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terça-feira, 30 de julho de 2013

Qual é a maior profundidade do oceano e até onde o homem já conseguiu descer?

O ponto mais fundo do oceano é a fossa das Ilhas Marianas, localizada no Oceano Pacífico, cerca de 2 500 quilômetros a leste das Filipinas. É uma espécie de vale submarino e está, na sua parte mais profunda, 11 500 metros abaixo da superfície do mar - o que equivale a sete vezes o tamanho do Grand Canyon, nos Estados Unidos. Já o recorde de profundidade em mergulho foi obtido por Jacques Piccard, oceanógrafo suíço, e Donald Walsh, tenente da Marinha americana. "Ambos comandaram o submersível Triest I, que desceu 35 800 pés (cerca de 11 000 metros) - a maior profundidade oceânica registrada -, no dia 23 de janeiro de 1960, em uma das fossas das Marianas chamada Challenger Deep, a cerca de 360 quilômetros ao sul das Ilhas Guam, no Oceano Pacífico", diz o oceanógrafo e físico Afrânio Rubens de Mesquita, da USP. O submersível é um pequeno submarino, muito mais resistente à pressão.
Planetinha extremistaCompare a montanha mais alta do planeta com o maior buraco no fundo do mar
A fossa das Ilhas Marianas, na Micronésia, tem 11 500 metros de profundidade. Assim, para ir do ponto mais alto ao mais profundo do planeta seria preciso percorrer 20 348 metros
O Monte Everest, na Cordilheira do Himalaia, tem 8 848 metros de altura. Ele precisaria ser 2 652 metros mais alto para caber dentro da fossa das Ilhas Marianas
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Como se descobriu o lugar mais fundo do mar?

Ninguém precisou descer até o fundo da fossa das Marianas, no oceano Pacífico. A profundidade foi descoberta a partir da superfície da água com um navio inglês de pesquisa, o HMS Challenger II, em 1951. Comandados pelo suíço Jacques Piccard, os cientistas da embarcação usaram um aparelho para emitir um sinal sonoro do casco do barco até o fundo do oceano. O sinal bateu e voltou na forma de eco, e os pesquisadores cronometraram quanto tempo durou essa viagem. Como eles já sabiam a qual velocidade o som viaja na água, eles usaram uma fórmula simples da física para calcular a profundidade máxima: 10 900 metros. Em homenagem ao navio comandado pelo cientista suíço, o ponto mais baixo foi batizado de Challenger Deep ("o poço Challenger"). A medida, no entanto, foi alterada na segunda expedição de Piccard ao local, em 1960. Usando um equipamento mais moderno, o submarino Trieste, Piccard desceu bem perto do fundo da fossa e determinou uma nova profundidade: 11 034 metros. A tal diferença de 134 metros pode ter ocorrido devido à movimentação das placas tectônicas: a região das Marianas tem muitos terremotos submarinos, e algum deles pode ter alterado o jeitão do assoalho oceânico.
Música submarinaSinal sonoro serviu de base para o cálculo dos cientistas
1. Para medir o ponto mais profundo do oceano, os cientistas usaram um aparelho para enviar um sinal sonoro em direção ao fundo do mar. Na água, o som se propaga a uma velocidade de 1 500 metros por segundo


2. O sinal sonoro segue até o fundo rochoso e volta. Como o fundo é de pedra, ele devolve um eco bem forte, que viaja no sentido oposto, rumo à embarcação que está na superfície. Um sensor detecta a chegada do sinal e o tempo que ele demorou para retornar
3. Sabendo quanto durou a viagem e a velocidade do som na água, os cientistas aplicaram a fórmula distância = velocidade X tempo para determinar a profundidade. Nesse cálculo, eles tomaram o cuidado de dividir o tempo da viagem por dois, pois queriam saber apenas a distância de ida (metade, portanto) da viagem
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Fossas Marianas - O local mais profundo dos oceanos

Fossa das Marianas

Origem: Wikipédia


Localização da Fossa das Marianas
A Fossa das Marianas é o local mais profundo dos oceanos, atingindo uma profundidade de 11.034 metros.  Localiza-se no Oceano Pacífico, a leste das Ilhas Marianas, na fronteira convergente entre as placas tectónicas do Pacífico e das Filipinas. Geologicamente, a fossa das Marianas é resultado geomorfológico de uma zona de subducção.

batiscafo Trieste em 1960, logo antes de estabelecer o recorde em profundidade
O ponto mais profundo da fossa foi sondado pelos navios Challenger e Challenger II, da Marinha Real. O local foi batizado, então, de Challenger Deep. O fundo da fossa das Marianas foi atingido em 1960 pelo batiscafo "Trieste", da marinha estadunidense tripulado pelo tenente Don Walsh e o cientista suíço Jacques Piccard, que passaram 20 minutos no fundo do oceano, numa expedição que durou ao todo 9 horas.
Pesquisadores do Woods Hole Oceanographic Institution (Estados Unidos) estão construindo um novo robô-submarino que será capaz de explorar as partes mais profundas do oceano, atingindo 11000 metros de profundidade. O robô será alimentado por energia elétrica de baterias, podendo operar continuamente até 36 horas.
O novo robô-explorador será controlado remotamente, podendo ser operado em dois modos: autonomamente, sendo capaz de vasculhar de forma independente vastas áreas do oceano, ou preso, ligado a um cabo, com o objetivo de recolher amostras em locais específicos e bem definidos. No modo autônomo, o robô permanecerá ligado ao navio de controle, mas utilizando apenas uma fibra ótica, que será utilizada para envio de comandos e recepção de imagens.
Para lidar com as altíssimas pressões do fundo do mar, o robô-submarino terá suas câmaras acondicionadas em compartimentos feitos de cerâmicas estruturais sintéticas de última geração.
Além de pesquisa biológica, o robô permitirá acesso às zonas de terremotos e vulcões mais ativas da Terra, que consistem em falhas geológicas localizadas nas fossas oceânicas.
O homem chegou à Fossa das Marianas, o ponto mais profundo do oceano pela primeira vez em 23 de janeiro de 1960, quando o batiscafo Trieste atingiu a Depressão Challenger, a 10916 metros de profundidade, levando os mergulhadores Don Walsh e Jacques Piccard. Em 1995, o mesmo ponto foi atingido pelo submarino-robô japonês Kaikō, que recentemente foi perdido durante uma tempestade. Na única ocasião em que seres humanos estiveram no ponto mais profundo do globo, não havia como tirar fotografias, uma vez que as janelas do batiscafo foram diminuídas a tamanhos de moedas, para melhor resistir à pressão, e não existem registros visuais do evento.
Segundo o escritor norte-americano Bill Bryson, em seu livro Breve História de Quase Tudo, a aventura nunca mais foi repetida em parte porque a Marinha dos Estados Unidos se negou a financiar novas missões e em parte porque "a nação estava prestes a se voltar para as viagens espaciais e a missão de enviar um homem à Lua, que fizeram com que as investigações do mar profundo parecessem sem importância e um tanto antiquadas. Mas o fator decisivo foi a escassez de resultados do mergulho do Trieste".
Em 1985 o oceanógrafo Robert Ballard, que tornou-se famoso pela descoberta do Titanic utilizou um ROV (Remotely operated underwater vehicle) e seu mini submarino Alvin para fazer mais uma descoberta histórica em conjunto com o pesquisador Dedley Foster, comprovando que, ao contrário do que se supunha, abaixo da camada batipelágico situada entre 1000 e 4000 metros, volta a existir vida. Antes da descoberta, as pesquisas eram realizadas de maneira empírica, com redes de alta profundidade. Até então era tido como certo que abaixo do batipelágico não existia mais nada no oceano. Pelas imagens de Ballard e Foster, comprovou-se que graças aos componentes químicos e ao calor exalado pelos vulcões por delicadas "chaminés" encontrados nas Fossas Marianas (a mais de 10.000 metros de profundidade) há vida exuberante nas profundezas. Pela análise das amostras coletadas pelo robô submarino comprovou-se a existência de vida marinha milhões de anos antes da vida na superfície terrestre. Nas Fossas Marianas há um incalculável número de espécimes vivos altamente desenvolvidas e adaptados à colossal pressão encontrada nessas profundidades. As filmagens do ROV de Ballard e Foster mudaram para sempre parte da história da evolução da vida no planeta e abriram um campo imenso para novas pesquisas.
Em 25 de março de 2012, o cineasta James Cameron desceu sozinho até ao fundo da Fossa das Marianas num batiscafo, no âmbito da expedição "Deep Sea Challenge" . Foram sete anos de trabalho para o cineasta empreender, em apenas três horas, uma descida aos 10998 metros de profundidade. A Fossa das Marianas, que recebera a presença humana pela primeira vez em 1960, foi filmada com câmeras de alta resolução em 3D. Cameron esperava ainda, ao longo de seis horas no fundo, recolher amostras do sítio, menos conhecido pela ciência do que a superfície do planeta Marte.

Possível cemitério de resíduos nucleares

Tal como outras fossas oceânicas, a Fossa das Marianas foi proposta para local de armazenamento de resíduos nucleares na esperança de que a subducção de placas tectônicas que se verifica no local possa eventualmente fazer entrar o lixo nuclear no manto da Terra. Porém, o depósito de lixo nuclear no oceano é proibido pelo direito internacional.

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