Controle Biológico
1. Introdução
Trata-se de um eficiente método de controle populacional, normalmente de uma praga, através do uso de uma outra espécie, ou substâncias produzidas por outra espécie. A espécie controladora é denominada de inimigo natural ou agente de controle biológico.
Há alguns anos, principalmente, após a Conferência dos Estados Unidos para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO/92), ocorrida no Rio de Janeiro, a preocupação com a conservação do meio ambiente tornou-se crescente.
Dentro deste contexto, a busca por uma agricultura sustentável, produtiva e ambientalmente equilibrada, apoia-se em práticas agropecuárias que promova a agrobiodiversidade e os processos biológicos naturais, baseando-se no baixo uso de insumos externos. E é aí que o controle biológico mostra-se muito útil.
2. Histórico
Há registros de controle biológico usado pelos chineses no século III. Pelo que se sabe, naquela época, usavam formigas para controle das pragas de citros. Contudo, foi somente no século XX que o controle biológico passou a ser objeto de pesquisa para uso mais intensivo nos agroecossistemas.
3. Formas de controle biológico
Há várias formas de controle biológico. As clássicas, são aquelas em que se introduz uma espécie predadora, parasita ou competidora da espécie praga. O caso de maior sucesso aqui no Brasil é o controle biológico da broca-da-cana de açúcar (Diatraea saccharalis) através da vespinha Cotesia flavipes, sendo responsável por cerca de 70% a 80% do parasitismo das lagartas de D. saccharalis. A utilização preferencial por parasitas se justifica pela especificidade existente entre o parasita e a hospedeiro (no caso, a praga). Também deve-se considerar que os parasitas se mantêm em ação constante e, podem, em curto intervalo de tempo, reduzir a população da espécie-praga em níveis aceitáveis.
Quanto ao uso de predadores, deve-se tomar o cuidado para que ele não se torne uma praga no futuro, pois, como são mais genéricos, alimentam-se de diversas espécies locais. É importante destacar, portanto, que antes da introdução de um inimigo natural (seja parasita ou predador), é necessária uma investigação sobre as consequências da introdução dessa espécie, para evitar desequilíbrios, principalmente, quando se trata de espécie exótica.
Atualmente, há outras formas de controle biológico como, por exemplo, a introdução de indivíduos estéreis junto à população que se deseja reduzir (há redução da taxa de crescimento populacional da praga). O uso de armadilhas contendo hormônios atrativos também tem sido muito empregada. Além disso, através da bioengenharia, diversas substâncias tem sido produzidas; algumas delas inibem a reprodução.
Alguns exemplos de uso bem sucedido de controle biológico:
- Uso do peixinho Gambusia afinis (conhecido como barrigudinho) para controle de larvas de mosquitos transmissores de doenças.
- Uso do fungo Metarrhizium anisopliae para controle da cigarrinha da cana-de-açúcar e de pastagens.
- O fungo Beauveria bassiana tem sido preconizado para controle da broca do café.
- Uso da vespinha Trichogramma pretiosum para controle da traça do tomateiro.
- Controle da Striga (planta que invade raízes do milho, dizimando a plantação) pelo Desmodium (carrapicho); esse processo é usado na África e ganhou repercussão mundial.
- Uso de joaninhas para controle de pulgões.
- Uso do peixinho Gambusia afinis (conhecido como barrigudinho) para controle de larvas de mosquitos transmissores de doenças.
- Uso do fungo Metarrhizium anisopliae para controle da cigarrinha da cana-de-açúcar e de pastagens.
- O fungo Beauveria bassiana tem sido preconizado para controle da broca do café.
- Uso da vespinha Trichogramma pretiosum para controle da traça do tomateiro.
- Controle da Striga (planta que invade raízes do milho, dizimando a plantação) pelo Desmodium (carrapicho); esse processo é usado na África e ganhou repercussão mundial.
- Uso de joaninhas para controle de pulgões.
Confira, agora, uma questão do Enem 2011 envolvendo esse assunto:
(Enem/2011) O controle biológico, técnica empregada no combate a espécies que causam danos e prejuízos aos seres humanos, é utilizado no combate à lagarta que se alimenta de folhas do algodoeiro. Algumas espécies de borboleta depositam seus ovos nessa cultura. A microvespa Trichograma sp., introduz seus ovos nos ovos de outros insetos, incluindo os das borboletas em questão. Os embriões da vespa se alimentam do conteúdo desses ovos e impedem que as larvas de borboleta se desenvolvam. Assim, é possível reduzir a densidade populacional das borboletas até níveis que não prejudiquem a cultura.
A técnica de controle biológico realizado pela microvespa Trichograma sp consiste na
A) introdução de um parasita no ambiente da espécie que se deseja combater.
B) introdução de um gene letal nas borboletas, a fim de diminuir o número de indivíduos.
C) competição entre a borboleta e a microvespa para obtenção de recursos.
D) modificação do ambiente para selecionar indivíduos melhor adaptados.
E) aplicação de inseticidas a fim de diminuir o número de indivíduos que se deseja combater.
A técnica de controle biológico realizado pela microvespa Trichograma sp consiste na
A) introdução de um parasita no ambiente da espécie que se deseja combater.
B) introdução de um gene letal nas borboletas, a fim de diminuir o número de indivíduos.
C) competição entre a borboleta e a microvespa para obtenção de recursos.
D) modificação do ambiente para selecionar indivíduos melhor adaptados.
E) aplicação de inseticidas a fim de diminuir o número de indivíduos que se deseja combater.
Resolução:
Através do enunciado, conclui-se que os embriões da vespa atuam como parasitas (ou predadores, numa concepção mais correta), impedindo o desenvolvimento das larvas da borboleta.
Resposta: A
Fonte: VestibulandoWeb
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