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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A maior minhoca do mundo

Minhoca-Gigante-de-Gippsland: A maior minhoca do mundo vai lhe causar arrepios!


Megascolides australis, apelidada de “minhoca-gigante-de-Gippsland”, é uma minhoca gigante que vive no sudeste da Austrália.
Recentemente, uma foi capturada e registrada com 80 cm de comprimento e uma polegada de espessura. Porém, essa minhoca, na fase adulta, pode pesar 400g, e chegar a medir 2,74 metros, e alguns exemplares encontrados anteriormente chegaram a ter 3,3metros de comprimento quando esticadas por completo. É considerada a maior espécie no mundo das minhocas.
Apesar de parecer novidade, essa espécie já é conhecida na Austrália desde 1878, quando começou o processo de povoamento de Gippsland, em Victoria. A população até chegou a acreditar, na época, que a minhoca gigante era obra de alguém que grudava extremidades de várias outras minhocas menores, fazendo com que o verme tivesse o comprimento muito extenso.
Essa espécie demora até 5 anos para amadurecer e alcança um limite de vida considerável, podendo chegar até mais de uma década. Ela raramente sobe para a superfície, mantendo-se escondida em covas com 1,5 metros de profundidade, mas, em alguns casos mais raros, esses túneis podem variar entre 3 e 5 metros de profundidade. Eles são localizados, principalmente nas margens dos rios por conta da alta umidade. Devido ao seu tamanho enorme, ao andar subterraneamente pelo seu território, a pessoa pode sentir e, por vezes, ouvir a sua movimentação.
Mesmo atingindo a idade adulta, as minhocas gigantes só procriam quando alcançam o peso máximo. Sua reprodução ocorre somente na primavera e no verão e, ainda assim, apenas quando as condições, principalmente de umidade, estão favoráveis. Elas fazem casulos com apenas um ovo de cada vez, que leva 14 meses em média para eclodir. Seus filhotes já nascem com um tamanho considerável de aproximadamente 17 cm, e crescem rapidamente.
Normalmente, a cada metro cúbico de solo, em condições favoráveis, é possível ter duas espécies da minhoca-gigante-de-Gippsland, de tamanho adulto, se movimentando embaixo da terra. Entretanto, é muito raro encontra-las. Elas só aparecem se seu habitat é afetado de alguma forma, como por exemplo, chuvas intensas ou quando o local sofreu deslizamento de terra. Apesar de parecerem extremamente fortes, essas minhocas são muito frágeis e a manipulação incorreta pode esmagá-las e até matá-las.
A população das minhocas gigantes na Austrália é muito pequena. Essa espécie está na lista de animais ameaçados de extinção pelo IUCN - União Internacional de Conservação da Natureza -, por conta do seu declínio populacional, chegando a povoar apenas cem hectares de território australiano. O vasto desmatamento para criações intensivas de rebanho leiteiro, os frequentes cultivos do solo com fertilizantes tóxicos, fez com que a minhoca-gigante-de-Gippsland se refugiasse até mesmo em beiradas úmidas de rodovias, bem distintos do seu habitat original, se colocando em perigo ao saírem para a superfície.
Entretanto, foram desenvolvidos programas de preservação dessa espécie, liderados pelo WWFN, órgão mundial que desembolsa recursos para preservação da natureza, juntamente com o Museu de Victoria, que mantém pesquisas para preservação de espécies de invertebrados.
Ambos conscientizam a população da região e, em especial, os fazendeiros locais, a manejarem corretamente suas terras, plantando árvores nas margens de rios e a conservando suas reservas vegetais, onde sobrevive a maioria dessas minhocas gigantes.
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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Mar morto: o lugar onde é possível flutuar sobre as águas

“Poderia falar sobre o mar morto? Me disseram que as pessoas não afundam nele e por isso tem esse nome. É verdade?” Gustavo Lira
 O mar Morto é também conhecido como lago Asfaltite, no velho testamento conhecido como “mar de sal”, tem esse nome pouco simpático devido a sua salinidade excessiva chegando ao nível de salinidade entre 28% e 35%, isso significa que em cada litro de água temos de 280g a 350g de sal. Para vocês terem uma ideia de tamanha salinidade, a água dos mares que conhecemos possui em torno de 30g de sal por litro de água.
O mar Morto é tão salgado porque é completamente isolado do mar e por isso qualquer água doce ou salgada que atinge o mar Morto fica aprisionado até evaporar. Isso acontece porque ele está localizado no Oriente Médio, na região interior da Palestina, uma região quase desértica com temperaturas muito altas. Quando a água evapora, os minerais salgados são deixados para trás, fazendo com que a água restante se torne mais e mais concentrada com sal.
Biologicamente, o mar Morto está realmente morto. Não existe forma de vida que suporte tamanha salinidade, com exceção da bactéria Haloarcula marismortui, que consegue filtrar os sais e sobreviver nesse cemitério marítimo. Isso significa que não temos peixe, nem crustáceos, nem moluscos. Todos os organismos vivos que chegam lá morrem quase que instantaneamente.
O mais interessante deste lugar único do planeta é que os altos níveis de conteúdo mineral tornou a água extremamente densa e por isso é impossível afundar na água do mar Morto. Os banhistas se divertem balançando ou lendo livros na água sem afundar mesmo nos locais mais fundos, o que torna o mar Morto incrivelmente fascinante. Além disso, acredita-se que a lama do mar é terapêutica aliviando sintomas de doenças como fibromialgia, psoríase, dermatite atópica, entre outras.
Os altos níveis de salinidade resulta em depósitos de sal ao longo da margem.
… E as pessoas não afundam mesmo! Muito legal!
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Beber água do mar faz mal para a saúde?

“Ouvi dizer que beber água do mar pode até matar. Isso é verdade mesmo?” Adriana Passarella
Só de sentir a água do mar na boca, já percebemos que aquela é uma água muito diferente, não é? Isso porque a água do mar está repleta de sais. Para vocês terem uma ideia, para cada litro de água do mar, temos pelo menos 32 gramas de sais. O sal que mais ocorre é o Cloreto de Sódio (NaCl), o mesmo sal que usamos para cozinhar. Além dele, substâncias como magnésio, potássio e cálcio, estão presentes em concentrações menores.
Sabendo de tudo isso, é lógico que já podemos esperar que beber a água do mar não seja uma boa ideia. E realmente não é. Inclusive, dependendo da quantidade ingerida pode até levar a morte. Para funcionar bem e manter o equilíbrio, nosso corpo precisa de sais, mas somente 0,9% do nosso sangue é composto por sais. Na água do mar existe cerca de 4% de sais, um valor bastante alto para os padrões do corpo humano, principalmente quanto à taxa de cloreto de sódio. Se ingerirmos essa água, nosso intestino receberá uma quantidade de sal muito maior do que a que temos circulando em nossos vasos sanguíneos.
Nosso corpo vive em constante busca o equilíbrio e por isso, ao ingerirmos água salgada o organismo tentará diminuir a quantidade excessiva de sais através de um processo chamado osmose. O processo vai deixar a parte líquida do sangue (plasma) com uma concentração de sais muito maior do que deveria e os outros sais podem saturar nosso sangue e ainda irritar a mucosa intestinal. Isto também resultaria perda de consciência com danos cerebrais. Os rins parariam de funcionar pois não saberia lidar com o excesso de sal no sangue. A partir daí o corpo só iria desidratar e pedir mais água e beber mais água salgada seria um desastre total.
É claro que o que foi dito aqui não precisa ser levado ao pé da letra. Beber sem querer um pouquinho de água enquanto se diverte no mar não muitos problemas, no máximo poderá causar uma diarreia, mas matar a sede com a água do mar certamente não é uma boa ideia.
Beber água do mar não é uma boa ideia mesmo que você esteja com MUITA sede!

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Por que lacrimejamos ao bocejar?

Reparei que toda vez que eu bocejo, sai lágrima nos meus olhos.. Por que isso acontece? Raliane Mendes
Isso é verdade Raliane. Sempre que bocejamos não só a lágrima como a nossa salivação aumenta. O bocejo acontece sempre que estamos cansados, entediados ou sonolentos. Nessas situações nosso metabolismo diminui, isso faz com que  a circulação sanguínea diminua, baixando também a concentração de oxigênio no organismo, inclusive no cérebro. O bocejo é um mecanismo de alerta.
No momento em que inalamos uma grande quantidade de ar, isso acelera a circulação sanguínea e aumenta a concentração de oxigênio, principalmente no cérebro. Quando isso acontece, é como se “carregasse” a energia em nosso corpo, por alguns instantes, melhorando nossa atenção e nos deixando mais despertos.
Quando o bocejo é necessário e bocejamos, os principais músculos da nossa face se movimentam provocando uma espécie de contorção facial. Todo processo envolve uma grande pressão muscular sobre as glândulas lacrimais e salivares provocando lágrimas e aumento da salivação. O resultado é lágrima e saliva em um momento em que não seriam necessários.
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 O bocejo movimenta os músculos da face e comprime as glândulas lacrimais e salivares!

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Por que os animais quando choram não tem lágrimas?

Essa é uma dúvida que os cientistas ainda não conseguiram tirar. De acordo com alguns etólogos (pessoas que estudam o comportamento animal),  não existe uma unanimidade entre os pesquisadores se o choro, enquanto manifestação de sentimentos, existe de verdade no mundo animal.
O que os zoólogos sabem é que, assim como nós humanos, a maioria dos vertebrados, como cães, gatos e macacos, contam com um sistema lacrimal bem desenvolvido, ou seja eles produzem lágrimas como os seres humanos. No caso dos animais, as lágrimas têm a função de lubrificar e limpar os olhos. Se elas podem ter alguma coisa a ver com as emoções, isso continua um mistério. É, de certa forma, impossível discernir se as lágrimas vertidas pelos animais têm fundo emocional (dor, tristeza, medo, saudade, alegria) ou são meramente resultado de um cisco que entrou no olho.
Em vez do nosso chororô habitual, os especialistas acreditam que um instrumento usado por outros vertebrados para expressar suas prováveis emoções é a emissão de sons específicos. De fato, os pungentes gemidos de filhotes separados da mãe ou os ganidos de cachorrinhos com saudade do dono já deixaram muita gente com lágrimas nos olhos, não é mesmo?
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Se você já viu seu cachorro “se debulhar em lágrimas”, deixe um comentário!
Fonte: Revista Mundo Estranho - Diário de Biologia
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Doença rara que cristaliza a lágrima!

Há quase 20 anos uma moradora de São Paulo sofre com um mal que tem intrigado a medicina. Toda vez que seus olhos ficam inflamados suas lágrimas se cristalizam e em poucos minutos surge uma membrana branca resistente e elástica na cavidade interna do olho. Até hoje nenhum médico conseguiu descobrir o motivo deste fenômeno. Não existem relatos de outros casos na medicina.
 O oftalmologista que tem cuidado do caso acredita que a formação das placas acontece devido a uma infecção causada pela bactéria Staphylococcus aureus. Esta bactéria é comum na pele dos seres humanos, provavelmente ela faz com que as lágrimas desta paciente se cristalizem e as “membranas” se formem. Possivelmente, a lágrima da paciente não possui a defesa natural contra a bactéria o que resulta neste fenômeno. Os médicos conseguiram isolar a bactéria com um colírio especial em um dos olhos e tem obtido sucesso no tratamento.
 Na última internação, a paciente expeliu um total de 30 membranas em um único dia. Além de ser incômodo e assustador, o fenômeno é dolorido e agonizante. Felizmente, segundo os oftalmologistas, a membrana fica acondicionada em uma espécie de bolsa que existe abaixo do olho e a saída causa apenas uma irritação, mas não chega a agredir o globo ocular. A composição da membrana ainda é um mistério. Na água destilada ela se desfaz e some e no álcool se torna resistente, elástica e praticamente inquebrável.
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Em detalhe, uma das membranas retiradas dos olhos  da paciente.
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Por que a nossa lágrima é salgada?

“Tenho essa dúvida desde criança. Por que nossa lágrima é salgada?” Valdenice Ferreira
Olha Valdenice, aquele gosto salgado da lágrima se deve à presença de diversos sais que têm por função manter o equilíbrio do organismo. Esses sais ajudam a manter a relação entre ácido e base do tecido e também funcionam como antissépticos, evitando a ação de fungos e bactérias.
O que acontece é que todo fluido corporal, como urina, suor ou sangue, possui alguns componentes essenciais, como água, sais minerais, aminoácidos e proteínas. Esses componentes permitem o tal equilíbrio, também chamado de homeostase.
E saiba que função da lágrima é muito importante. Ela forma uma película protetora da superfície do globo ocular. Sais, proteínas e lipídios dissolvidos em água realizam a lubrificação dos olhos, assim como a limpeza, nutrição e proteção da superfície ocular. Não só dos seres humanos como também dos animais.
LaGRIMAS
A cicatrização de lesões nos olhos e o combate a micro-organismos, como bactérias, também são função da lágrima. Assim, quando choramos, a glândula lacrimal se contrai e libera o líquido que enche nossos olhos.
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Como o chocolate é feito?

“Eu amooo chocolate. Sei que feito do cacau, mas eu não conheço um cacau pessoalmente. Queria saber qual a parte do cacau é usada pra fabricar o chocolate e como ele é feito. Adoro seu blog, entro todos os dias e queria saber por que você não publica posts todos os dias.” Melissa
Oi Mel. Desde que comecei o Diário de Biologia os posts são publicados a cada dois dias. Eu também gostaria de publicar todos os dias, mas tenho muitas outras atividades e postar diariamente, poderia comprometer a qualidade do trabalho. Mas temos muitos posts aqui (são mais de 500) e os leitores podem ler vários assuntos diferentes todos os dias!
Vamos ao chocolate, hummm!!!! Bom, o chocolate vem de uma planta chamada cientificamente de Theobroma cacao e popularmente conhecida como cacaueiro. Este vegetal é originado na América Central e Brasil. A árvore pode atingir até 6 metros de altura. Os frutos tem formato de ovo e pode medir de 15 e 30 centímetros e penduram-se nos troncos e ramos maiores. Cada fruta contém entre 30 e 50 sementes. Ao contrário do muitas pessoas pensam, o chocolate não é extraído da polpa do cacau e sim de suas sementes. Veja agora todas as fases de obenção do chocolate:
1- AMÊNDOA DO CACAU: A confecção do chocolate tem o seu início nas fazendas de cacau. Lá as amêndoas ou sementes dos frutos são retiradas. Elas são as principais matérias-primas do doce. Cada cacau possui de 20 a 50 sementes, com alto teor de gordura e água. Por isso, elas precisam secar ao sol durante oito dias.
2- TORRAR: Depois de secas, as amêndoas são levadas à fábrica e passam pela Máquina de torrefação. Lá acontece um processo de aquecimento que elimina toda a umidade e contribui para o desenvolvimento da cor, aroma e sabor.
3- TRITURAR: Em seguida as sementes são resfriadas e encaminhadas para o triturador, que retira a casca das amêndoas.
4- MOER: Depois de secas, as amêndoas são levadas à fábrica e passam pela máquina de torrefação. Lá acontece um processo de aquecimento que elimina toda a umidade e contribui para o desenvolvimento da cor, aroma e sabor.
5- PRENSAR: Em seguida, a massa passa pela máquina da prensagem, que separa o ingrediente em dois produtos: o primeiro é a manteiga de cacau que será reintroduzida na próxima etapa. A segunda é a torta de cacau. Parte dela é dissolvida e misturada ao açúcar para se fazer o chocolate em pó. A outra porção é resfriada e quebrada em tabletes, usados na fabricação do chocolate.
6- MISTURAR: Grandes misturadores homogenizam e transformam a mistura em uma pasta. Na produção do chocolate preto, a torta e a manteiga de cacau recebem açúcar e leite, formando a massa de chocolate tradicional. Já o meio amargo leva todos os elementos, menos o leite. E o branco é feito apenas com manteiga de cacau, açúcar e leite.
7- REFINAR: Todos os chocolates passam pelos cilindros de refinação, onde os cristais de açúcar da mistura são triturados e quebrados em pequenas partículas. É isso que deixa a textura do doce melhor e sua consistência mais mole. Nesse processo se determina a qualidade do chocolate.
8- CONCHAR: Aparelhos mantêm a massa em movimento, retirando a acidez e umidade do chocolate. Depois ele segue para um outro instrumento com o objetivo de fazer o doce passar por diversas trocas de temperatura. Nele, cristaliza-se a manteiga de cacau e deixa a pasta na consistência ideal para ser moldada.
9- PRODUTO FINAL: MOLDAGEM: A pasta de chocolate é colocada em fôrmas para que adquira o aspecto desejado. Nas barras crocantes são adicionados recheios de castanhas, de amêndoas ou flocos de arroz antes de encherem as fôrmas. Depois os chocolates são resfriados até ficarem sólidos e estarem prontos para a embalagem automática.
A “árvore de chocolate”!
O fruto ainda fresco, por dentro!
Depois de seco, fica assim!
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Por que vacas comem sal?

Para que as vacas sejam saudáveis é preciso que elas consumam o cloreto de sódio (sal de cozinha) geralmente com adição de outros sais minerais. O sal mineralizado é incluído na dieta dos bovinos por apresentarem substâncias fundamentais para a contração muscular, o bom funcionamento do sistema nervoso central, a formação dos ossos e a manutenção do equilíbrio das principais funções orgânicas. Por isso os criadores incluem o sal na comida desses animais!
Algumas pessoas acreditam que as vacas e bois comem muito sal, mas isso não é verdade. Esses animais ingerem em média 60 gramas de sal por dia. Não é muito se considerarmos que são animais de grande porte pesando quatro vezes mais que um ser humano, em média. Nos tempos atuais, o ser humano ingere cerca de 12 gramas de sal diariamente, multiplicando por quatro comeríamos 48 gramas. Ou seja, proporcionalmente, as vacas ingerem mais ou menos a mesma quantidade de cloreto de sódio que nós.
Mas e se vivessem na natureza, soltos pelas pastagens sem interferência humana? De onde as vacas conseguiriam essas substâncias tão importantes? Bem, na natureza alguns vegetais são ricos em sais, assim como o solo que acaba vindo junto da raiz quando o capim é arrancado fornecendo a proporção necessária de sal para manutenção do organismo. Além das vacas, os elefantes também têm necessidade de ingerir sal para manterem saudáveis. Eles podem ingerir até 20 kg de sal por dia, como acontece com os elefantes do leste africano que visitam cavernas salinas periodicamente para suprir suas necessidades de sais.
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Sal de fruta: é feito de sal e fruta mesmo?

Seu blog tá cada dia melhor, já acompanho a muito tempo e já mandei outras perguntas não tive resposta, espero que agora eu consiga! Minha dúvida é sobre os antiácidos (tipo sal de fruta). Como eles funcionam no corpo? E o sal de fruta é feito mesmo do sal da fruta? Se for, qual a fruta?” Edvânia M. dos Santos
Poxa, Edvânia… Tenho recebido tantos emails que infelizmente preciso selecionar as perguntas do visitante curioso. É humanamente impossível responder todas… Mas hoje deu tudo certo: Sua pergunta foi selecionada!
Bom, o antiácido (sal de fruta ENO®) é feito SIM de fruta e sal. Na verdade, é uma mistura de ácidos extraídos de frutas que possuem sal na sua composição (bicarbonato e carbonato de sódio). Pode parecer estranho, mas no sal de fruta o ingrediente mais ativo é um ácido anidro que pode ser encontrado na maioria das frutas, como o limão e a laranja. É ele o responsável pelo sabor ácido e refrescante dos antiácidos. Os químicos responsáveis pela fórmula ainda usam como matéria-prima, substâncias presentes no melaço de cana e sucos de outras frutas como tamarindo, abacaxi e uva.
Quando encaramos comidas pesadas como uma feijoada, o excesso de comida que fica no estômago aguardando a digestão, estimula a liberação de ácido lático, além do clorídrico, causando aquele desconforto, como se estivéssemos entupidos. Isso resulta na bendita azia no estômago.
Lembrando agora das aulas de química, sabemos que soluções básicas neutralizam soluções ácidas. Baseados nisso, os antiácidos funcionam como neutralizantes para o ácido lático pois a combinação das substâncias presentes na sua fórmula resulta numa base. Por isso nome é “antiácido”! Os ácidos e as bases possuem cargas elétricas opostas e tendem a se atrair. Por isso eles se neutralizam. Apesar de os antiácidos não conseguirem neutralizar completamente o pH ácido do estômago, podem elevar o pH de 2 (muito ácido) para valores entre 3 e 4. Isto neutraliza quase 99 % do ácido do estômago e alivia a azia na maioria das pessoas.
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O antiácido contém substâncias que neutralizam o ácido do estômago!
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Existe alguma fruta azul?

“Adoro esse blog e adoro acompanhar também os posts que você publica no FaceBook. Gostaria de saber se existe alguma fruta azul?” Jerryane Dutra
Jerryane, existe fruta azul sim, o nome dela é Mirtilo (blueberry, em inglês; arándano, em espanhol) pertence a família Ericacea. O fruto é uma baga de cor azul escura devido a grande quantidade de antocianinas, tem formato achatado, coroada pelos lóbulos do cálice e com aproximadamente 1 a 2,5 cm de diâmetro. Apresentam em seu interior muitas sementes e tem sabor doce-ácido. Não são muito comuns no Brasil, pois é nativa de regiões da Europa e dos Estados Unidos e só começaram a ser cultivadas aqui nos estados do Sul do país nos anos 80. Nos países do hemisfério Norte vem sendo largamente cultivada, pois possui uma grande importância comercial. Acredita-se que estes frutos garantem uma “fonte de longevidade” devido a sua composição nutricional.
Existem várias espécies de blueberries, mas as principais espécies com expressão comercial são divididas em três grupos, de acordo com o genótipo, hábito de crescimento, tipo de fruto produzido e outras características. São elas: “highbush” frutos com tamanhos mais desenvolvidos e mais saborosos, “rabbiteye” que apresentam maior produção por planta e seus frutos têm uma maior conservação em pós-colheita e “lowbush” em que frutos de pequeno tamanho, cujo destino é a indústria processadora.
Estudos sobre suas propriedades apontam o mirtilo como arma contra o câncer, pois contém a fibra pectina que ajuda no combate a esta doença. Contém também, antioxidantes que combatem os radicais livres que são prejudiciais ao organismo como um todo. Os Flavonóides ajudam a melhorar a função de enxergar melhor e melhorar o sistema circulatório.O mirtilo possui ainda, vitamina B2,C,E e Magnésio.
Chamar as mirtilo de blueberry é muito mais charmoso, não é?
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Fique sabendo: Maçã, morango, abacaxi e caju não são frutos

Um pouco de botânica sempre faz bem… Quando falamos de frutos, uma das primeiras coisas que vem na cabeça são “frutas” comuns, como a maçã por exemplo. Os frutos estão relacionados ao ciclo reprodutivo das angiospermas e são na verdade os ovários que se desenvolve e aumenta seu tamanho após a fecundação dando origem ao que chamamos de fruto. A intenção desse crescimento da parede do ovário nada mais é do que proteger as sementes da planta e ajudar na sua dispersão, já que alguns animais aproveitam os sabores geralmente agradáveis para se alimentar deles.
 Só que nem todos os frutos que conhecemos como frutos, são realmente frutos! (uhh!!!) A maçã por exemplo, é um pseudofruto. O pseudofruto é uma estrutura suculenta, mas não se desenvolvem a partir do ovário da planta, como acontece com os frutos verdadeiros. No caso da maçã, a parte que comemos é formada a partir do receptáculo da flor, o fruto de verdade é aquela casquinha que protege a semente. O caju é outro pseudofruto. A parte suculenta é originada do pedúnculo floral e a castanha sim, é o fruto propriamente dito. Morango também não é um fruto verdadeiro. A parte gostosa e suculenta do morango é também originada do receptáculo floral, a flor possui vários ovários que e seus receptáculos se agregam formando um “fruto agregado”, as “sementinhas” do morango são os frutos secos (arquênio). No abacaxi, ocorre a reunião de várias flores (inflorescência) e então com a fecundação formam-se vários frutos que são chamados de infrutescência, ou seja, é desenvolvido a partir do ovário de várias flores, como se fosse mesmo um fruto múltiplo. Já a banana é um fruto partenocárpico, se origina do ovário, mas sem que haja fecundação e produção de sementes.
 maça
morango
caju
abacaxi

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