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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Laura Muller tira dúvidas sobre Educação Sexual - DIFICULDADES

As 10 principais dúvidas!

Perguntas e respostas extraídas do meu livro "500 Perguntas Sobre Sexo – Respostas para as Principais Dúvidas de Homens e Mulheres"

1 - Não consigo ter ereção. Por quê?

Na maioria das vezes o problema tem fundo psicológico. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, 70% dos casos de disfunção erétil de homens adultos jovens são desencadeados por questões emocionais. Em idosos o quadro é diferente: há causas orgânicas envolvidas em 60% a 70% dos casos. A grande vilã da ereção é a ansiedade em relação ao desempenho: o homem fica inseguro e tem medo de falhar. Aí, falha mesmo. Na próxima transa, o medo de não ter ereção pode se aliar a outro temor: "Será que eu vou conseguir mantê-la?" Isso pode levar a uma nova falha. Outra preocupação que atrapalha: "Será que a parceira vai gostar da transa?" Todas essas cobranças internas e preocupações geram um estado de tensão que é fatal à ereção. O tratamento inclui buscar dois especialistas: um psicólogo ou uma psicóloga para lidar melhor com as questões emocionais, além de um médico urologista para verificar como anda a saúde sexual.

2 - Tenho ejaculação precoce. Qual o motivo?

As causas da ejaculação rápida precoce são basicamente emocionais. Na maioria dos casos, estão relacionadas à ansiedade e ao medo de não conseguir manter a ereção durante toda a transa. Inconscientemente ou não, o homem procura ejacular rápido, antes que essa possível falha ocorra. Mas também podem estar ligadas à necessidade ir rápido, ou de satisfazer a parceira a todo custo, entre outras razões que podem elevar a ansiedade a um ponto que provoque essa ejaculação rápida demais.

3 - Há remédio que funcione contra ejaculação precoce?

Há remédios que prometem diminuir a sensibilidade do pênis, mas isso pouco adianta. A ejaculação precoce tem fundo psicológico em praticamente todos os casos. Ou seja, é preciso tratar o lado emocional.

4 - Demoro cerca de 1 hora para ejacular. Por quê?

Esse problema é chamado de retardo ejaculatório. A causa pode ser orgânica, como problemas neurológicos. Mas o mais comum é que tenha fundo psicológico. O primeiro passo é procurar um urologista. Caso não existam complicações físicas, a saída é procurar tratamento no consultório de um psicólogo ou uma psicóloga.

5 - Tenho sangramento depois do sexo. Por quê?

O mais provável é que você esteja começando a penetração sem se sentir suficientemente excitada. Isso faz com que a vagina não lubrifique o suficiente, levando ao aumento do atrito do pênis com o órgão e a um consequente sangramento. Em alguns casos, o toque da ponta do pênis no fundo da vagina provoca contrações uterinas, dando uma sensação de cólica e desencadeando um sangramento. Também pode ser sinal de algum cisto vaginal. Experimente se excitar um pouco mais antes da penetração. Mas, de qualquer forma, procure um médico ginecologista para verificar como anda a sua saúde sexual.

6 - Minha vagina parece colada e a penetração nunca acontece. Por quê?

Nesse caso, o problema se chama vaginismo, que é a contração involuntária da musculatura vaginal na hora do sexo. A intensidade do problema varia: algumas mulheres chegam a fechar totalmente o orifício vaginal, impedindo a entrada do pênis. Outras apresentam uma contração em menor grau: o órgão masculino penetra a vagina, mas com dificuldade. Isso tem fundo psicológico. Na maioria das vezes é resultado de traumas (provocados por estupro, abuso sexual na infância, entre outros) ou dificuldades emocionais importantes (medo e ansiedade excessiva, por exemplo). A educação sexual repressora, que prega que sexo é feio e sujo, também contribui para casos de vaginismo. Eles não são raros: estima-se que 10% da população feminina sofram desse problema. O tratamento? Alguns medicamentos, que devem ser indicados por um médico, podem até ajudar a relaxar a musculatura. Mas não fazem milagre. O ideal é buscar ajuda psicológica.

7 - Dependendo da posição, o pênis incomoda. Como quando estou por cima. Por quê?

A penetração é mais profunda na posição em que a mulher fica por cima do homem. Talvez seja isso que a incomoda. Mas vale lembrar que qualquer dor pode ser indício de um problema mais sério, como uma infecção vaginal. Procure um ginecologista para se certificar se esse é o problema ou não. Descartada essa hipótese, o que você tem a fazer é priorizar as posições em que a penetração não é tão profunda, como vocês de frente um para o outro, porém ele por cima (a chamada papai-e-mamãe) ou ambos deitados de lado, sendo você na frente e de costas para ele (chamada de colher).

8 - Perdi a lubrificação vaginal. Estou perdendo o pique?

Menor lubrificação vaginal pode ser indício de que tem ficado menos excitada. Renove, seja criativa, lembre-se de como era seu comportamento no começo da relação. Mas também pode ser causado por fatores orgânicos, como uma infecção vaginal. Procure um médico ginecologista para verificar se há causas físicas em jogo. E trata-las da melhor forma possível. Uma dica: em muitos casos, um lubrificante à base de água, vendido em farmácias, ajuda muito!

9 - Se ele brochar, o que eu faço?

Dizer coisas do tipo "isso acontece" nem sempre é uma boa opção. Claro que o clima quebra nessa hora. E o melhor é tentar estimulá-lo de outras formas, diferentes da que estavam utilizando naquele momento. Por exemplo, se ele perdeu a ereção com a masturbação, tente o sexo oral. E não façam disso um drama! Acontece com qualquer homem, assim como qualquer mulher pode ter uma dificuldade ou outra. Somos humanos e falíveis! Ficar se torturando agrava ainda mais o problema, pois aumenta as chances de ele se repetir. Se a situação se tornar freqüente, o ideal é recorrer a um médico urologista e também a um psicólogo ou uma psicóloga, para verificar as questões físicas e emocionais que podem estar atrapalhando essa transa.

10 - Perdi o desejo de uma hora para outra. Qual o motivo?

As causas mais freqüentes são psicológicas, como estresse, ansiedade, insegurança quanto ao desempenho sexual (medo de não atingir o orgasmo ou frustração por nunca chegar lá) ou a influência de problemas e preocupações que ocorrem fora da cama. Depressão, baixa de auto-estima e situações de perda (de emprego, de alguém querido) também provocam queda na libido. A falta de sintonia sexual entre o casal é outro inibidor de desejo. Ocorre assim: um quer e insiste, o outro não quer naquela hora e se irrita; com isso, o sexo vai perdendo a qualidade e desestimulando os parceiros para as próximas relações. Há também causas orgânicas, como alterações hormonais, entre outras. Ou seja, varia muito. O diagnóstico e o tratamento? Você já sabe: médico (ginecologista para mulheres, urologista para homens) e psicólogo, para avaliar e tratar as questões físicas e emocionais em jogo.

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Laura Muller tira dúvidas sobre Educação Sexual - HOMENS


As 10 principais dúvidas!

Perguntas e respostas extraídas do meu livro "500 Perguntas Sobre Sexo – Respostas para as Principais Dúvidas de Homens e Mulheres"

1 - Meu pênis ereto mede 14 cm. É pequeno?

Não. O pênis da maioria dos homens tem essa medida. No entanto, muitos não se contentam com o tamanho do pênis. Querem um órgão maior e vivem tentando compará-lo com o de outros homens. Tamanho de pênis é um grande mito da sexualidade masculina. Não deveria ser: pouco importa as medidas do órgão para o prazer. O que conta mais é o jeito de praticar o sexo.

2 - Pênis torto pode ser mais prazeroso para a mulher?

Em alguns casos, se o desvio não for de grande intensidade, a curvatura pode exercer um atrito vaginal maior do que o habitual durante a penetração. Isso pode ser mais prazeroso para algumas parceiras. O problema, nesses casos, é que a tendência é a curvatura ir se acentuando com o tempo, o que pode provocar dor à ereção. Aí, é preciso procurar um médico urologista.

3 - Meu pênis continua ereto após o orgasmo, mesmo sem eu sentir tesão. Isso é problema?

Depende do tempo dessa ereção. Quando uma mesma ereção chega a durar mais de quatro horas, é sinal de um problema chamado priapismo. Nesse caso, se o sangue não for retirado, pode causar sérios danos ao pênis. Isso leva, mais tarde, a problemas para conseguir a ereção. O coágulo pode ser expelido naturalmente pelo corpo, após se injetar uma substância para acelerar esse processo. Ou precisa ser retirado de outra forma: aspirado por uma agulha especial ou, em casos mais sérios, de ereções que chegam a durar 24 horas, por meio de cirurgia. Além de priapismo, alguns problemas neurológicos ou de circulação podem causar esse tipo de ereção prolongada. Procure imediatamente um médico urologista para solucioná-lo!

4 - Perco a ereção quando coloco a camisinha. Tenho algum problema?

Se isso ocorre com frequência, você está com um dificuldade chamada de disfunção erétil situacional. Na maioria das vezes, é de fundo psicológico, pois você tem a ereção e apenas não consegue mantê-la. Envolve ansiedade e medo de falhar, o que acaba contribuindo para que o problema se agrave. Procure um psicólogo ou uma psicóloga. Com ajuda especializada, será mais fácil encontrar a jeitos de lidar com isso.

5 - Tem dia que me masturbo umas três, quatro vezes. Sou viciado?

Tudo indica que não. Se você vez ou outra tem uma alta de desejo e se masturba muito, não quer dizer que seja viciado. A compulsão por sexo é algo que toma conta da vida da pessoa de tal forma que não consegue fazer mais nada além de pensar em sexo. Passa o dia inteiro planejando o sexo e buscando formas de ter relações. Chega a se masturbar em qualquer lugar e procura por sexo o dia inteiro, mas nunca se satisfaz. Nesse caso, é preciso buscar tratamento psicológico.

6 - Adoro sexo anal. Sou normal ou isso é uma obsessão?

Sim. As preferências sexuais variam de pessoa para pessoa. Mas o sexo anal é uma prática que atrai grande parte dos homens, por vários motivos: acham que o ânus faz uma pressão no pênis maior do que a vagina, e com isso, dá mais prazer; gostam da posição clássica, pois ela dá uma sensação de poder; têm verdadeira paixão pelo bumbum, etc. Ou seja, isso é natural!

7 - O que posso fazer para que ela tenha vontade e que perca o medo de sexo anal?

Ir com calma. Não adianta pressionar. Você pode estimulá-la devagar, começando com carícias feitas com as mãos e, mais tarde, tentar a penetração anal. Uma dica: o uso de lubrificante à base de água, vendido em farmácias, facilita a penetração e a torna mais prazerosa para vocês dois.

8 - A mulher perde a vontade de continuar transando depois que chega ao orgasmo?

Sim. Não só ela como você. Após o orgasmo começa uma fase chamada resolução, em que desaparece a excitação e o desejo, tanto nos homens quanto nas mulheres. O que não quer dizer que o sexo tenha de parar ali. Se um teve orgasmo primeiro do que o outro, é importante continuar a estimulação até que o outro também chegue lá.

9 - Nosso desejo não combina: por mim, transaria de 5 a 6 vezes por semana, mas, por ela, apenas 2 ou 3. Quem está errado?

Ninguém. Cada pessoa tem um ritmo. Não há nada de errado nem com você nem com ela. Para melhorar a sintonia, busque maneiras diferentes de estimulá-la e evite cobranças. Elas são fatais ao desejo sexual.

10 - Dá para saber quando ela está fingindo?

É difícil saber ao certo. O ideal é jogar limpo e conversar francamente – e sem cobranças! – para evitar que isso ocorra.


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Doenças Negligenciadas


Doenças negligenciadas são um grupo de doenças tropicais endêmicas especialmente entre as populações pobres da África, Ásia e América Latina.

Juntas, essas doenças causam entre 500.000 e 1 milhão de óbitos anualmente.

As medidas preventivas e o tratamento para algumas dessas doenças são conhecidos, mas não são disponíveis universalmente nas áreas mais pobres do mundo. Em alguns casos, o tratamentos é relativamente barato. O custo do tratamento da esquistossomose, por exemplo, é de USD$0.20 por criança por ano.

Em comparação às doenças negligenciadas, as três grandes doenças (HIV/AIDS, tuberculose e malária), geralmente recebem mais recursos, inclusive para pesquisa. As doenças negligenciadas podem também tornar a HIV/AIDS e a tuberculose mais letais.

Algumas empresas farmacêuticas se comprometeram a doar os remédios necessários aos tratamentos, e a distribuição em massa foi bem sucedida em vários países.

Lista de doenças negligenciadas

As doenças negligenciadas incluem, em ordem de maior incidência: ascaridíase, tricuríase, ancilostomíase, esquistossomose, elefantíase, tracoma, leishmaniose, doença de Chagas, lepra, doença do sono , dracunculose e úlcera de Buruli.

Referências

  1. Doenças negligenciadas ainda matam 1 milhão por ano no mundo
  2. Making the Case to Fight Schistosomiasis. National Public Radion.
  3. Mike Shanahan (31 January 2006). Beat neglected diseases to fight HIV, TB and malaria. SciDev.Net.
  4. Reddy M, Gill SS, Kalkar SR, et al. Oral drug therapy for multiple neglected tropical diseases. JAMA 2007;298(16):1911-1924
  5. Control of Neglected Tropical Diseases (NTD). World Health Organizatio


Você já ouviu falar em Doenças Negligenciadas?
São elas que causam a morte de cerca de 35 mil pessoas por dia e atingem mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo.
Este é um assunto extremamente delicado e, ao mesmo tempo, suas conseqüências têm raízes profundas na propagação do capitalismo voraz, de lucro a qualquer custo.
As doenças negligenciadas têm como maior agravante o fato de que não disporem de tratamentos eficazes ou adequados. Em sua maioria, são doenças tropicais infecciosas e parasitárias que afetam principalmente pessoas pobres, e geram um impacto devastador sobre a humanidade.
São elas:

• Doença de Chagas

• Hanseníase (antiga Lepra)

• Doença do Sono

• Tuberculose

• Dengue

• Malária


• Leishmaniose

• Cólera

• Esquitossomose

Há um grande volume de trabalhos científicos que tratam da biologia, imunologia e genética dos parasitas causadores destas doenças, porém todo esse conhecimento não consegue se reverter em novas ferramentas terapêuticas para as pessoas afetadas ou, trocando em miúdos, o muito que se sabe ainda não é suficiente para o desenvolvimento de novos tratamentos.
Ao longo do tempo essas doenças têm sido progressivamente marginalizadas pelos encarregados dos programas de pesquisa, sejam eles do setor público ou privado. O motivo disso? Dinheiro! Explicando melhor: as pessoas que sofrem de doenças negligenciadas são pobres, e não oferecem um retorno lucrativo suficiente para que a indústria farmacêutica invista em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos voltados para essas doenças. Os medicamentos existentes são de 30, 40 ou 50 anos atrás. Para algumas pessoas o efeito desses medicamentos é pior do que a própria doença, efeitos colaterais devastadores.
Fica claro, portanto, que a crise de falta de medicamentos para doenças negligenciadas não chegou às atuais proporções por falta de conhecimento científico, e nem somente pelo hiato entre a pesquisa básica e a pré-clínica. Esta crise é o resultado tanto das insuficientes políticas públicas voltadas para desenvolvimento de medicamentos de interesse nacional dos países em desenvolvimento, quanto da falha de mercado, provocada pelo baixo interesse econômico que esses pacientes representam para a indústria. Uma equação desequilibra, onde o lado menos favorecido não é nem sequer mensurado, que dirá levado em conta.
Em 2007 o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que investiria em projetos de pesquisa que juntassem fitoquímica e doenças negligenciadas, mas ainda faltavam candidatos. A verba para estes projetos estava disponível por meio do Fundo Tecnológico (Funtec).
Pelos critérios do Funtec, o projeto precisaria ser feito a partir da parceria entre uma empresa e uma instituição tecnológica. A instituição receberia a verba, na modalidade recursos não-reembolsáveis, mas era preciso que o produto fosse concebido para ir ao mercado. Nada mais justo se o objetivo final era reduzir os índice de incidência de tais doenças.
A revista Doenças Tropicais Negligenciadas, da Biblioteca Pública de Ciência (PLoS, na sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos formadas por cientistas e médicos da comunidade internacional, apontou, em seu editorial de julho de 2009, que o Brasil é o segundo país do mundo a submeter o maior número de artigos para publicação, sendo estes de autoria de uma diversidade de institutos de pesquisa, mas com destaque para a Fiocruz.
O veículo, conhecido como PLoS-Neglected Tropical Diseases (PLoS-NTD), foi lançado em 2007 e é considerado a primeira revista de livre acesso dedicado à divulgação de estudos sobre enfermidades negligenciadas, como a elefantíase, a hanseníase, a esquistossomose e a doença do sono.
Apesar de os Estados Unidos estarem no topo da lista de estudos e análises, os pesquisadores destacam as contribuições de países da América Latina, como Peru, México e Argentina. Quase metade dos artigos relacionados a este tema veio de países com doenças tropicais negligenciadas endêmicas. Isto é especialmente gratificante. Uma atitude que demonstra que cansamos de esperar os grandes “salvadores do velho mundo”, arregaçamos as mangas e traçamos nossa própria estrada. Cabe a nós cobrarmos das autoridades governamentais a real implementação de pesquisa e emprego de tratamentos.
É por isso que a Rede Mundo Melhor também abraça esta causa.
Junte-se a nós!

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Bactéria que come veneno foi descoberta


Bactéria que se alimenta de arsênio abre novas possibilidades de vida fora da Terra


Descoberta em um lago da Califórnia, a bactéria tem um metabolismo incomum e significa mudança nos parâmetros que a Nasa usa para buscar vidas extraterrestres.

Da Redação redacao@novohamburgo.org (Siga no Twitter)

Uma das especialidades da Agência Espacial Americana – Nasa é procurar vida em outros planetas, até agora sem sucesso. Na quinta-feira, dia 02, revelou a descoberta uma nova forma de vida – uma bactéria.

A revelação foi encontrada em um lago da Califórnia e substitui o fósforo, um dos componentes básicos da vida, por um veneno, o arsênio. Os cientistas esclareceram que não é exatamente uma nova forma de vida, e sim uma adaptação a um ambiente rico em arsênio.

A descoberta vai mudar os parâmetros que a Nasa segue para procurar vida fora da Terra. Até hoje, era testada a presença dos seis elementos básicos da vida: carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, enxofre e fósforo. Agora os cientistas poderão também procurar a presença por arsênio e, por que não, por outros elementos.

Essa descoberta abre as portas para o estudo de “vida estranha” na Terra, ou seja, micro-organismos com um metabolismo muito diferente do usual e que podem representar uma parcela significativa de nossa biodiversidade.

Informações de Bom Dia Brasil

FOTO: divulgação / Science

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Doenças Novas

O que são Doenças Novas?

São aquelas que aparecem em algum momento na população sem terem nunca antes noticiadas. Como exemplos temos a AIDS, o Ebola, o vírus Sabiá, entre outras moléstias. Explicaremos melhor estas três doenças para que possamos entender o surgimento dessas novas moléstias.

Sabiá
O mortal vírus Sabiá, isolado em 1994, recebeu esse nome porque a primeira pessoa infectada no mundo foi uma moça que contraiu o vírus na casa de seus pais, no bairro Jardim Sabiá, município de Cotia [Brasil], situado a cerca de 20 km da cidade de São Paulo, capital do Estado. Cotia é conhecida como uma cidade-dormitório, isto é, uma cidade tão próxima à capital que se pode morar nela e viajar todos os dias para trabalhar em São Paulo. Trata-se de uma região povoada há mais de dois séculos. Não é um lugar perdido no meio da selva, onde se pudesse estar invadindo uma região inóspita com risco de libertar um vírus mortal latente.


AIDS

Uma estimativa de dezembro de 1996 dava conta de 64 milhões de mortes. É a mais grave dos 42 tipos de imunodeficiências catalogados pela OMS.
Os primeiros casos de AIDS conhecidos surgiram no início da década de 80. Pesquisas recentes, no entanto, sugerem que alguns casos esporádicos de mortes misteriosas ocorridos em décadas passadas foram devidos à AIDS. O mais antigo deles remonta a 1959.

AIDS é a sigla em inglês de "Acquired Immune Deficiency Syndrome" — Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. É causada por um vírus, o HIV, que ataca os glóbulos brancos do sangue, responsáveis pela defesa do organismo. O organismo debilitado fica então suscetível ao ataque de germes oportunistas, que provocam vários tipos de infecções. É muito freqüente também o aparecimento de lesões cancerosas até então consideradas raras, como o sarcoma de Kaposi e o linfoma cerebral. A vítima acaba morrendo das doenças que se instalam em seu organismo.
As drogas antivirais desenvolvidas até agora conseguem retardar um pouco os sintomas da AIDS, mas produzem efeitos colaterais e também são, mais cedo ou mais tarde, dribladas pelo vírus. Além disso, já foram identificados (até o presente) nove subtipos do vírus HIV. Uma vacina que fosse eficaz para um desses subtipos não o seria para os outros.
O total estimado de pessoas infectadas no mundo em 1993 era de aproximadamente 15 milhões. Um ano depois, em julho de 1994, a OMS avaliava que 17 milhões de pessoas no planeta eram portadoras do vírus HIV7. Em 1995, de acordo com a Organização, já eram 20 milhões de portadores do vírus no mundo e 6 mil pessoas eram infectadas todos os dias. Em 1996 os números eram: 22,6 milhões de portadores do HIV e 7.500 novos casos ocorrendo a cada dia; em 1997: 30,6 milhões de infectados e 16 mil novos casos por dia. Aproximadamente 2,3 milhões de pessoas no mundo morreram de AIDS em 1997, com um total acumulado de 11,7 milhões de mortos.

Ebola


O Ebola é apenas mais um dos vírus emergentes descoberto recentemente. Ganhou notoriedade mundial com o surto da doença ocorrido no Zaire em maio de 1995. O Ebola mata 90% de suas vítimas e a morte ocorre em poucos dias.
A morte é tão horrorosa que parece roteiro de um filme do gênero terror-ficção: o vírus ataca todos os órgão e tecidos do corpo humano, com exceção dos ossos e alguns músculos. O colágeno, tecido responsável pela unidade da pele e que mantém os órgãos juntos transforma-se numa pasta disforme. A pessoa infectada expele sangue por todos os orifícios do corpo, inclusive pelos olhos e rachaduras espontâneas que surgem na pele. O globo ocular fica cheio de sangue, o que causa cegueira. A hemorragia interna não cessa porque o sangue não coagula. A superfície da língua se desfaz, o revestimento da traquéia e da garganta se desmancha e pode descer para os pulmões. Surgem hemorragias no coração e o músculo fica flácido. O fígado incha, apodrece e se liquefaz. A medula se desfaz aos pedaços. Os rins, repletos de células mortas, deixam de funcionar e a urina se mistura com o sangue. O baço incha e endurece. A pessoa vomita pedaços do intestino com sangue. O vírus destrói o cérebro e a vítima geralmente tem convulsões epilépticas no estágio final da doença.
A primeira aparição do Ebola se deu em julho de 1976, no Sudão. Essa variedade do vírus tinha um índice de letalidade de 50% e recebeu o nome de Ebola-Sudão. Matou centenas de pessoas. Em setembro do mesmo ano o vírus surgiu simultaneamente em 55 aldeias do Zaire com um efeito devastador, já com um índice de letalidade de 90%. Essa variedade do vírus foi chamada Ebola-Zaire.


As epidemias do Ebola até agora iniciaram e findaram de modo abrupto, sem nenhuma causa aparente. "Ele aparece do meio do nada e desaparece do mesmo jeito" , desabafou um virologista.

Fonte: Virtual

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Vírus Sabiá

É um tipo fatal de vírus, que foi isolado no bairro de Sabiá, em Cotia (Grande São Paulo) onde causou uma morte em 1990. Ele causa a febre hemorrágica brasileira. O quadro clínico é semelhante ao da gripe, com náuseas e vômitos, e progride para complicações renais e morte.

Foi identificado pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Acidentalmente, dois pesquisadores (um em Belém, no Pará e outro nos Estados Unidos) foram infectados, mas conseguiram sobreviver.

Fonte: Wikipédia

O mortal vírus Sabiá, isolado em 1994, recebeu esse nome porque a primeira pessoa infectada no mundo foi uma moça que contraiu o vírus na casa de seus pais, no bairro Jardim Sabiá, município de Cotia [Brasil], situado a cerca de 20 km da cidade de São Paulo, capital do Estado. Cotia é conhecida como uma cidade-dormitório, isto é, uma cidade tão próxima à capital que se pode morar nela e viajar todos os dias para trabalhar em São Paulo. Trata-se de uma região povoada há mais de dois séculos. Não é um lugar perdido no meio da selva, onde se pudesse estar invadindo uma região inóspita com risco de libertar um vírus mortal latente.

Fonte: Virtual
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Vírus Ebola


O Ebola é um vírus que, provavelmente, tenha se originado no Zaire e no Sudão em 1976. Mata suas vítimas em poucos dias. Na primeira fase da doença, os sintomas lembram os da malária, mas por volta do quarto dia o quadro já é considerado crítico: febre alta, hemorragia generalizada espontânea, fezes sanguinolentas e vômitos com jatos de sangue. Surgem várias feridas que se espalham pelo corpo rapidamente. A vítima morre por volta do nono dia. No Zaire, o índice de mortalidade chega a 90% das pessoas infectadas.

A febre hemorrágica ebola (FHE) é uma doença infecciosa grave muito rara, frequentemente fatal, causada pelo vírus ebola. Ao contrário dos relatos de ficção é apenas moderadamente contagioso. Ele foi identificado pela primeira vez em 1976 no antigo Zaire (atual República Democrática do Congo), perto do rio Ébola, e acabou servindo de nome para o vírus.

História

O ebola foi primeiramente descoberto em 1976 por uma equipe comandada por Guido Van Der Groen, chefe do laboratório de Microbiologia do Instituto de Medicina Tropical de Antuérpia, na Bélgica.

Desde a sua descoberta, diferentes estirpes do Ebola causaram epidemias com 50 a 90% de mortalidade na República Democrática do Congo, Gabão, Uganda e Sudão. A segunda epidemia ocorreu em 1979, quando 90% das vítimas morreram. Em maio de 1995, a cidade de Mesengo, a cem quilômetros de Kikwit, no Zaire, foi atingida pelo vírus, que matou mais de cem pessoas. Há suspeitas de casos no Congo e no Sudão. O primeiro desse tipo de vírus apareceu em 1967, foi o Marburg, a partir de células dos rins de macacos verdes de Uganda.

O Vírus

O ebolavirus é um filovírus (o outro membro desta família é o vírus Marburg), com forma filamentosa, com 14 micrômetros de comprimento e 80 nanômetros de diâmetro. O seu genoma é de RNA fita simples de sentido negativo (é complementar à fita codificante). O genoma é protegido por capsídeo, é envelopado e codifica sete proteínas.

Há três estirpes: Ebola–Zaire (EBO–Z), Ebola–Sudão (EBO–S) com mortalidades de 83% e 54% respectivamente. A estirpe Ebola–Reston foi descoberta em 1989 em macacos Macaca fascicularis importados das Filipinas para os EUA tendo infectado alguns tratadores por via respiratória. O período de incubação do vírus ebola dura de 5 a 7 dias se a transmissão for parenteral e de 6 a 12 dias se a transmissão foi de pessoa a pessoa. O início dos sintomas é súbito com febre alta, calafrios, dor de cabeça, anorexia, náusea, dor abdominal, dor de garganta e prostração profunda. Em alguns casos, entre o quinto e o sétimo dia de doença, aparece exantema de tronco, anunciando manifestações hemorrágicas: conjuntivite hemorrágica, úlceras sangrentas em lábios e boca, sangramento gengival, hematemese (vômito com presença de sangue) e melena (hemorragia intestinal, em que as fezes apresentam sangue). Nas epidemias observadas, todos os casos com forma hemorrágica evoluíram para morte. Nos períodos epidêmicos e de surtos, a taxa de letalidade variou de 50 a 90%. Seu contágio pode ser por via respiratória, ou contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada.

Epidemiologia

O vírus é denominado pelo nome de um rio na República Democrática do Congo (antigo Zaire), o Rio Ebola, onde tem havido vários casos. Nunca houve casos humanos fora de África, mas já houve casos em macacos importados nos Estados Unidos e Itália. Os casos identificados desde 1976 são apenas 1500, dos quais cerca de mil resultaram em morte. Não foi ainda identificado o reservatório animal do vírus.

O ebola, como os outros vírus, adere à célula do hospedeiro, onde entra ou apenas injeta seu material genético, o genoma. Este usa a estrutura da célula para se reproduzir e cada nova cópia do genoma obriga a célula a fazer o invólucro de proteína. Os novos vírus deixam a célula do hospedeiro com capacidade de infectar outras células.

Até há alguns anos o pessoal médico era aconselhado, mais por ignorância e cautela do que por ciência, a usar equipamentos especiais de proteção (como fatos e tendas de vácuo) quando lidava com doentes de ebola. No entanto, hoje se sabe que o vírus Ebola não é realmente altamente contagioso, ao contrário do que diz muita ficção em circulação no ocidente.

Ele é transmitido apenas pelo contato direto, e as populações afetadas são infectadas em alto número devido à cultura de grande parte das aldeias africanas, onde é usual a família lavar o corpo dos mortos manualmente antes do enterro. O ebola não pode infectar outras pessoas pelo ar, só é contagioso pelo contato direto com secreções e sangue. Hoje o pessoal médico é aconselhado apenas a usar luvas de látex e filtro respiratório.

Devido a isso é praticamente impossível haver uma epidemia em larga escala de ebola nos países ocidentais, pois a higiene bloquearia qualquer expansão de casos. No entanto, o risco para o pessoal médico e laboratorial, se não forem observadas as regras de higiene, é considerável.

Progressão e sintomas

A infecção pelo vírus ebola produz febre hemorrágica. A incubação pode durar de 5 a 12 dias. O vírus multiplica-se nas células do fígado, baço, pulmão e tecido linfático onde causa danos significativos. A lise (destruição) das células endoteliais dos vasos sanguíneos leva às tromboses e depois hemorragias.

Os primeiros sintomas são inespecíficos como febre alta, dores de cabeça, falta de apetite, e conjuntivite (inflamação da mucosa do olho). Alguns dias mais tarde surge diarreia, náuseas e vômitos (por vezes com sangue), seguidos de sintomas de insuficiência hepática, renal e distúrbios cerebrais com alterações do comportamento devido à coagulação intravascular disseminada com enfartes nos órgãos. O estágio final é devido ao esgotamento dos fatores sanguíneos da coagulação, resultando em hemorragias extensas internas, edema generalizado e morte por choque hemorrágico. As fezes são geralmente pretas devido às hemorragias gastrointestinais e poderá haver ou não sangramento do nariz, ânus, boca e olhos. Dependendo da sua estirpe, há casos de hemorragias na derme, ocasionando o sangramento pelos poros do corpo. A morte surge de 1 dia á duas semanas após o inicio dos sintomas.

A taxa de mortalidade da doença e o tempo para o falecimento de uma pessoa, depende da estirpe do vírus e do estado de saúde das populações afetadas, podendo variar entre 50% e 90%.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito pela observação direta do vírus com microscópio eletrônico em amostra sanguínea ou por detecção com imunofluorescência de antigênios.

Não há vacina, cura, nem tratamentos eficazes. Os doentes devem ser postos em quarentena e os familiares devem ser impedidos de ter qualquer forma de contato com o doente, ou mesmo de tocar o corpo após o falecimento. Devem ser administrados cuidados básicos de suporte vital como restabelecimento de eletrólitos e fluidos perdidos, além de possíveis tratamentos paliativos.

Literatura

Esta é uma procura de artigos científicos sobre o ebola. Existem ainda vários livros populares sobre o assunto, quase sempre com base científica, mas romanceados, entre eles:

  • "Zona Quente" (nome original "The Hot Zone") de Richard M. Preston (que serviu de base, embora não de script, para o filme "Outbreak");
  • "Vírus" de Robin Cook;
  • "Ebola" de Willian T. Close.
Fonte: Wikipédia

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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Trofalaxia

Em zoologia, chama-se trofalaxia a um processo de alimentação em que um indivíduo transfere para outro o alimento que se encontra dentro do seu próprio tubo digestivo por regurgitação.

Normalmente, este processo é utilizado pelos progenitores em relação aos seus filhos, como no caso da maioria das aves, ou de algunsmamíferos carnívoros. No entanto, há algumas excepções, como no caso do cuco, que põe os seus ovos no ninho de outra espécie e são os “donos” do ninho que alimentam os filhotes do cuco. Entre as formigas, é normal a trofalaxia entre indivíduos adultos, chegando a haver espécies que criam uma casta de obreiras, cuja única tarefa é armazenar alimento dentro do seu corpo.

Em algumas espécies, a trofalaxia é induzida através de processos específicos: nos carnívoros, os filhotes lambem o focinho do progenitor – o hábito instintivo dos cães domésticos de lamberem a cara do dono é um vestígio do hábito dos seus ancestrais selvagens. Nas formigas, a trofalaxia é induzida pela libertação de feromonas.

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Formigas

Um tipo de formiga doméstica que costuma formar seu ninho emeletrodomésticos como vídeo cassete oucomputador por causa da temperatura, podendo muitas vezes danificá-los. Elas costumam habitar partes ocas na parede da casa.

As formigas, o grupo mais popular dentre os insetos, são interessantes porque formam níveis avançados de sociedade, ou seja, a eusocialidade. Todas as formigas, algumas vespas eabelhas, são considerados como insetos eusociais, fazendo parte da ordem Hymenoptera. As formigas estão incluídas em uma única família, Formicidae, com 12.585 espécies descritas até 2 de setembro de 2010, distribuídas por todas as regiões do planeta, exceto nas regiões polares. As formigas são o gênero animal de maior sucesso na história terrestre, constituindo de 15% a 20% de toda a biomassa animal terrestre.

Acredita-se que o surgimento das formigas na Terra deu-se durante o período Cretáceo (há mais de 100 milhões de anos) e pensa-se que elas evoluíram a partir de vespas que tinham aparecido durante o período Jurássico.

Por vezes, confundem-se as térmitas (cupins) com as formigas, mas pertencem a grupos distintos.

As formigas distinguem-se dos outros insetos – mas algumas destas características são comuns a alguns tipos de vespas - por apresentarem:

  • Uma casta de obreiras sem asas;
  • As fêmeas são prognatas (peças bucais no ácron);
  • Presença de um ‘’saco infrabucal’’ entre o lábio e a hipofaringe;
  • Antenas articuladas, com o artículo distal alongado (exceto nas subfamílias Armaniinae e Sphecomyrminae);
  • Glândula metapleural nas fêmeas, abrindo na base das patas posteriores;
  • O segundo, e em algumas espécies também o terceiro, segmento abdominal formando um “pecíolo” (pouco diferenciado nas Armaniinae);
  • As asas anteriores não apresentam nervuras ramificadas;
  • A rainha perde as asas depois da cópula, que é realizada em voos de milhares de indivíduos.

O estudo das formigas denomina-se mirmecologia.


Classificação biológica

Reino:Animalia
Filo:Arthropoda
Classe:Insecta
Superordem:Endopterygota
Ordem:Hymenoptera
Subordem:Apocrita
Superfamília:Vespoidea
Família:Formicidae
Latreille, 1809

Organização social das formigas

Embora nem todas as espécies de formigas construam formigueiros, muitas fazem autênticas obras de engenharia, normalmente subterrâneas, com um complexo sistema de túneis e câmaras com funções especiais – para o armazenamento de alimentos, para a rainha, o “berçário”, onde são tratadas as larvas, etc.

As sociedades das formigas são organizadas por divisão de tarefas, muitas vezes chamados castas. As tarefas podem ser distribuídas pelo tamanho e/ou pela idade do indivíduo.

A função da reprodução é realizada pela rainha e pelos machos. A reprodução é feita pelo voo nupcial. A rainha vive dentro do formigueiro, é maior que as restantes formigas, perde as asas depois de fecundada e durante toda a sua vida põe ovos. Os machos aparecem apenas quando é necessário fecundar uma nova rainha, o que acontece durante um voo em que participam milhares de fêmeas emachos alados; depois da fecundação, os machos não são autorizados a entrar no formigueiro e geralmente morrem rapidamente.

As restantes funções – procura de alimentos, construção e manutenção do formigueiro e sua defesa – são realizadas por fêmeas (que não possuem asas, para maior mobilidade no formigueiro) estéreis, as obreiras. Em certas espécies, as obreiras que realizam as diferentes funções estão também divididas em castas. Normalmente, as que se ocupam da defesa – ou para o ataque, uma vez que algumas espécies são predadoras de animais que podem ser maiores que elas – têm as peças bucais extremamente grandes e fortes.

Existem também outras 2 funções: a de operário e a de soldado. As operárias tomam conta da cria (ovos, larvas e pupas), fazem a limpeza do formigueiro e coletam o alimento. Já as formigas soldados guardam a entrada do formigueiro sem descanso.

Desenvolvimento

As pequenas formigas desenvolvem-se por metamorfoses completas, passando por um estado larvar equivalente à lagarta dos outros insectos e pelo estado de pupa. A larva não tem pernas e é alimentada pelas obreiras por um processo chamado trofalaxia, no qual a obreiraregurgita alimentos por ela ingeridos e digeridos. Os adultos também distribuem alimento entre si por este processo. As larvas e pupas precisam de temperatura constante para se desenvolverem e, por isso, são transferidas para câmaras diferentes, de acordo com o seu estágio de desenvolvimento.

A [diferenciação] em castas é determinada pelo tipo de alimento que recebem nos diferentes estados larvares e as mudanças morfológicas que caracterizam cada casta aparecem abruptamente.


Comportamento das formigas

Comunicação

As formigas se comunicam geralmente por uma química chamada feromonas, esses sinais de mensagens são mais desenvolvidos na espécie das formigas que em outros grupos de himenópteros. Como as formigas passam a vida em contato com o solo, elas deixam uma trilha de feromônio que pode ser seguida por outras formigas. Quando uma obreira encontra comida ela deixa um rastro no caminho de volta para a colônia, e esse é seguido por outras formigas que reforçam o rastro quando elas voltam à colônia. Quando o alimento acaba, as trilhas não são remarcados pelas formigas que voltam e o cheiro se dissipa. Esse comportamento ajuda as formigas a se adaptarem à mudanças em seu meio. Quando um caminho estabelecido para uma fonte de comida é bloqueado por um novo obstáculo, as obreiras o deixam para explorar novas rotas. Se bem sucedida, a formiga retorna e marca um novo rastro para a rota mais curta. Trilhas bem sucedidas, são seguidas por mais formigas, e cada uma o reforça com maisferomônio (as formigas seguirão a rota mais fortemente marcada). A casa é sempre localizada por pontos de referência deixados na área e pela posição do sol; os olhos compostos das formigas têm células especializadas que detectam luz polarizada, usados para determinar direção. As formigas usam feromônio para outros propósitos também. Uma formiga esmagada emitirá um alarme de feromônio, o qual em alta concentração leva as formigas mais próximas a um furor de ataque; e em baixa concentração, as atrai. Para confundir inimigos, várias espécies de formigas também usam feromônios, que os fazem lutar entre eles mesmos

Como outros insetos, as formigas sentem o cheiro com longas e finas antenas. As antenas têm como cotovelos ligados ao primeiro segmento alongado; e visto que vêm em pares-como visão binocular ou equipamento de som estereofônico elas obtêm informações sobre direção e intensidade. Quando duas formigas se encontram, tocam as antenas e as feromonas que estiverem presentes fornecem informação sobre o estado de alimentação de cada uma, o que pode levar à trofalaxia, ou seja, uma delas regurgita a comida para a outra. A rainha produz uma feromona especial que indica às obreiras quando devem começar a criar novas rainhas.

As formigas geralmente atacam e defendem-se ferroando, por vezes injectando compostos químicos no animal atacado, em especial, o ácido fórmico.


Tipos de formigas

Há uma grande diversidade de formigas e dos seus comportamentos:

  • As formigas-correição, da América do Sul e da África, não constroem formigueiros permanentes e alternam entre uma vida nômade e a organização de abrigos temporários formados pelos corpos das obreiras. As sociedades reproduzem-se, quer por vôos nupciais, quer por divisão do grupo, em que um grupo de obreiras se separa e cava um ninho para criar novas rainhas. Os membros de cada grupo distinguem-se pelo olfacto e normalmente atacam outros intrusos.
  • Algumas formigas atacam outros formigueiros, roubam as pupas e criam-nas como obreiras. Algumas espécies, como a formiga daAmazónia (por exemplo, Polyergus rufescens), tornaram-se totalmente dependentes destas obreiras, ao ponto de, sem eles, serem incapazes de se alimentar.
    Formigas Pote de Mel
  • As “formigas-pote-de-mel” criam obreiras especiais, cuja única função é armazenar comida nos seus próprios corpos para o resto do grupo, ficando geralmente imóveis, com grandes abdómenscheios de comida. Em locais secos, mesmo desertos, em África, América do Norte e Austrália, estas formigas são consideradas um “petisco” delicioso.
  • As “formigas-tecelãs" (Oecophylla) constroem ninhos em árvores cosendo folhas, que juntam formando pontes de obreiras e depois cosendo-as com seda que obtêm de larvas criadas para esse efeito.
  • As “formigas-cortadoras” dos gêneros Atta e Acromyrmex pertencem à tribo Attini, e vivem exclusivamente nas Américas, do norte da Argentina até o sul dos Estados Unidos. Ao contrário do que se pensa, as formigas não se alimentam ingerindo as folhas que cortam (mas podem ingerir exsudatos açucarados destas folhas). Alimentam-se do fungo que elas cultivam dentro do formigueiro. Elas possuem váriascastas, com funções específicas na manutenção da colônia (operárias, soldados, operárias do jardim) . Umas cortam e/ou carregam folhas, flores e ramos, outras cuidam da limpeza e da defesa da colônia, e outras ainda do cultivo do fungo e do cuidado com os filhotes, chamados larvas. As formigas da casta das "jardineiras", cortam as folhas e, ao fazê-lo, aproveitam para se alimentarem da seiva exudada. Estas folhas são carregadas para o interior do formigueiro, onde formigas de outra casta se encarregarão de triturá-las para o cultivo de um fungo de cor branca, base da sua alimentação. O fungo supre as necessidades alimentares de todas as formigas que vivem exclusivamente dentro do formigueiro, como as larvas, e da rainha. Esta, por sua vez, se encarrega de colocar os ovos durante toda a vida e, através de seus descendentes, perpetua a colônia. São conhecidas 14 espécies de formigas cortadeiras do gênero Atta e mais de 25 espécies do gênero Acromyrmex.

Relações das formigas com outros organismos

Algumas espécies de afídeos segregam um líquido doce que normalmente é desperdiçado, mas as formigas recolhem-no e, ao mesmo tempo, protegem os afídeos de predadores e chegam a transportá-los para locais com melhor comida.

Uma relação parecida existe com as lagartas mirmecófilas (“amigas das formigas”) que são criadas por algumas formigas. Estas levam-nas a “pastar” durante o dia e recolhem-nas ao formigueiro à noite. As lagartas têm uma glândula que segrega igualmente um líquido doce que as formigas “mungem”, massageando o local onde está a saída da glândula.

Ao contrário, existem lagartas mirmecófagas (que comem formigas): estas lagartas segregam uma feromona que faz as formigas pensarem que a lagarta é uma das suas larvas, levam-nas para o formigueiro, onde as lagartas se alimentam das larvas das formigas.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:XN_AntMilkAphid.gif


Humanos e formigas

As formigas são úteis porque podem ajudar a exterminar outros insetos daninhos e a aerificar osolo. Por outro lado, podem tornar-se uma praga quando invadem as casas, jardins e campos de cultivo. As “formigas-carpinteiras” destroem a madeira furando-a para fazer os seus ninhos.

Algumas espécies, chamadas “formigas-assassinas”, têm a tendência de atacar animais muito maiores que elas, quer para se alimentarem, quer para se defenderem. É raro atacarem o homem, mas podem dar picadas muito dolorosas e, se forem em grandes números, podem causar dano permanente ou matar por alergia grave.

As formigas encontram-se em muitas fábulas e histórias infantis da cultura ocidental, representando o trabalho e esforço cooperativo, assim como agressividade e espírito de vingança. Em partes de África, as formigas são consideradas mensageiras dos deuses. Algumas religiõesdos índios norte-americanos, como os Hopi, consideram as formigas como os primeiros habitantes do mundo. Outras usam picadas de formigas em cerimônias de iniciação, como teste de resistência.

A maioria das espécies de formigas domésticas são altamente repulsivas ao cravo, sendo este um bom agente para combater invasões.


Tempo de Vida

Desde a etapa em que são ovos, até se tornarem adultas, as formigas demoram entre 6 a 10 semanas. Em geral as operárias podem viver alguns meses, com algumas espécies podendo viver aproximadamente 3 anos. As rainhas vivem mais do que as operárias, sendo que a maior longevidade foi registrada na espécie Pogonomyrmex owyheei, que atingiu uma idade de 30 anos. As formigas aparentemente vivem mais quando são alimentadas com o mel de rainha.

Subfamílias


Referências

  1. Number of species recorded in Formicidae (em inglês). Hymenoptera Name Server (2 de setembro de 2010). Página visitada em 2 de setembro de 2010.
  2. Ted R. Schultz (19 de dezembro de 2000). In search of ant ancestors (em inglês). Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. Página visitada em 2 de setembro de 2010.

Fonte: Wikipédia

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