"Já ouviu falar na história do amarelo que come barro.... é PICA"
Matéria do Jornal Ciência
Americana viciada em comer pedras e rochas já ingeriu mais de 1.360 kg em toda sua vida
Mulheres - e homens também - adoram comer chocolate quando estão com dificuldades pessoais e de cunho amoroso, mas não é o caso de Teresa Widener.
Esta mulher de 45 anos, moradora de Bedford, no estado americano da Virgínia, costuma andar por desfiladeiros atrás de pedras “deliciosas” para levantar seu ânimo.
Ela consome 1,36 kg por semana. Calcula-se que ela já tenha ingerido 1.360 kg de pedras durante toda sua vida!
Em um dia ruim, Widener chega a comer vários punhados de pedras como seixos ou pedregulhos para se sentir melhor. Essas pedras são ditas “especiais” e são guardadas em um local da cozinha como algo extremamente gostoso - equivalente ao sabor de chocolate.
“Nós últimos 20 anos eu comi mais de 1,36 kg por semana, mas tudo depende de como estou me sentindo no dia, podendo ser mais ou menos. Se eu me sinto mal, então eu como muito, porque isso me conforta. Se eu me sinto bem, basta saber que as pedras estão por perto”, comentou Widener ao portal Daily Mail.
Widener seleciona rochas mais macias e mais frágeis para poder quebrar facilmente. “Eu escolho as que eu gosto de olhar. Eu gosto do sabor terroso delas e às vezes eu sugo só a lama”, salientou.
Ela mastiga usando apenas o lado esquerdo de sua boca: “Os dentes desse lado cresceram mais fortes, porque mastiguei durante anos”.
Seu novo marido tenta ajudá-la a diminuir o hábito nada saudável, além de muito estranho. Desde que se casou com Jim Widener em agosto do ano passado, seu consumo está diminuindo.
“Jim me faz tão feliz que comecei a comer menos. Mas todo mundo tem dias ruins e quando eu me sinto assim eu como rochas. Ele ficou chocado quando descobriu que eu comia pedras, mas ele me ama como eu sou e me ajuda em meus impulsos”.
A doença é causada por uma condição psiquiátrica chamada PICA, um problema que leva a ingestão de produtos não consumíveis. Existem casos relatados em todo o mundo de pessoas que comem diariamente ou semanalmente lâmpadas fluorescentes, pedras, areia, sabão, espuma de travesseiro, pano, giz, componentes eletrônicos, plásticos, metais e diversos outros materiais.
Estima-se que o problema possa surgir em pacientes que possuam alguma deficiência severa de certos nutrientes. Na natureza, algumas espécies comem pedras para ajudar na digestão, como tartarugas e lobos, mas em humanos é uma condição rara.
Os médicos estimam que Widener começou a comer pedra motivada inconscientemente por uma forte anemia, que a levou a uma baixa taxa de ferro em seu organismo. Se as rochas são muito grandes, Widener usa um martelo para quebrá-las em pedaços.
De acordo com especialistas, a doença é comum em alguns estágios da vida infantil. Estima-se que 21% das crianças de 1 a 6 anos já tenham ingerido produtos ou objetos por um determinado tempo. A doença foi registrada pela primeira vez em 1563.“Eu nunca tive nenhum problema de saúde por causa das pedras, mas eu vou ao banheiro muitas vezes e minha barriga dói um pouco”, comentou Widener.
Confira abaixo o vídeo com uma entrevista ao canal TLC:
FONTE: JORNAL CIÊNCIA
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