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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

TAXONOMIA E SISTEMÁTICA

A sistemática tem por objetivo classificar, identificar e dar nomes aos seres vivos. A classificação é feita levando-se em consideração a embriologia, anatomia, fisiologia, estudos dos fósseis e outros critérios, sendo por isto um sistema natural . A classificação usada atualmente é baseado no sistema de classificação de Linné ( Lineu) descrito em 1735.

Segundo Wikipédia

A sistemática é a ciência dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade e compreender as relações filogenéticas entre os organismos. Inclui a taxonomia (ciência da descoberta, descrição e classificação das espécies e grupo de espécies, com suas normas e princípios) e também a filogenia (relações evolutivas entre os organismos). Em geral, diz-se que compreende a classificação dos diversos organismos vivos. Em biologia, os sistematas são os cientistas que classificam as espécies em outros táxons a fim de definir o modo como eles se relacionam evolutivamente.

O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi inicialmente o de organizar as plantas e animais conhecidos em categorias que pudessem ser referidas. Posteriormente a classificação passou a respeitar as relações evolutivas entre organismos, organização mais natural do que a baseada apenas em características externas. Para isso se utilizam também características ecológicas, fisiológicas, e todas as outras que estiverem disponíveis para os táxons em questão. É a esse conjunto de investigações a respeito dos táxons que se dá o nome de Sistemática. Nos últimos anos têm sido tentadas classificações baseadas na semelhança entre genomas, com grandes avanços em algumas áreas, especialmente quando se juntam a essas informações aquelas oriundas dos outros campos da Biologia.

A classificação dos seres vivos é parte da sistemática, ciência que estuda as relações entre organismos, e que inclui a coleta, preservação e estudo de espécimes, e a análise dos dados vindos de várias áreas de pesquisa biológica. Nomenclatura é a atribuição de nomes (nome científico) a organismos e às categorias nas quais são classificados.

O nome científico é aceito em todas as línguas, e cada nome aplica-se apenas a uma espécie.

Há duas organizações internacionais que determinam as regras de nomenclatura, uma para zoologia e outra para botânica. Segundo as regras, o primeiro nome publicado (a partir do trabalho de Lineu) é o correcto, a menos que a espécie seja reclassificada, por exemplo em outro género. A reclassificação tem ocorrido com certa freqüência desde o século XX. O Código Internacional de Nomenclatura Zoológica preconiza que neste caso mantém-se a referência a quem primeiro descreveu a espécie, com o ano da descrição, entre parênteses, e não inclui o nome de quem reclassificou. Esta norma internacional decorre, entre outras coisas, do fato de ser ainda nova a abordagem genética da taxonomia, sujeita a revisão devido a novas pesquisas científicas, ou simplesmente a definição de novos parâmetros para a delimitação de um táxon, que podem ser morfológicos, ecológicos, comportamentais etc.


Taxonomia (do Grego verbo τασσεῖν ou tassein = "para classificar" e νόμος ou nomos = lei, ciência, administrar), foi uma vez, a ciência de classificar organismos vivos (alfa taxonomia). Mais tarde a palavra foi aplicada em um sentido mais abrangente, podendo aplicar-se a uma das duas, classificação de coisas ou aos princípios subjacentes da classificação. Quase tudo - objectos animados, inanimados, lugares e eventos - pode ser classificado de acordo com algum esquema taxonômico.[1]

Alguns afirmam que a mente humana organiza naturalmente seu conhecimento do mundo em tais sistemas. Esta visão é baseada frequentemente na epistemologia de Immanuel Kant.

Antropologistas têm observado que as taxonomias são inerentes à cultura local e aos sistemas sociais, servindo a várias funções sociais. Talvez o estudo mais bem conhecido e mais influente de taxonomias populares seja o The Elementary Forms of Religious Life de Emile Durkheim . As teorias de Kant e Durkheim influenciaram também Claude Lévi-Strauss, o fundador do estruturalismo antropológico. Levi-Strauss escreveu dois livros importantes em taxonomias: Totemism e The Savage Mind.

Taxonomias como as analisadas por Durkheim e Levi-Strauss são chamadas às vezes de taxonomias populares para distinguí-las das taxonomias científicas, que sustentam a dissociação das relações sociais e assim chegar ao objetivo e ao universal. A mais famosa e mais extensamente utilizada taxonomia científica é a taxonomia de Lineu, que classifica as coisas vivas e foi criada por Carl von Lineu. Este sistema taxonómico pode ser encontrado no artigo árvore evolucionária.

Nos anos recentes, a classificação taxonómica ganhou apoio da biologia computacional / bioinformática, empregando o método das árvores filogenéticas.


CATEGORIAS HIERÁRQUICAS

REINO - FILO - CLASSE - ORDEM - FAMÍLIA - GÊNERO - ESPÉCIE


HOMEM
CÃO
MOSCA
REINO Animalia Animalia Animalia
FILO Chordata Chordata Arthropoda
CLASSE Mammalia Mammalia Insecta
ORDEM Primata Carnívora Díptera
FAMÍLIA Hominidae Canidae Muscidae
GÊNERO Homo Canis Musca
ESPÉCIE Homo sapiens Canis familiaris Musca domestica

Monera - unicelulares procariontes - Bactérias e Cianobactérias Protista - unicelulares eucariontes heterótrofos - Protozoários Fungi - organismos eucariontes heterótrofos unicelulares ou não - Fungos Plantae - organismos eucariontes multicelulares fotossintetizantes . Algas , briófitas, pteridófitas, gimnosperma e angiospermas. Animalia - organismos eucariontes, multicelulares e heterótrofos. ESPÉCIE - organismos com uma certa semelhança morfológica e genômica, com capacidade de reprodução e formação de descendentes viáveis e férteis.

História

O primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles no século IV a.C., que ordenou os animais pelo tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho. O seu discípulo Teofrasto classificou as plantas por seu uso e forma de cultivo.

Nos séculos XVII e XVIII os botânicos e zoólogos começaram a delinear o actual sistema de categorias, ainda baseados em características anatômicas superficiais. No entanto, como a ancestralidade comum pode ser a causa de tais semelhanças, este sistema demonstrou aproximar-se da natureza, e continua sendo a base da classificação actual. Lineu fez o primeiro trabalho extenso de categorização, em 1758, criando a hierarquia actual.

A partir de Darwin a evolução passou a ser considerada como paradigma central da Biologia, e com isso evidências da paleontologia sobre formas ancestrais, e da embriologia sobre semelhanças nos primeiros estágios de vida. No século XX, a genética e a fisiologia tornaram-se importantes na classificação, como o uso recente da genética molecular na comparação de códigos genéticos. Programas de computador específicos são usados na análise matemática dos dados.

Em fevereiro de 2005 Edward Osborne Wilson, professor aposentado da Universidade de Harvard, onde cunhou o termo biodiversidade e participou da fundação da sociobiologia, ao defender um "projeto genoma" da biodiversidade da Terra, propôs a criação de uma base de dados digital com fotos detalhadas de todas a espécies vivas e a finalização do projeto Árvore da vida. Em contraposição a uma sistemática baseada na biologia celular e molecular, Wilson vê a necessidade da sistemática descritiva para preservar a biodiversidade.

Do ponto de vista econômico, defendem Wilson, Peter Raven e Dan Brooks, a sistemática pode trazer conhecimentos úteis na biotecnologia, e na contenção de doenças emergentes. Mais da metade das espécies do planeta é parasita, e a maioria delas ainda é desconhecida.

Reinos

Tradicionalmente os seres vivos eram divididos em dois reinos: Plantas e Animais. Como muitos seres simples não cabem nesta divisão, em 1866 Ernst Heinrich Haeckel propôs a categoria Protista, incluindo algas, fungos, protozoários e bactérias, No século XX a classificação mais aceite passou a ter cinco reinos: Protista (protozoários e algumas algas), Monera (bactérias procariontes, e cianobactérias ou algas azuis), Fungi, Plantæ e Animalia.

Recentemente a análise genética levou a propor o grupo Archaea para as Archaebactérias, e mais dois grupos: as outras bactérias e os eucariontes (organismos que têm núcleo celular: fungos, plantas e animais).

No entanto, estudos recentes (Cavalier-Smith 1998, 2004) passaram a aceitar o sistema de seis reinos (Bacteria, Protista, Animalia, Fungi, Plantae e Chromista). O reino Chromista engloba alguns grupos de algas como as Phaeophyta, Chrysophyta e Bacillariophyta (Diatomáceas) que possuem cloroplasto com 4 membranas, localizado no lumem do retículo endoplasmático rugoso e originado de uma simbiose secundária.

Considerando-se os organismos fotossintetizantes envolvidos nesta nova divisão dos reinos, uma das principais características definidoras das linhagens evolutivas é justamente a origem do cloroplasto:

  • Cianobactérias: Sem cloroplasto, pigmento difuso no citoplasma
  • Plantas: Simbiose primária (Protista + cianobactéria), cloroplasto com duas membranas.
  • Protistas (Euglenas e Dinoflagelados): Simbiose secundária ou terciária (Protista + planta), cloroplasto com 3 membranas
  • Cromistas: Simbiose secundária (Protista + Planta), cloroplasto com 4 membranas.

Super Reinos

Categorias

Os reinos são divididos num sistema hierárquico de categorias chamadas taxa (plural de taxon). Cada taxon inclui os que o sucedem. Tradicionalmente são eles:

  • Domínio (mais recente)
  • Reino
  • Filo (ou divisão, em botânica)
  • Classe
  • Ordem
  • Família
  • Género
  • Espécie

Há categorias intermediárias, incluídas quando é necessário fazer distinções.

Assim, por exemplo, em botânica, além de divisão, que equivale ao filo no reino animal, existem também série e secção.

Uma sequência hierárquica mais completa seria:

Hoje em dia o taxon mais claro é a espécie: populações de indivíduos geneticamente semelhantes que potencialmente cruzam entre si em condições naturais (definição mais difundida de espécie), o que não significa que o conceito de espécie esteja bem esclarecido por a esse enunciado, pois ele não abrange, por exemplo, organismos que fazem apenas reprodução assexuada. Mecanismos de especiação, como isolamento geográfico, podem levar uma espécie a originar outra. Nos casos excepcionais de cruzamento interespecífico, praticamente em todos os casos, os descendentes são estéreis. Quando as populações de uma espécie são muito diferentes morfologicamente, são chamadas subespécies, raças ou variedades.

O género inclui espécies relacionadas, reconhecidas popularmente como aparentadas, como o cão e o lobo.

Nomenclatura binomial

O sistema atual identifica cada espécie por dois nomes em latim: o primeiro, em maiúscula, é o género, o segundo, em minúscula, é o epíteto específico. Os dois nomes juntos formam o nome da espécie. Os nomes científicos podem vir do nome do cientista que descreveu a espécie, de um nome popular desta, de uma característica que apresente, do lugar onde ocorre, e outros. Por convenção internacional, o nome do género e da espécie é impresso em itálico, o dos outros táxons não. Subespécies têm um nome composto por três palavras.

REGRAS BÁSICAS DE NOMENCLATURA

O nome da espécie deve ser binominal: gênero e espécie ou trinominal : Gênero +( Subgênero) + espécie ou Gênero + espécie + subespécie . Ex. Musca domestica ; Leishmania (Viana) brasiliensis ; Micrurus frontalis frontalis. Nomes científicos devem estar em Latim . O gênero (genérico) deve estar com a letra inicial em maiúsculo, a espécie ( nominal específico) em letra inicial minúscula. O gênero e a espécie devem estar grifados ou em Itálico. O nome da família é formado pela adição do sufixo idae ( ideos) e da subfamília pela adição do sufixo Inae (ineos) ao nome genérico (gênero). Ex . Trypanosoma + idae = Trypanosomidae

A vida, que existe há mais de três bilhões de anos na Terra, é o maior objeto de estudo da Biologia. Esse estudo fascinante e desafiador volta-se para a compreensão das características e evolução dos seres vivos, suas estruturas e funções, suas relações com os mais diferentes ambientes e sua reprodução. É, portanto, a ciência que estuda os seres vivos em todos os aspectos de abrangência, quer sejam anatômicos, funcionais, genéticos, comportamentais, evolutivos, geográficos ou taxionômicos, bem como as leis, os princípios e fenômenos que regem a existência desses seres.

Fonte: www.escolavesper.com.br

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