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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Tipos de Cálculos


Cálculos



Formação de cristais (areias ou pedras) nas cavidades do corpo que atuam como reservatório de líquidos. Geralmente o cristal surge a partir de um pequeno coágulo, algum pedaço de muco ou até mesmo algum corpo estranho que consegue penetrar no reservatório. Esse núcleo sólido é então envolvido pelos minerais presentes nos líquidos orgânicos, formando os cálculos.

Existem dois tipos:

Cálculo renal: Uma desordem causada por uma estrutura cristalina que se forma nas várias partes do trato urinário. São depósitos organizados de sais minerais nos rins ou em qualquer parte do aparelho urinário. Cálculos renais constituídos por cálcio são os mais comuns. Alguns outros minerais normalmente encontrados são: estruvita, oxalato, ácido úrico. Comumente as pedras podem ser formadas por uma mistura destes elementos. Quando houver um excesso destes minerais no organismo, há uma tendência para que eles se depositem na urina. Em geral, o acúmulo de minerais que acabam se cristalizando ocorre devido a uma disfunção metabólica no organismo.


Cálculo biliar: Cálculos biliares são pequenas pedras que se formam na vesícula biliar, órgão localizado no lobo inferior direito do fígado onde a bile se concentra e de onde é lançada sob a influência de um hormônio intestinal. A bile produzida no fígado consiste na mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, responsável por cerca de 75% dos casos de formação de cálculos. Alguns deles se alojam na vesícula biliar e não causam sintomas. Outros ficam presos no duto biliar e bloqueiam o fluxo da bile para o intestino.

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Pneumoconiose


Pneumoconioses são grupos de doenças pulmonares causadas por aspiração de poluentes como carvão,amianto,sílica (grãos de areia minúsculos) e outros.

O pigmento exógeno mais comum é o carbono ou a poeira do carvão. Ao ser inalado ele é capturado pelos macrófagos dos alvéolos e é transportado através dos vasos linfáticos para os linfonodos regionais da região traqueobrônquica. O acúmulo desse pigmento escurece o tecido pulmonar e os linfonodos envolvidos.

A pneumoconiose dos mineiros de carvão ocorre em duas formas: simples e complicada (fibrose grave massiva). A inalação do pó de carvão provoca essa doença. A forma simples geralmente não é incapacitante, ao contrário da forma complicada. O risco de desenvolver a doença está relacionado à duração e à extensão da exposição ao pó de carvão. A maioria dos trabalhadores afetados tem acima de 50 anos de idade.

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O que é Icterícia?

Icterícia


Icterícia é um estado no qual a pele se encontra amarelada devido a uma grande quantidade de pigmentos biliares no sangue. A parte branca dos olhos da pessoa com icterícia também fica amarelada.
Em condições normais, é comum haver pigmentos biliares no sangue, porém, não em quantidade excessiva como ocorre na icterícia. Tais pigmentos (resultantes da destruição da hemoglobina), são filtrados pelo fígado e excretados através das fezes.
Bilirrubina é é o produto da lise do anel pirrólico, sem a presença de ferro. Conjugada ao ácido glucurônico pelo hepatócito, a bilirrubina torna-se mais difusível, não se concentrando nas células que fagocitam hemácias, o que provoca um aumento generalizado desse pigmento, denominado de icterícia. Tem sua origem nos casos de lise hemática, de doença hepatocítica ou de obstrução das vias biliares. Acredita-se, hoje, que a bilirrubina seja originada da hematoidina, pigmento que se cristaliza próximo às hemácias rompidas.

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Sinais cardinais da inflamação


TUMOR: edema inflamatório, vasodilatação.


RUBOR: vasodilatação, chegando mais glóbulos vermelhos ao local.


CALOR: circulação do sangue com a temperatura interna do corpo. Também causado porque a área tem maior metabolismo gerando mais calor.


DOR: compressão e lesão de fribras nervosas, aumento da sensibilidade dos nociceptores e presença de bradicinina, que diminui o limiar da dor.


PERDA DA FUNÇÃO: edema, dor.

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O que é Queloide?


Queloides são o resultado de uma alteração determinada por fatores genéticos no processo normal de cicatrização causando o aparecimento de cicatrizes anômalas.
O resultado final de uma cirurgia e a qualidade estética de uma cicatriz dependem de diversos aspectos relacionados ao ato cirúrgico e ao paciente. Problemas relacionados a cicatrização normal podem provocar o surgimento de cicatrizes alargadas e muito inestéticas, ou mesmo provocar a perda da cirurgia.
Para que uma cicatrização adequada ocorra é preciso que o mecanismo responsável pela sua realização esteja em perfeito funcionamento. Distúrbios genéticos, Hereditários, podem causar alteração no mecanismo normal de cicatrização e com isto cicatrizes anômalas podem surgir.
A cicatriz tem por finalidade reparar um dano causado em nosso corpo preenchendo o espaço, o buraco, resultante da morte das células do tecido traumatizado de maneira a fechar este espaço e manter a integridade interna de nosso corpo.
Nosso organismo possui mecanismos que detectam quando a cicatriz produzida conseguiu reparar o dano causado e com isto o processo de cicatrização é parado e não há mais a produção de cicatriz.
Um queloide é um caso especial de cicatriz. São lesões fibroelásticas, avermelhadas, escuras, rosadas e as vezes brilhantes, com formato de corcova. Podem ocorrer na cicatrização de qualquer lesão da pele e até mesmo espontaneamente. Geralmente crescem, e apesar de inofensivas, não contagiosas e indolores, as lesões podem se tornar um problema estético importante.
Queloides são formados dentro dos tecidos. O colágeno, que é usado no tratamento de feridas tende a deixar a área da cicatriz muito maior, muitas vezes produzindo uma protuberância maior do que a cicatriz original.

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Choque





O choque ou colapso cardiovascular é a via final comum a um número de eventos clínicos potencialmente letais. O choque dá origem a hipoperfusão sistêmica causada pela redução no débito cardíaco ou no volume sanguíneo circulante efetivo. Os resultados finais são hipotensão, seguida por perfusão tecidual deficiente e hipóxia celular.

Os tipos de choque são:

  • Anafilático: Causado por uma alergia grave.
  • Hemorrágico: Causado por grande perda de sangue.
  • Neurogênico: Causado por alguma lesão na medula espinhal.
  • Psicogênico: Causado por algum fator psicológico, stress, medo, ansiedade…
  • Cardiogênico: Causado por alguma situação que leve ao mal funcionamento do coração.
  • Metabólico: Causado por grande perda de líquidos no corpo, diarreia, vômitos, insulina…
  • Séptico: Causado pela invasão ao corpo por muitos micro-organismos como vírus e bactérias.
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03 de Setembro - Dia do Biólogo

Obrigadooooooooooo....









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Pré-veja o Enem: Ebola - Como o Enem poderá cobrar esse assunto


Enem: saiba como o vírus ebola pode ser cobrado na prova


A febre hemorrágica ebola tornou-se uma epidemia que ameaça a saúde dos países do oeste da África. Mas o que você sabe sobre este assunto? Para explicar os fatores envolvidos quando ocorre a disseminação de uma doença, o apresentador do quadro Pode Cair no Enem, Marco Aurélio Carvalho, conversou com Nina Basílio, coordenadora de conteúdo do site Mande Bem no Enem. "A chance do tema epidemia cair na prova é grande por reunir os aspectos relevância, ordem social, ciência, cultura e política. Inicialmente, o vírus ebola parece se relacionar apenas à questão da saúde, mas é tão complexo que envolve também fatores demográficos, sociais e econômicos'', opina a especialista.

Classificação
Os estudantes devem prestar atenção na categorização das enfermidades em endemia, epidemia e pandemia. O que caracteriza e diferencia os termos é sua propagação e a extensão do espaço atingido: a endemia é local, restrita a uma região específica, a epidemia pode se espalhar rapidamente por outros países, enquanto a pandemia chega a outros continentes. ''No caso do ebola, as chances de se tornar uma pandemia são remotas devido à maneira de contágio através de fluidos corporais e pelo cuidado que tem havido'', acredita Nina.

História
No passado, outras doenças já dizimaram populações inteiras. A Peste Negra, causada por uma bactéria transmitida por pulgas e ratos, matou milhares de pessoas durante a Idade Média e alcançou o nível de pandemia. No século XX, o surgimento do vírus HIV criou um estado de pânico devido às escassas informações sobre a patologia e por sua grande taxa de mortalidade. A aids é a segunda doença infecciosa que mais fez vítimas no mundo, ficando atrás apenas da tuberculose.

Ouça a entrevista completa no player abaixo:
00:00

Para ficar por dentro dos tópicos importantes para sua prova, acompanhe o quadro Pode cair no Enem todas as segundas-feiras, às 9h10, durante o programa Todas as Vozes da Rádio MEC AM do Rio de Janeiro.

Colaborou: Maianna Souza

Fonte: EBC
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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

EBOLA: a humanidade está em perigo? [Por Nélio Bizzo]

Material de Nélio Bizzo - Link

EBOLA: a humanidade está em perigo?
Há um surto de uma virose em alguns países da África Ocidental que merece toda a atenção da comunidade internacional. Todos já devem ter ouvido falar do vírus Ebola, tecnicamente Zaire ebolavirus, uma partícula viral (tecnicamente “vírion”) comporto por uma molécula de RNA muito particular, pois sua geometria molecular é inversa ao sentido usual, inserida em um envelope filiforme característico, de onde resulta o nome do grupo dos filovírus. O aspecto realmente assustador desse surto é a rapidez com a qual a virose evolui nos pacientes contaminados, e sua alta letalidade. A virose pode matar de 90 a 100% dos infectados. Médicos e enfermeiros que atendem os doentes nos locais do surto devem medir sua temperatura duas vezes ao dia. Ao menor sinal de febre, são colocados em isolamento.
O QUE É O EBOLA
O vírus Ebola (EBOV) provoca uma das mais letais infecções transmissíveis, responsável por altas médias de fatalidade e substancial morbidade, em surtos esporádicos. À medida em que os seres humanos invadem o interior de regiões endêmicas, na África Central e Ocidental, próximas da floresta tropical, o risco de se contaminar com o vírus aumenta, pois há animais, como os grandes morcegos frugívoros da família Pteropodidae, que são considerados reservatórios naturais da doença. Embora não sejam hematófagos, e não apresentem sintomas, eles podem eventualmente compartilhar alimento, água etc e contaminar com sua saliva recipientes compartilhados por animais domésticos e mesmo frutas que venham a ser consumidas.
A transmissão pelo ar ainda não foi totalmente descartada, além da reconhecida transmissão por contato direto com os líquidos do corpo entre pessoas. Homens que conseguiram sobreviver continuaram a transmitir o vírus pelo sêmen por sete semanas depois de recuperados. Tudo somado, o perigo de uma epidemia de grandes proporções aumenta, dado que não existe tratamento nem prevenção, seja na forma de remédios ou vacinas.
Neste ano, até o presente momento (agosto de 2014) foram confirmados 2127 casos da doença, com 1145 mortes, em Serra Leoa, Guine, Liberia e Nigeria. No entanto, diante da precariedade dos registros sanitários daquela região, é muito possível que esses números sejam muito subestimados. Pouco se sabe sobre a doença, mas por aquilo que se conseguiu esclarecer desde 1976, quando da primeira aparição do vírus no Zaire (hoje República Democrática do Congo), nas proximidades do Rio Ebola, sabe-se que a contaminação ocorre no contato com líquidos corporais com alguma escoriação da pele ou com superfícies úmidas, como olhos, mucosa do nariz, boca, etc. Animais domésticos, como porcos, também podem ser transmissores, em especial em regiões onde há morcegos da família Pteropodidae, o que cobre uma larga área. O hábito de abater macacos para alimento, e o consequente contato com seu sangue, parece ter sido decisivo para o início da transmissão para humanos.
O vírus inativa a linha de frente do sistema imune que está presente no tecido epitelial. Existem células dendríticas em meio às células da epiderme que têm função de detectar corpos estranhos e disparar sinais de ativação de linfócitos T, que normalmente são muito efetivos contra microrganismos invasores, inclusive na ativação de anticorpos. Sem essa linha de defesa, o vírus se replica rapidamente, mesmo se não penetre nos linfócitos. Assim, partículas virais são silenciosamente produzidas a partir dessa parte do tecido epitelial, que não é vascularizada, mas, aumentando muito em número, logo ganham a corrente sanguínea. A incubação da doença pode durar de dois a 21 dias, quando então aparecem sintomas como febre, intensa fraqueza, dor de cabeça e dor de garganta. Esses sintomas iniciais são agravados com a progressão da doença, que leva ainda ao comprometimento das funções hepática e renal. As pessoas podem contaminar outras apenas quando o vírus aparece em seu sangue ou secreções, o que pode demorar até 61 dias após o início dos sintomas.
Ao atingir outras regiões do corpo, as partículas virais se deparam com grandes células chamadas macrófagos, que normalmente se deslocam com movimento ameboide por entre as células do tecido conjuntivo frouxo. Essas células são devoradoras de partículas estranhas, e, assim, englobam as partículas virais filiformes, mas com uma reação adversa. A maquinaria viral no interior do macrófago ativa a produção desenfreada de proteínas que desencadeiam a coagulação sanguínea, formando coágulos (“trombos”) que bloqueiam a circulação em vasos pequenos, além de produzirem substâncias que danificam o epitélio de revestimento dos vasos sanguíneos. Isso provoca hemorragias, com sangramento pelo nariz, olhos, vagina etc. Embora essa seja uma reação comum, nem todos os pacientes apresentam esse tipo de hemorragia.
As partículas virais, que aumentam rapidamente em número, atacam outros órgãos e diversos tipos de tecidos, em especial no fígado, comprometendo a produção de elementos celulares relacionados com a coagulação sanguínea, e nas glândulas adrenais, que deixam de produzir hormônios relacionados com o controle da pressão sanguínea. No trato gastrointestinal, a destruição de células leva à perda rápida de líquidos, com forte diarreia que pode rapidamente levar à desidratação.
TRATAMENTO E COBAIAS
Os doentes são tratados com cuidados paliativos, contornando os problemas com reposição de líquido e eletrólitos. Como as partículas virais estão nos líquidos perdidos, a saliva, o suor e o sangue podem contaminar outras pessoas, inclusive por contato direto simples. Isso explica duas razões para temer dessa doença: sua potencialidade de disseminação é muito grande e o tratamento dos doentes requer uma infraestrutura especializada, que normalmente não existe nos países que estão sofrendo o surto. A terceira razão é, contudo, a mais evidente: a mortalidade é muito alta.
A alta mortalidade da virose fez eclodir um debate mundial sobre a ética na clínica médica, pois diante da situação emergencial é necessário tentar utilizar remédios e técnicas que ainda estão em teste, fazendo dos doentes verdadeiras cobaias humanas. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reuniu um bom número de especialistas e definiu alguns parâmetros que, se satisfeitos, permitem o uso de drogas e tratamentos ainda experimentais, mesmo se há dúvidas de que, de fato, possam trazer benefício maior do que os possíveis efeitos colaterais.
As estatinas, por exemplo, poderão ser utilizadas no tratamento dos doentes, pois têm efeito sobre os trombos (efeito antitrombótico), melhoram a função do endotélio dos vasos e outros efeitos comprovados. No entanto, podem provocar diarreia, náusea e outros efeitos adversos que poderiam agravar o quadro dos doentes, daí a dúvida que alguns especialistas levantam sobre os reais benefícios que algumas drogas podem efetivamente trazer aos doentes. No entanto, é alta a probabilidade de drogas com efeito conhecido na clínica médica sobre o estado hemodinâmico de fato trazerem benefício aos doentes.
Diversas drogas experimentais têm sido sugeridas, mas os órgãos internacionais consideram apenas a possibilidade de recomendar aquelas que já tiveram resultados positivos em humanos, ou em experimentos com primatas, em testes padronizados. Neste caso, vemos como o uso de animais é indispensável na pesquisa de drogas novas na clínica médica.
No entanto, esse conjunto de drogas e terapias são paliativas e visam prolongar a vida dos doentes; uma outra linha de atuação tem sido tentada com drogas utilizadas no tratamento de hepatite C, como um interferon sintético. O laboratório ucraniano que o produz (Pharmunion BSV Developent) já encaminhou 60.000 doses gratuitamente para os países africanos com a doença. Os pacientes que foram levados aos Estados Unidos receberam um coquetel de anticorpos, chamado Zmapp, mas não é possível ter certeza se sua sobrevivência tenha sido devida ao tratamento. Essa terapia deriva de testes com macacos Rhesus, em artigo publicado no ano passado, os quais demonstraram que um coquetel de anticorpos produzidos a partir de uma técnica especial (os anticorpos monoclonais) salvou 43% dos animais infectados, enquanto a mortalidade do grupo controle (e os registros históricos) tenha sido total.
Ironicamente, uma terapias em estudo é derivada da chamada soroterapia, testada há mais de um século, na qual se procuram pacientes que tenham sobrevivido à doença, e lhes é pedida doação de sangue. Em seu soro deve haver anticorpos específicos contra o vírus Ebola; se ele ajudar a combater o vírus, seria uma terapia muito eficiente. Com técnicas modernas seria possível produzir esses anticorpos artificialmente e ter um novo tratamento potencialmente muito efetivo.
No entanto, os cuidados da OMS se justificam, pois se forem testadas drogas experimentais na África, sem garantias mínimas de real possibilidade de benefício, ao invés de ajudar, tais iniciativas poderiam atrapalhar o combate do surto. O sentimento de que as companhias farmacêuticas multinacionais estejam se aproveitando do surto para fazer testes de campo em seres humanos poderia despertar reações adversas e perigosas, o que poderia deixar fora de controle a disseminação da doença. No momento o alerta internacional vai no sentido de impedir que a doença se espalhe por outros países. Portos e aeroportos devem isolar pessoas que apresentem febre ao chegar das regiões de ocorrência do surto. Por enquanto essa é a única forma segura de tratar o surto, sem tornar cobaias humanas as pessoas doentes de uma virose que mata mais da metade dos doentes.
QUAL A REAL DIMENSÃO DOS RISCOS?
A área na qual já foram detectados vírus Ebola ou similares cobre uma área muito extensa na África. Os morcegos tidos como reservatórios naturais são de porte avantajado e podem se deslocar por grandes distâncias. A distribuição geográfica desses morcegos é muito ampla, indo da costa ocidental da África até a Austrália. Esses fatos somados ao precário serviço sanitário e de controle de fronteiras dos países africanos torna o quadro muito preocupante.
O Brasil tem recebido fluxo migratório muito importante da região ocidental da África, que se intensificou com a Copa do Mundo. O comércio com os países dessa região, sobretudo o trânsito de containers nos portos, deve ser fiscalizado de maneira mais rigorosa. Da mesma forma, a chegada de passageiros dessas regiões deve ser acompanhada de avisos e melhor monitoramento por parte das autoridades sanitárias.
Por fim, a atuação na região onde irrompeu o surto e a solidariedade internacional são fundamentais para garantir tratamentos humanitários e evitar que haja um êxodo da região. Ações de esclarecimento sobre formas de prevenção de contágio são parte dessa estratégia junto às populações diretamente atingidas.
Fonte: Organização Mundial da Saúde, Science Magazine (special collection Ebola Virus) – agosto de 2014, e
PETTITT, J et al, Therapeutic Intervention of Ebola Virus Infection in Rhesus Macaques with the MB-003 Monoclonal Antibody Cocktail. Sci Transl Med (5): 199ra113 (2013)


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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A volta por cima do Vírus Ebola na África

Segundo a OMS, a atual epidemia de ebola é a mais grave já registrada. O vírus é muito contagioso e o índice de mortalidade pode atingir 90% dos casos.

O Ministério da Saúde informou que acompanha, por meio de dados repassados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o surto de ebola registrado na África Ocidental. Segundo o ministério, não há casos da doença confirmados no Brasil e mesmo com o grande fluxo de turistas estrangeiros em razão da Copa do Mundo, o risco de transmissão no país é considerado baixo.


Vírus ebola já matou 467 pessoas na África



“De acordo com avaliação da OMS, o risco de disseminação da doença é considerado alto nos países fronteiriços, moderado no restante do Continente Africano e baixo no restante do mundo. O ebola é transmitido pelo contato direto com sangue, secreções, órgãos e outros fluidos corporais de pessoas ou animais infectados. Por isso, a transmissão para outros continentes não é provável e a OMS não recomenda quaisquer medidas que restrinjam o comércio ou o fluxo de pessoas com os países afetados”, informou o ministério.
Dados da OMS mostram que três países enfrentam atualmente uma epidemia do ebola: Guiné, Libéria e Serra Leoa. A organização iniciou ontem (2) uma reunião de dois dias para discutir a situação na África Ocidental. O último boletim registra 759 casos e 467 mortes provocadas pela doença. Em apenas cinco dias (entre 25 e 30 de junho), foram registrados 14 óbitos.
A doença do vírus ebola, mais conhecida como febre hemorrágica do ebola, é uma condição grave, com índice de mortalidade que chega a 90% dos casos. Durante surtos, as pessoas consideradas mais suscetíveis incluem trabalhadores da saúde, parentes de pacientes e demais indivíduos que tenham tido contato com pessoas infectadas.

Editor Graça Adjuto

Fontes: EBC - EBC 2
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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Magnificação trófica, Magnificação biológica ou BIOACUMULAÇÃO

magnificação biológica, ou magnificação trófica, ou, ainda, bioacumulação  é o processo pelo qual substâncias tóxicas e não biodegradáveis (que seres vivos não conseguem metabolizar) permanecem em caráter cumulativo ao longo da cadeia alimentar.
Exemplo de bioacumulação: água contém 0,10 ppt (partes por trilhão de mercurio). Esta concentração pode chegar a 4,8 milhões ppt em um ovo de uma ave que se alimenta de peixes. Ilustração: USGS.gov
A cadeia alimentar é constituída de três principais níveis tróficos: os produtores, osconsumidores e os decompositores. Os produtores são representados pelos seres vivos autótrofos, ou seja, são capazes de produzir seu próprio alimento, como vegetais, algas e cianobactérias. Os segundos, são os que consomem os produtores (por isso são heterótrofos geralmente), e podem ser classificados em consumidores primários, que se alimentam de produtores, consumidores secundários, que se alimentam de consumidores primários e consumidores terciários, que se alimentam de consumidores de segunda ordem. Por fim, os decompositores, que consomem resíduos de vegetais e animais mortos e encerram o ciclo devolvendo nutrientes ao meio.
Nesse ciclo, os produtores podem assimilar pequenas quantidades de substâncias tóxicas dispersas no ambiente, o que pode não ser, necessariamente, tóxico para eles. No decorrer da cadeia, os produtores são consumidos por herbívoros e a quantidade de substância tóxica assimilada no início permanecerá no seu organismo, uma vez que, tal substância não pode ser metabolizada. E assim segue o ciclo: um ser vivo consome outro e os poluentes vão se acumulando na cadeia alimentar. Portanto, os seres que mais sentem os efeitos desse acúmulo são os consumidores terciários, pois ingerem muito mais poluentes do que todos os outros participantes da teia.
Dos poluentes não biodegradáveis que se acumulam ao longo da cadeia, merecemdestaque os metais pesados, como o mercúrio, o chumbo e o cádmio, elementos frequentemente presentes em processos industriais, no lixo eletrônico e garimpos irregulares (mercúrio). Também contribuem para a magnificação biológica os compostos organoclorados, como o DDT e o BHC (inseticidas), o cloreto de vinila, que são substâncias muito usadas na indústria, principalmente na produção de plásticos e insumos agrícolas, e os organofosforados, também utilizados na produção de pesticidas e são altamente tóxicos. O uso de muitas dessas substâncias como o DDT, já foi proibido por vários países, exatamente devido ao alto teor de toxidez.
Os seres humanos, por serem consumidores terciários, têm sua saúde exposta a sérios riscos, em se tratando de bioacumulação. Nos tecidos humanos, essas substâncias tóxicas podem provocar uma gama de doenças como diversos tipos de cânceres, lesões hepáticas e pulmonares, esterilidade, danos aos sistemas nervoso e muscular, doenças de pele, distúrbios renais, danos à medula óssea, e outras complicações.

IMAGENS

IMAGEM - LINK

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Referências

FONTE: INFOESCOLA
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sexta-feira, 18 de julho de 2014

Cymothoa exigua, o pequeno crustáceo que substitui a língua de seu hospedeiro!!!

Resultado de imagem para cymothoa exigua


A língua diabólica 


Nome científico - Cymothoa exigua 

Tamanho - 4 cm 

Onde vive - Atlântico Norte 

Imagine um parasita que se apossa do seu braço, o faz cair e passa a ocupar o lugar do membro - mas mantendo um lindo visual natural alienígena, com garras, olhos e boca, e várias vezes maior que o braço original. Um pesadelo digno de filmes como Resident Evil. Mas não é roteiro de ficção científica: existe aqui e agora na linda Mãe Terra. A vítima atende pelo nome de Luciano - os peixes da espécie Lutjanus guttatus, comuns na costa dos EUA. O parasita? Cymothoa exigua ou pulga-do-mar, muito prazer. Quando o peixe está nadando, essa pulga entra pelas guelras sem que ele perceba. O invasor vai até a boca do animal, onde se prende firmemente com suas garras em formato de gancho e corta os vasos sanguíneos para a língua, que fica sem circulação e atrofia. Quando isso acontece, a pulga-do-mar substitui o órgão - ela se torna a língua, passando a controlar a alimentação do peixe. A vítima leva uma vida normal, exceto pelo horror que deve ser conviver com um monstro dentro da boca. 


Cymothoa exigua_adpat_natureza_radical_mark_caverdine.jpg

Nenhum dos casos é muito agradável, muito menos para mentes eticamente bem formadas ou estômagos sensíveis.
Ainda assim, encontro-lhes pontos de contacto.


O parasita Cymothoa exigua é um crustáceo isópode que actua de maneira singular.
Explico, enquanto se torcem.
Já na boca do peixe, o C. exigua fixa-se na boca do peixe por intermédio de patas semelhantes a ganchos (pereópodes), começando por sugar o sangue dos tecidos da língua, até que esta acaba por atrofiar.
Após o repasto, que pode durar algum tempo, o parasita de até quatro centímetros, passa a alimentar-se do que o peixe ingere, substituindo-lhe a língua por completo.
tongueeater_zoom.jpgCuriosa é a semelhança de forma entre a desaparecida língua do peixe e o recém instalado. Para além de função análoga, já que o parasita desempenha a usurpação lingual com enorme competência, também o aspecto da cavidade bucal do peixe parece quase inalterada. Brusca e Gilligan avançam com a hipótese de que peixes parasitados poderão ter melhor desempenho alimentar que peixes sem língua.
Ou seja, em termos de eficiência, esta relação parasítica parece conceder alguma vantagem sobre patologia ou doenças que afectem a língua de peixes.
Pois…melhor uma língua substituta que nenhuma, parece ser a conclusão.
Quanto ao segundo caso, apenas deixo um vídeo.
Deixo aos leitores o estabelecimento de paralelismos.
A existirem.



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