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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Vírus de Marburg


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Como ler uma caixa taxonómicaVírus de Marburg
Vírus de Marburg, ampliado cerca de  100.000x
Vírus de Marburg, ampliado cerca de 100.000x
Classificação científica
Reino:Virus
Ordem:Mononegavirales
Família:Filoviridae
Género:Marburgvirus
Espécie:Lake Victoria marburgvirus
O vírus de Marburg (ou Marburgo) é o agente causador da febre hemorrágica de Marburg, que teve epidemias conhecidas em 1967 (a primeira), e depois em 19751980198719982004 e 2005 cujo epicentro foi Angola.
Quer a doença ou o vírus, estão relacionados com o ébola e têm origem na mesma área geográfica (Uganda e Quénia ocidental). A sua fonte é uma zoonose de origem desconhecida.
A estrutura viral é típica dos filo-vírus, com longas partículas fibrosas que têm um diâmetro consistente mas que variam muito em comprimento, entre uma média de 800 nm até 14.000 nm, com o auge da atividade infeciosa por volta dos 790 nm. O seu vírion contém 7 proteínas estruturais conhecidas. Sendo praticamente idêntico ao vírus do Ébola em estructura, o vírus de Marburg é antigenicamente distinto do vírus do Ébola - por outras palavras, ele produz anticorpos diferentes, nos organismos infectados.
Este vírus foi documentado pela primeira vez em 1967, quando 37 pessoas adoeceram nas cidades alemãs de Marburg e Frankfurt am Main e na cidade sérvia de Belgrado, aparentemente por causa de macacos Cercopithecus aethiops infectados, que tinham sido importados do Uganda para o uso no desenvolvimento de vacinas pólio. Foi o primeiro filo-vírus a ser identificado.
A doença é caracterizada por um súbito ataque de febre, dores de cabeça e mialgia após um período de incubação de 5 a 10 dias.
Passada uma semana, aparece uma inflamação maculopapular, seguida de vômitos, dores do peito e abdominais e diarreia. A doença pode então tornar-se ainda mais perigosa, causando icterícia, delírios, falha do fígado e hemorragias extensas. A recuperação da doença é prolongada e pode ser marcada por inflamação dos testículos, hepatite recorrente, mielite recorrente ou uveite, inflamação da medula espinal, olhos ou glande parótida. Dependendo dos serviços de saúde e apoio hospitalar, a doença pode ter taxas de fatalidade muito altas, com estimativas rondando entre 25%  até 92%  apesar de alguns observadores terem sugerido que estes números sejam baixos.
A eclosão mais recente da doença começou no norte de Angola nos finais de 2004 e matou 126 pessoas até 30 de março de 2005. Uma eclosão na vizinha República Democrática do Congo entre 1998 e 2000 matou 123 pessoas. Uma outra eclosão maior na República Democrática do Congo em 2.000 matou 140 pessoas em apenas 3 semanas.
De acordo com a Organização mundial da Saúde, três quartos das mortes em Angola foram de crianças de menos de 5 anos de idade, mas o vírus também começou a afectar adultos, incluindo 6 enfermeiras e dois médicos estrangeiros. Há notícias de casos na capital, Luanda, o que levanta a possibilidade de a doença se espalhar internacionalmente pela viagem aérea. Países com ligações directas, tais como Portugal, começaram a fazer o rastreio de passageiros chegando de Angola. O governo angolano, entretanto, pediu assistência internacional, chamando a atenção para o facto de só existirem cerca de 1.200 médicos em todo o país, com algumas províncias com apenas dois médicos.
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