É uma ereção persistente (mais de 4 horas),
freqüentemente
dolorosa, desencadeada ou não pela atividade sexual. O
nome
priapismo vem da mitologia grega na qual Príapo, filho
de Afrodite, era conhecido pelo seu falo longo e ereto. É
uma emergência urológica!
A sua ocorrencia é baixa: 1,5 casos por 100000
habitantes por ano. Em homens acima dos 40 anos, a
incidência aumenta para 2,9 por 100000 habitantes por ano.
Como se desenvolve?
O priapismo pode ocorrer em qualquer idade. Na
adolescência está muitas vezes associado à doenças do
sangue, como a leucemia e anemia falciforme. Nas demais
idades, geralmente é idiopática (sem causa específica).
Nos idosos pode estar associada a neoplasias. Vários
fatores estão relacionados como possíveis causadores
de
priapismo: abuso de álcool ou drogas, traumas genitais,
doenças inflamatórias. A causa idiopática
(desconhecida) é
a mais freqüente. A utilização de drogas injetadas
diretamente no pênis (no corpo cavernoso) a fim de
provocar ereções tem aumentado a freqüência de
priapismos.
Dentre essas drogas, a que causa mais priapismo é a
papaverina.
O que se sente?
O paciente queixa-se de uma ereção que não regride e
é
acompanhada geralmente de dor.
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico é simples baseado na história do
paciente.
Ao exame físico, nota-se uma ereção do pênis sem a
participação da glande ("cabeça" do pênis) e dos
corpos
esponjosos (tecido que envolve a uretra). Logo, se trata
de uma ereção dos corpos cavernosos exclusivamente.
Como se trata?
Existem dois tipos de priapismo. O priapismo de baixo
fluxo (venoclusivo), mais frequente. Está associado à
diminuição do retorno venoso. É doloroso devido à
má oxigenação do pênis.
O outro tipo é o de alto fluxo (arterial), menos
frequente. É indolor e geralmente causado por trauma
peniano.
Através da análise do sangue coletado do pênis
diretamente
(gasometria dos corpos cavernosos) tem-se uma diretriz
para o tratamento, que pode se constituir em:
aspiração do corpo cavernoso (drenagem) | |
aspiração do corpo cavernoso com injeção de drogas vasoativas (vasoconstritores) | |
aspiração e lavagem do corpo cavernoso | |
tratamento cirúrgico (a fim de criar comunicações entre o corpo cavernoso e corpo esponjoso) |
Nos casos em que não há resolução do priapismo ou
que este
permaneceu várias horas sem tratamento, ocorre a fibrose
dos corpos cavernosos com comprometimento futuro das
ereções. A única solução é a prótese
peniana.
Como se previne?
Como na maioria das situações o priapismo é
idiopático,
fica difícil a prevenção. Os pacientes que usam
drogas
intracavernosas para promover a ereção devem ser
alertados
para o risco de priapismo. Se a ereção perdurar por
mais
de 2-3 horas após a aplicação da droga, um serviço
de
emergência ou um urologista deve ser procurado. Nos
casos
em que o priapismo é ocasionado por drogas via oral,
estas
deverão ser evitadas. Para pacientes com doenças
sanguíneas, a hidratação, oxigenação,
alcalinização,
transfusões e outras alternativas mais específicas
são
necessárias.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
O que causa essa doença?
É transmissível?
Pode causar câncer?
Pode causar impotência?
Posso ter relações sexuais?
Fonte: ABC da saúde
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