Doenças negligenciadas são um grupo de doenças tropicais endêmicas especialmente entre as populações pobres da África, Ásia e América Latina.
Juntas, essas doenças causam entre 500.000 e 1 milhão de óbitos anualmente.
As medidas preventivas e o tratamento para algumas dessas doenças são conhecidos, mas não são disponíveis universalmente nas áreas mais pobres do mundo. Em alguns casos, o tratamentos é relativamente barato. O custo do tratamento da esquistossomose, por exemplo, é de USD$0.20 por criança por ano.
Em comparação às doenças negligenciadas, as três grandes doenças (HIV/AIDS, tuberculose e malária), geralmente recebem mais recursos, inclusive para pesquisa. As doenças negligenciadas podem também tornar a HIV/AIDS e a tuberculose mais letais.
Algumas empresas farmacêuticas se comprometeram a doar os remédios necessários aos tratamentos, e a distribuição em massa foi bem sucedida em vários países.
Lista de doenças negligenciadas
As doenças negligenciadas incluem, em ordem de maior incidência: ascaridíase, tricuríase, ancilostomíase, esquistossomose, elefantíase, tracoma, leishmaniose, doença de Chagas, lepra, doença do sono , dracunculose e úlcera de Buruli.
Referências
- ↑ Doenças negligenciadas ainda matam 1 milhão por ano no mundo
- ↑ Making the Case to Fight Schistosomiasis. National Public Radion.
- ↑ Mike Shanahan (31 January 2006). Beat neglected diseases to fight HIV, TB and malaria. SciDev.Net.
- ↑ Reddy M, Gill SS, Kalkar SR, et al. Oral drug therapy for multiple neglected tropical diseases. JAMA 2007;298(16):1911-1924
- ↑ Control of Neglected Tropical Diseases (NTD). World Health Organizatio
Ligações externas
- Doenças negligenciadas ainda matam 1 milhão por ano no mundo, por Flávio Pontes. Revista Inovação em pauta, nº 6. FINEP.
Fonte: Wikipédia
Você já ouviu falar em Doenças Negligenciadas?
São elas que causam a morte de cerca de 35 mil pessoas por dia e atingem mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo.
Este é um assunto extremamente delicado e, ao mesmo tempo, suas conseqüências têm raízes profundas na propagação do capitalismo voraz, de lucro a qualquer custo.
As doenças negligenciadas têm como maior agravante o fato de que não disporem de tratamentos eficazes ou adequados. Em sua maioria, são doenças tropicais infecciosas e parasitárias que afetam principalmente pessoas pobres, e geram um impacto devastador sobre a humanidade.
São elas que causam a morte de cerca de 35 mil pessoas por dia e atingem mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo.
Este é um assunto extremamente delicado e, ao mesmo tempo, suas conseqüências têm raízes profundas na propagação do capitalismo voraz, de lucro a qualquer custo.
As doenças negligenciadas têm como maior agravante o fato de que não disporem de tratamentos eficazes ou adequados. Em sua maioria, são doenças tropicais infecciosas e parasitárias que afetam principalmente pessoas pobres, e geram um impacto devastador sobre a humanidade.
São elas:
• Doença de Chagas
• Hanseníase (antiga Lepra)
• Doença do Sono
• Tuberculose
• Dengue
• Malária
• Leishmaniose
• Cólera
• Esquitossomose
Há um grande volume de trabalhos científicos que tratam da biologia, imunologia e genética dos parasitas causadores destas doenças, porém todo esse conhecimento não consegue se reverter em novas ferramentas terapêuticas para as pessoas afetadas ou, trocando em miúdos, o muito que se sabe ainda não é suficiente para o desenvolvimento de novos tratamentos.
Ao longo do tempo essas doenças têm sido progressivamente marginalizadas pelos encarregados dos programas de pesquisa, sejam eles do setor público ou privado. O motivo disso? Dinheiro! Explicando melhor: as pessoas que sofrem de doenças negligenciadas são pobres, e não oferecem um retorno lucrativo suficiente para que a indústria farmacêutica invista em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos voltados para essas doenças. Os medicamentos existentes são de 30, 40 ou 50 anos atrás. Para algumas pessoas o efeito desses medicamentos é pior do que a própria doença, efeitos colaterais devastadores.
Fica claro, portanto, que a crise de falta de medicamentos para doenças negligenciadas não chegou às atuais proporções por falta de conhecimento científico, e nem somente pelo hiato entre a pesquisa básica e a pré-clínica. Esta crise é o resultado tanto das insuficientes políticas públicas voltadas para desenvolvimento de medicamentos de interesse nacional dos países em desenvolvimento, quanto da falha de mercado, provocada pelo baixo interesse econômico que esses pacientes representam para a indústria. Uma equação desequilibra, onde o lado menos favorecido não é nem sequer mensurado, que dirá levado em conta.
Em 2007 o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que investiria em projetos de pesquisa que juntassem fitoquímica e doenças negligenciadas, mas ainda faltavam candidatos. A verba para estes projetos estava disponível por meio do Fundo Tecnológico (Funtec).
Pelos critérios do Funtec, o projeto precisaria ser feito a partir da parceria entre uma empresa e uma instituição tecnológica. A instituição receberia a verba, na modalidade recursos não-reembolsáveis, mas era preciso que o produto fosse concebido para ir ao mercado. Nada mais justo se o objetivo final era reduzir os índice de incidência de tais doenças.
A revista Doenças Tropicais Negligenciadas, da Biblioteca Pública de Ciência (PLoS, na sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos formadas por cientistas e médicos da comunidade internacional, apontou, em seu editorial de julho de 2009, que o Brasil é o segundo país do mundo a submeter o maior número de artigos para publicação, sendo estes de autoria de uma diversidade de institutos de pesquisa, mas com destaque para a Fiocruz.
O veículo, conhecido como PLoS-Neglected Tropical Diseases (PLoS-NTD), foi lançado em 2007 e é considerado a primeira revista de livre acesso dedicado à divulgação de estudos sobre enfermidades negligenciadas, como a elefantíase, a hanseníase, a esquistossomose e a doença do sono.
Apesar de os Estados Unidos estarem no topo da lista de estudos e análises, os pesquisadores destacam as contribuições de países da América Latina, como Peru, México e Argentina. Quase metade dos artigos relacionados a este tema veio de países com doenças tropicais negligenciadas endêmicas. Isto é especialmente gratificante. Uma atitude que demonstra que cansamos de esperar os grandes “salvadores do velho mundo”, arregaçamos as mangas e traçamos nossa própria estrada. Cabe a nós cobrarmos das autoridades governamentais a real implementação de pesquisa e emprego de tratamentos.
É por isso que a Rede Mundo Melhor também abraça esta causa.
Junte-se a nós!
• Doença de Chagas
• Hanseníase (antiga Lepra)
• Doença do Sono
• Tuberculose
• Dengue
• Malária
• Leishmaniose
• Cólera
• Esquitossomose
Há um grande volume de trabalhos científicos que tratam da biologia, imunologia e genética dos parasitas causadores destas doenças, porém todo esse conhecimento não consegue se reverter em novas ferramentas terapêuticas para as pessoas afetadas ou, trocando em miúdos, o muito que se sabe ainda não é suficiente para o desenvolvimento de novos tratamentos.
Ao longo do tempo essas doenças têm sido progressivamente marginalizadas pelos encarregados dos programas de pesquisa, sejam eles do setor público ou privado. O motivo disso? Dinheiro! Explicando melhor: as pessoas que sofrem de doenças negligenciadas são pobres, e não oferecem um retorno lucrativo suficiente para que a indústria farmacêutica invista em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos voltados para essas doenças. Os medicamentos existentes são de 30, 40 ou 50 anos atrás. Para algumas pessoas o efeito desses medicamentos é pior do que a própria doença, efeitos colaterais devastadores.
Fica claro, portanto, que a crise de falta de medicamentos para doenças negligenciadas não chegou às atuais proporções por falta de conhecimento científico, e nem somente pelo hiato entre a pesquisa básica e a pré-clínica. Esta crise é o resultado tanto das insuficientes políticas públicas voltadas para desenvolvimento de medicamentos de interesse nacional dos países em desenvolvimento, quanto da falha de mercado, provocada pelo baixo interesse econômico que esses pacientes representam para a indústria. Uma equação desequilibra, onde o lado menos favorecido não é nem sequer mensurado, que dirá levado em conta.
Em 2007 o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que investiria em projetos de pesquisa que juntassem fitoquímica e doenças negligenciadas, mas ainda faltavam candidatos. A verba para estes projetos estava disponível por meio do Fundo Tecnológico (Funtec).
Pelos critérios do Funtec, o projeto precisaria ser feito a partir da parceria entre uma empresa e uma instituição tecnológica. A instituição receberia a verba, na modalidade recursos não-reembolsáveis, mas era preciso que o produto fosse concebido para ir ao mercado. Nada mais justo se o objetivo final era reduzir os índice de incidência de tais doenças.
A revista Doenças Tropicais Negligenciadas, da Biblioteca Pública de Ciência (PLoS, na sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos formadas por cientistas e médicos da comunidade internacional, apontou, em seu editorial de julho de 2009, que o Brasil é o segundo país do mundo a submeter o maior número de artigos para publicação, sendo estes de autoria de uma diversidade de institutos de pesquisa, mas com destaque para a Fiocruz.
O veículo, conhecido como PLoS-Neglected Tropical Diseases (PLoS-NTD), foi lançado em 2007 e é considerado a primeira revista de livre acesso dedicado à divulgação de estudos sobre enfermidades negligenciadas, como a elefantíase, a hanseníase, a esquistossomose e a doença do sono.
Apesar de os Estados Unidos estarem no topo da lista de estudos e análises, os pesquisadores destacam as contribuições de países da América Latina, como Peru, México e Argentina. Quase metade dos artigos relacionados a este tema veio de países com doenças tropicais negligenciadas endêmicas. Isto é especialmente gratificante. Uma atitude que demonstra que cansamos de esperar os grandes “salvadores do velho mundo”, arregaçamos as mangas e traçamos nossa própria estrada. Cabe a nós cobrarmos das autoridades governamentais a real implementação de pesquisa e emprego de tratamentos.
É por isso que a Rede Mundo Melhor também abraça esta causa.
Junte-se a nós!
Fonte: Rede Mundo melhor
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