite
continuamente.
Os cangurus tem
as orelhas grandes e móveis, as patas posteriores longas e robustas e as
extremidades anteriores curtas. A cauda é grande e musculosa e o animal
costuma usá-la como apoio quando caminha ou está sentado ou, ainda,
como instrumento de equilíbrio quando salta.
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Os coalas vivem em
média 14 anos. Vivem em eucaliptos de onde tiram seu alimento. Passam em
média 14 horas por dia dormindo e descansando, e o restante em busca de
alimento. Sua bolsa marsupial situa-se nas costas. O filhote fica lá até
crescer, continuando agarrado às costas da mãe até tornar-se
adulto.
É um animal herbívoro que se
alimenta principalmente de folhas de eucaliptos. Existem centenas de espécies
de eucalipto, porém o coala se alimenta somente de 20 dessas espécies.
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O Diabo-da-Tasmânia
é um animal de aparência robusta, com pelagem castanha exceto na
zona do peito onde tem uma mancha branca.
A cabeça é relativamente grande,
com orelhas arredondadas e nariz afilado. Os músculos das mandíbulas
são bastante poderosos e, juntamente com os dentes molares especialmente
adaptados, permitem ao diabo esmagar ossos.
O tamanho destes animais varia bastante consoante
o habitat e dieta, mas os maiores atingem 80 cm de comprimento e 12 kg de peso.
As fêmeas são normalmente maiores que os machos.
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O Tigre da Tasmânia é um marsupial
carnívoro que era considerado extinto a mais de 67 anos. Tinha o tamanho
de um cachorro grande, com listras na parte de traz do corpo.
O que caracterizava esse diferente animal, era
a bolsa que a fêmea possuia, como os marsupiais (cangurus,
gambás, etc)
Também conhecido como Lobo da Tasmânia,
este marsupial carnívoro espalhou-se pela Tasmânia quando a ilha
foi colonizada, no fim do século XIX. Sua ruína foi o apetite insaciável.
Ele matou tantas aves domésticas e tantos
carneiros que os colonos passaram a caçá-lo sem piedade. Por volta
de 1914, mais de 2 000 lobos da tasmânia tinham sido massacrados, e a espécie
continuou a diminuir dentro de uma extensa área.
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Esse animal nunca se reproduziu no cativeiro.
Sua pele marrom-acinzentada tem 16 a 17 listras negras de lado a lado do dorso. Tem dentes fortes e sua mandíbula é articulada de tal forma que pode abrir a boca mais amplamente que a maior parte dos carnívoros.
Os olhos são muito sensíveis, por
isso ele evita a luz intensa e passa o dia escondido no fundo da floresta. À
noite ele caça qualquer coisa que se movimente - insetos, peixes, moluscos,
outros marsupiais. Sozinho ou em pares, persegue cangurus e ornitorrincos. Mesmo
com pouco alimento, o lobo da Tasmânia é capaz de sobreviver.
Comprimento: até 1,80 m, mais de 60 cm de cauda. A bolsa marsupial abre para trás. Dentes tipicamente carnívoros. Pêlo curto, marrom-acinzentado, com listras negras. |
Gambá
O gambá também chamado mucura (Amazônia
e Brasil meridional), sarigué, sariguê, saruê ou sarigueia
(Bahia), timbu ou cassaco (Pernambuco ao Ceará), micurê (Paraguai
e Mato Grosso) ou opossum (EUA).
O nome gambá tem origem na língua tupi-guarani - "guaambá"- que significa mama oca, uma referência a bolsa ventral (marsúpio) onde se ficam as mamas e os filhotes vivem durante o primeiro período de desenvolvimento. Uma das características principais desse animal é o odor fétido, produzido por um fluido nas glândulas axilares. Trata-se do sistema de defesa do gambá. Na fase do cio, a fêmea costuma exalar este odor para atrair os machos. Outra estratégia para escapar dos perigos é o comportamento de fingir-se de morto até que o atacante desista. Tem hábitos noturnos, mas, pode ser visto de dia também, no topo das árvores, principalmente dos coqueiros. |
"Fingir-se de morto" é uma estratégia
de defesa
um coiote faminto agarra um gambá do tamanho de um gato e dirige-se para os arbustos, com a presa flácida e aparentemente sem vida entre os dentes. Quando o coiote se acomoda, ele relaxa um instante a mordida. Imediatamente, o gambá se levanta e dispara para a árvore mais próxima, deixando o espantado coiote de boca vazia e faminto. O gambá é o único marsupial da América do Norte, e seu nome deriva da palavra indígena "apasum", que significa animal branco. Seu hábito de fingir-se de morto quando ameaçado é famoso. Com a aproximação do perigo, o gambá fica flácido, deixa a cabeça cair e abre a boca com a língua de fora. Embora pareça morto e nem sequer estremeça quando gravemente mordido, o cérebro do gambá permanece em plena atividade, pronto para identificar uma chance de fuga. Como o animal alcança esse aparente bloqueio total dos sentidos é um mistério eterno para os zoólogos. Certamente, esta frieza sob pressão é impressionante e convincente, mas fingir-se de morto, como é conhecido esse comportamento, é uma estratégia arriscada. |
Alguns gambás parecem mais macacos do
que qualquer outro bicho. Este gambá lanudo vive nas florestas tropicais
da América Central e do Norte da América do Sul. Como os macacos,
possui olhos grandes e frontais que ajudam a determinar distâncias com precisão
enquanto se movimenta pelos galhos. Tem cauda preênsil (para se segurar)
como alguns macacos sul-americanos e alimenta-se de frutos e néctar. Após
o nascimento, os bebês ficam presos às tetas dentro da bolsa. Crescidinhos,
já saem da bolsa e trepam nas costas da mãe para um pequeno passeio.
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Gato-marsupial ou gato-tigre
Cientistas australianos anunciaram, em 14/04/2010,
ter conseguido ensinar os marsupiais, ameaçados de extinção,
a evitar a ingestão dos venenosos sapos-cururu,
uma medida que, acreditam, ajudará outras espécies ameaçadas
a sobreviver.
Estudiosos da Universidade de Sydney revelaram
ter conseguido treinar o gato-marsupial (Dasyurus hallucatus) a suprimir seus
instintos e se recusar a comer os anfíbios
invasores, que viraram praga em várias partes do país.
A ingestão desta espécie de sapo
é fatal para os marsupiais. Mas os cientistas conseguiram condicioná-los
a evitar se alimentarem destes animais na natureza, disponibilizando para eles
sapos pequenos salpicados com um produto químico
enjoativo.
A Austrália sofre com a praga de milhões
de sapos-cururu, dotados de uma bolsa de veneno
em suas cabeças, tóxicas o suficiente para matar cobras e crocodilos,
e foram introduzidos nos anos 1930 para controlar a população de
besouros.
"Ocorreu-me que se nós pudéssemos
ensinar os gatos-marsupiais a associar o mal-estar aos sapos-cururu,
poderíamos encontrar uma forma de preservá-los", disse o cientista
Jonathan Webb.
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Animais de pequeno porte, cujo aspecto
lembra o de um rato.
Os filhotes do rato-marsupial penduram-se
nas tetas da mãe quando ela sai à noite em busca de insetos e outras
pequenas criaturas.
A fêmea do rato-marsupial marron,
ou rato-marsupial do pé largo da Austrália, tem uma dobra solta
de pele em torno do baixo ventre, que auxilia-a na proteção de suas
ninhadas, cujo total pode chegar até doze filhotes. Durante cerca de um
mês, ela se movimenta carregando os filhotes recém-nascidos pendurados
nas suas tetas.
Os ratos-cangurus que habitam os desertos do sudoeste dos Estados Unidos vivem sem beber absolutamente nada, a única água que obtêm vem das sementes que comem. Os ratos-cangurus têm uma incrível capacidade de conservar os fluidos. Eles não têm glândulas sudoríparas e diminuem ao máximo a perda de água exalando o ar através das cavidades nasais e absorvendo a umidade condensada. Seus excrementos são secos, e a pequena quantidade de urina é tão concentrada que contém duas vezes mais sal que a água do mar. Eles também economizam água dormindo durante o dia em tocas frias e úmidas, saindo para caçar somente à noite. |
Marsupial voador
A arte de voar permite que certos mamíferos
aumentem suas áreas de alimentação e evitem caçadores
no solo.
Os voadores marsupiais voam de árvore em árvore para se alimentarem de frutas, folhas e insetos. Usando seu rabo como leme, pode voar até 90m de uma vez. Os maiores tendem a cair abruptamente, sem controle, devido ao seu peso; mas as espécies menores conseguem manobrar para evitar obstáculos. No final do "voo", o animal chega num tronco de árvore, fazendo barulho ao aterrissar. Fotografias em câmara lenta revelam que a aterrissagem é bem pouco sofisticada; na verdade, o voador bate com força na árvore. Mas para não ser ricocheteado pelo impacto, agarra-se com as grandes garras que tem no quarto e quinto dedos.
Embora muitas vezes confundido com esquilos voadores
devido ao seu design biológico similar, voando phalangers são realmente
marsupiais que evoluíram suas membranas peludas independentemente de esquilos.
Algumas espécies, como o planador do açúcar, se tornaram populares animais de estimação exóticos.
Como a maioria dos marsupiais do mundo, voadores
phalangers só podem ser encontrada na Austrália e Nova Guiné,
onde a maioria deles também estão ameaçadas de extinção.
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Na foto ao lado o simpático Cuscus.
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Para algumas mães, o jeito mais simples de cuidar de seus filhotes indefesos é pegá-los no colo e carregá-los. |
Gambá d'água
O gambá d'água comedor de peixe,
ou yapok, é o único marsupial bem adaptado para a vida
na água. Ele tem uma pelagem espessa e oleosa, à prova d'água,
membranas natatórias nas patas traseiras, e a fêmea pode carregar
até dez bebés.
Ao submergir, ela fecha com fortes músculos do esfíncter a abertura da bolsa, prendendo o ar para os filhotes respirarem. A pelagem na borda da bolsa e a secreção gordurosa lhes propiciam um fechamento estanque.
Oyapok é listrado, com pêlo semelhante
ao do rato e a cauda pelada. As fêmeas nadam com os bebês na bolsa
marsupial e alimentam-se de peixes.
Fonte: http://www.ninha.bio.br/biologia/marsupiais.html
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férias: o destino preferido costuma ser alguma das diversas praias do país.
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